A filosofia da matéria e a filosofia da linguagem: séculos XIX, XX E XXI.
Duas concepções epistemológicas em referência ao mundo técnico cientifico. Portanto, com suas ações e consequências.
Como equacionar os pressupostos axiomáticos da produção científica. Com efeito, seus derivados como fundamentos epistemológicos científicos na defesa do método indutivo empírico ou ideológico, hermenêutica da interpretação.
Existe uma tradição filosófica iluminista que sempre defendeu a ciência da matéria em suas especificidades objetivando interesses econômicos.
No entanto, filósofos como Bertrand Russel 1872 e Ludwig Wittgenstein 1889-1951, formularam o desenvolvimento da filosofia como ciência da linguagem.
Todavia, ambos são influenciados pela filosofia da matéria, melhor explicitando a concepção epistemológica empírico-crítico com o mais absoluto rompimento tanto com o idealismo e com o racionalismo metafísico.
A crítica a filosofia da matéria com seus fundamentos orientados pela filosofia de Kant e seu criticismo ingênuo, em decorrência da defesa do pseudo moralismo metafísico.
A supremacia da razão prática, aspectos ideológicos da razão crítica, em sintonia com o fundamento metafísico especulativo.
Posteriormente, as influências hegelianas, a síntese experimental fundamentada na dialética tríade, tese, antítese e síntese, defensora do método empírico aplicado as ciências da matéria, método conservador.
O caminho indutivo, como única viabilidade de efetivação das ciências em geral, em decorrência o nascimento da filosofia positivista, a grande questão colocada no século XX, o experimentalismo como formulação indubitável.
Desse modo, reorganizaram as disciplinas: matemática, física, biologia e a química. A proclamação da matéria como única realidade possível, a mais absoluta destruição da fenomenológica como ciência do espírito ou resquício metafisico.
Desse modo, sua viabilidade só seria possível pelo uso do método racionalista positivista, denominado de neopositivismo.
O que é então o conhecimento científico, a não ser a filosofia da matéria, nascendo assim, o positivismo lógico, Wittgenstein, como resultado o Círculo de Viena e a formulação da filosofia da linguagem.
A própria defesa em que o mundo real tão somente, complexidades sensíveis, compreendidas como realidades materiais. Portanto, ordenadas e aplicadas no uso do método indutivo, como desenvolvimento científico.
Em tal lógica não tem espaço a filosofia como fundamento aplicado a fenomenologia. A morte prematura das ciências do espírito.
Sendo dessa forma, como poderia salvar a filosofia, o único caminho encontrado foi a formulação da filosofia da linguagem aplicada ao positivismo lógico, o uso da epistemologia em referência as ciências do espírito.
Solucionada a grande questão contemporânea do século XX. Foi portanto, decretada a morte da metafísica do mesmo modo a velha fenomenologia.
A filosofia como ciência da linguagem aplicada ao neopositivismo como fundamento de todas as ciências, em campos diversos. Com efeito, a filosofia da linguagem instrumento de transmissão do conhecimento objetivo, evitando como fundamento os antagonismo, de ambas as ciências.
Trabalho desenvolvido por Wittgenstein, entretanto, posteriormente, a percepção por meio de outros filósofos, entre eles Foucault, a não existência do sujeito cognitivo, todos os fatores de análises não passam de proposições subjetivadas.
Com efeito, subjetividades ideologizadas, nesse novo contexto, nasce a filosofia pos- contemporânea, a não existência da verdade objetiva, a recomposição da fenomenologia como ciência da aproximação, presa ao tempo histórico e ao mundo cultural.
Nessa perspectiva Bachelard antecipa a nova formulação com sua teoria da ciência como método aproximativo da verdade, Ponty a teoria da percepção, a verdade é apenas perceptiva e não objetiva.
Einstein relativa, física quântica, do mesmo modo o físico Heisenberg, a teoria da física de ondulação a verdade científica como incerta, a mais absoluta destruição do neopositivismo, a crítica formulada a Escola de Viena.
Nesse novo contexto, é superado os séculos anteriores, denominados de epistemologização contemporâneia, a mais radical ruptura com a contemporaneidade, nascendo o mundo pós-contemporâneo, sustentado na nova epistemologia, cujo sentido científico denomina-se de pós-verdade, final do século XX, início do XXI.
Edjar Dias de Vasconcelos.