Herança ou Hábito?
Pelo que diz um determinado autor numa série de livros bem vendidos no Brasil, a índole do brasileiro tem algo a ver com os nossos descobridores. Direta ou indiretamente, uma acusação aos nossos irmãos portugueses. Por outro lado, quando estamos em Lisboa e somos advertidos sobre o risco de frequentarmos alguns lugares de segurança vulnerável, recebemos o troco nada agradável: “É que ali há muitos brasileiros”. Não deixa de ser um pontapé no nosso traseiro. Afinal, quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?
Ainda no ensino fundamental, ouvi uma frase da Diretoria da Escola, que jamais a esqueci: “Educação é a aquisição de bons hábitos”. Assim, independentemente da boa ou má herança, temos que nos moldar, de maneira a assumirmos a nossa própria identidade, não atribuindo a terceiros a culpa de sermos bons ou maus. Portanto, desprezando as insinuações dos livros acima citados e do nosso compatriota de Lisboa, fiquemos com o que nos ensina “O Poder do Hábito”, livro de Charles Duhigg, que figurou no New York Times como um dos mais vendidos, por mais de vinte semanas.
Nada de herança maldita. Nós somos o que queremos ser.