Breve histórico do conceito da verdade aplicado a fenomenologia e a indução.
O que é a verdade, conceito de difícil compreensão por vários motivos. Em primeiro lugar diferentes entendimentos, diante da realidade ou fenômenos em análises.
Com efeito, a verdade é o resultado do procedimento epistemológico escolhido, refiro quanto as ciências do espírito.
A verdade hermenêutica para um neoliberal é completamente diferente para um neomarxista, consequentemente, de todas as tendências ideologicas.
Entretanto, a verdade para a filosofia pós-contemporânea não existe, são interpretações subjetivas, até mesmo a matemática pós moderna, como ciência aplicada as demais ciências.
Portanto, o que há são teorias aproximadas Bachelard, a física quântica relativa Einstein, Heisenberg a física de ondulação, o princípio da incerteza.
Historicamente como nasceu e evoluiu o conceito a respeito da verdade, o conhecimento como resultado de uma relação entre sujeito e objeto.
Com efeito, como se o sujeito fosse capaz de alcançar e entender objetivamente o objeto, realidade compreendida como idealismo, pensamento da dialética de Hegel.
O sujeito, teria a capacidade de entender o objeto em si, o reconhecimento da razão iluminista sobrepondo a realidade.
Tal mentalidade durou até ao século XIX, com a criação do método positivista, quando a ciência passou a seguir como critério o método empírico indutivo.
O uso no campo de pesquisa, hipótese e verificação, pelo caminho da experimentação, método aplicado as ciências da natureza e transportado ideologicamente para a fenomenologia, a utilização do positivismo as ciências do espírito.
Entretanto, a natureza da fenomenologia é completamente diferente das ciências da natureza, a referida trabalha com o método da interpretação e não da verificação.
Desse modo, surgem os teóricos críticos contra o racionalismo cartesiano exagerado substrato da fenomenologia conservadora, o primeiro deles Nietzsche, para a fenomenologia não existem fenômenos, tão somente interpretações.
Desse modo, a realidade é cheia de lacunas, espaços abertos não compreendidos pelo sujeito epistemológico.
Foucault quando entende a genealogia de Nietzsche, conclui a não existência do sujeito da cognição, o que existem são proposições a respeito do sujeito do conhecimento.
Marx anteriormente, desenvolve uma crítica da razão iluminista denunciando o conhecimento como ideologia, a linguagem da ilusão a dissimulação da realidade a serviço da dominação.
Entretanto, no início do século XX Freud demostra que a consciência não está dentro do sujeito, a realidade determinada pelo inconsciente, o seja pela não consciência.
Heidegger e Merleau- Ponty procuraram superar a dicotomia entre mente e corpo, herança cartesiana, Ponty determina a consciência como mero produto da percepção, o sujeito percebe o mundo de acordo com suas significações ou seja com suas ideologias.
Entretanto, a partir da segunda metade do século XX, grandes pensadores como Foucault, Deuleze, Guattari, Lyotard, Rorty, Derrida, demostraramm a incapacidade da razão iluminista representar o mundo.
Então reconsideraram a velha questão colocada por Schopenhauer, o mundo como vontade e representação, as interpretações dependem das ideologias epistemológicas, sendo a interpretação resultada da vontade ideológica do sujeito.
Desse modo, surgiu no final do século XX, a ideia da pós-contemporaneidade, a epistemologia da pós-verdade, o que significa não existir objetividade no conhecimento fenomenológico, nas ciências do espírito.
A mesma epistemologização aplica-se também com menor relatividade nas ciências empírica, as terias da aproximação em Bachelard, relativização em Einstein, incerteza em Heisenberg.
Edjar Dias de Vasconcelos.