A ilusão do pensamento.
O que tenho a dizer.
Um silêncio profundo.
Ao mundo pós-contemporâneo.
Em que reina ao choque da pós-bondade.
Uma busca permanente por deus.
O reino da maldade.
O mais significativo desespero.
Muito difícil ter força para acreditar.
A esperança espatifou.
Não tem como resgatar a honra.
Acabou a dignidade.
A complexidade atingiu a todos os ângulos.
Para onde vai tudo isso.
Não há lugar para ir.
A civilização está desmoronada.
As ideologias acabaram com os sonhos.
Portanto, um rol interminável de pequenez.
Do tamanho da anti-cultura.
Isso aqui é como bois esperando ao matadouro.
Não há como escapulir.
Morrer é a única saída.
Centro e setenta e nove milhões de escravos.
Terrível perspectiva.
Como sombra do deserto.
As nuvens não cobrem os espaços perdidos.
Talvez Platão tivesse razão.
A morte é a libertação.
Se todos os pobres tivessem coragem.
Enfiar a cara no chão.
Escondendo o rosto como faz a avestruz.
Queimando pestanas e destruindo o cérebro.
Como é triste ser latino.
Origem de uma tribo selvagem as margens de córregos em solo romano.
A vossa ideologia esparramou pelo mundo.
Por intermédio da fé e do império.
Civilizações espatifadas.
Entretanto, a verdadeira luz do céu.
O brilho de estrelas apagadas.
Sendo o infinito eternamente escuro.
A multiplicidade a mesma continuidade.
Melhor ficar estendido às gramas da imaginação.
Lamentando o desenvolvimento civilizatório.
O único futuro previsto a essa terra.
O término da energia de hidrogênio do sol.
O universo inteiro tomado de gelo.
A alma angustiada condicionada pelo delírio da ilusão.
Demagogia, cinismo, mentes corroídas.
Falácias intermináveis.
Edjar Dias de Vasconcelos.