Democratização do ensino em São Paulo: Revisão do ensino ginasial em 1968-70. Concurso para diretor 2017.
José Mário Pires Azanha.
Administração de Ulhoa Cintra 1967-70, Secretário da Educação do Estado de São Paulo.
Tinha como política educacional a expansão do ensino ginasial, qual era o grande empecilho para efetivação de tal prática.
Os exames de admissão para o ingresso no ensino ginasial, uma lei federal com excesso de rigor aplicado nas escolas.
Portanto, de tal modo, que impedia o ingresso dos alunos no ensino ginasial. Com efeito, uma barreira intransponível.
Uma grande maioria dos alunos que saia do ensino primário não conseguia prosseguir o ensino ginasial, desse modo, não teria como democratizar a Escola, era como prestar um vestibular de medicina na FUVEST.
Era necessário evitar o rigor, qual seria o mecanismo, antes os exames eram elaborados nas escolas onde o aluno estudava, o rigor era tanto que parecia um seminário de padres.
Diante de tal fato, a Secretária da Educação de São Paulo, unificou os exames, padronizando, diminuído o excesso de rigor, perdendo em qualidade, possibilitando os alunos continuarem os estudos no ginasial, democratizando a educação.
Foi exatamente, essa a reforma, entretanto, houve protesto, pois a educação perdeu em qualificação, entretanto, não restou ao governo de São Paulo outra escolha, é como hoje aprovação automática, caminho para democratizar e Escola.
Por outro lado, evitar que aluno pobre seja excluído da educação, para Azanha, não existe democratização da educação com exclusão contínua, ou seja, o não ingresso da sociedade a Escola.
Portanto, a reprovação maciça de alunos, é um instrumento antidemocrático, sendo desse modo antipedagógico.
Sendo assim, a Escola não pode ser um mecanismo de exclusão, não deixando o Estado cumprir seu dever educativo.
Naquele momento da reforma, grande parte do magistério, embora defendesse a democratização, criticava o rebaixamento de qualidade.
A educação, sobretudo, secundaria não pode ser um instrumento de elite. Uma parcela do magistério não aceitou a reforma.
Nesse particular reflete Azanha, a repetição contínua em massa reflete, reflete a defasagem de critérios as reais exigências do ensino aprendizagem.
O que fez administração pública para sanar a questão, superando a reprovação coletiva, estabeleceu um sistema de pontos, por alunos aprovados, condicionados a contratação de professores.
Desse modo, pode continuar a democratização do ensino, possibilitando a continuidade dos alunos no ginásio.
Edjar Dias de Vasconcelos.