Mayombe de Pepetela, a luta pela independência de Angola: Fuvest.
Análise do livro.
Angola anos 1970.
Guerra pela independência de Angola.
Desafios à divisão interna de grupos pela independência, dificuldades enfrentadas pelos revolucionários, duas perspectiva uma Angola liberal outra socialista.
Com efeito, a ausência de um projeto em comum, a não ser a independência do país.
Livro escrito em 1980, elaborado pelo angolano Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, conhecido por Pepetela.
O autor mostra o dia a dia dos guerrilheiros do Movimento Popular de Libertação de Angola.
Movimento revolucionário conhecido pela denominação MPLA.
Enfretamento com as tropas de Portugal.
O livro revela as contradições das ideologias dos diversos grupos.
A obra com seis capítulos, o narrador mostra as personagens, os guerrilheiros do MPLA, sendo que Pepetela reflete a revolução que não consegue unir os diversos grupos ideológicos em uma mesma perspectiva.
Ideologias e visões diferentes, entretanto, tinha um ideal em comum que possibilitava o mínimo de unidade a libertação de Angola, posteriormente, após a independência o acirramento das ideologias.
Uma obra bifurcada entre romance e reportagem. Todavia, revela em uma região da África, descrevendo a história da guerra, como efetivava a organização dos guerreiros do MPLA.
A Guerra desenvolvida ao meio da floresta densa e tropical, qual era o grande problema do conflito.
Os revolucionários enfrentavam não apenas as tropas portuguesas, entretanto, as diferenças culturais e sociais entre aqueles que queriam Angola livre, com projetos políticos antagônicos internamente.
A floresta como geografia da guerra, a esperança de um novo homem em outro momento histórico em plena selva angolana.
Pepetela, procura revelar o espaço geofísico do Mayombe, metaforicamente, em uma análise da história política de Angola, por meio da guerra e da luta pela constituição de uma nação independente.
O território invadido pelos colonizadores europeus. A reação da população em defesa também da identidade cultural do povo.
Ao lado da luta pela independência, os lideres influenciados pelo marxismo desejavam instaurar o socialismo, em uma sociedade pobre, sem ter realizado uma revolução industrial, com efeito, sem um proletariado consistente.
Contraditoriamente, cada força política lutava do seu modo, em consonância com sua ideologia, um país dividido destruído em fragmentos.
O livro procura mostrar tal realidade o esfacelamento, a crítica às lutas de grupos que não unem por um ideal em comum, em defesa naturalmente do socialismo.
Na formulação da narrativa, o autor revela o imenso abismo entre as classes sociais e as ideologias diversas, resultadas de interpretações culturais complexas.
Portanto, a impossibilidade de desenvolver a ideia de igualdade entre as diferenças.
Desse modo, como criar um ideal nacionalista que pudesse unir as forças diversas em torno do movimento revolucionário, MPLA, em oposição ao colonialismo, como resultado final uma Angola justa socialmente.
Com a independência a implantação do socialismo, as forças de esquerdas vencem com ajuda soviética, superando a ideologia neoliberal auxiliada pelos americanos.
Logo em seguida instituído partido único, fundamentando no marxismo leninista, implantação do socialismo e não do comunismo, modelo de Moscou.
Apenas em 1991, sem influência soviética evoluiu para um sistema mais democrático, multipartidário, quando o MPLA deixou o marxismo leninista, seguindo um modelo político ideológico próximo ao social liberalismo.
Entretanto, o sistema democrático multipartidário, o MPLA aproximou da social democracia, todavia, em 1992 Angola viveu suas primeiras eleições, o movimento MPLA ganhou as eleições.
Todavia, posteriormente, ao perder democraticamente o poder político, a tentativa das forças políticas conservadoras em estabelecer o neoliberalismo desencadeou a guerra cível, hoje Angola é presidencialista semelhante ao Brasil
Edjar Dias de Vasconcelos.