É assim!

Há poucos dias estava conversando com um grupo de adolescentes e propositalmente conduzi a conversa até encontrar meios de perguntar a eles: vocês me acham uma pessoa feia ou bonita?

Eles me olharam espantados e um arriscou na resposta: eu acho que você não é feia nem bonita. Assim, não vale, disse eu. Você precisa ter uma resposta clara. Ele olhou para os amigos, aliás se entreolharam e eu percebendo a dificuldade do grupo, sugeri outra opção de resposta: eu vou colocar esse questionamento no nosso grupo e depois vocês respondem, pode ser?

Quando eu dei a eles essa opção, foi possível perceber em todos os semblantes uma sensação de alívio, e claro, concordaram prontamente.

Na verdade eles não me achavam uma mulher bonita, mas dizer isso assim diante de mim, era difícil, mas na internet não. Nesse novo mundo no qual vivem e que lhes permite “fazer de tudo” eles poderiam dizer que eu era uma pessoa feia, sem nenhum constrangimento.

O que eu queria na verdade, era levá-los a entender que a internet facilita e muito, a ação. Seja dizer coisas, enviar imagens, falar verdades ou mentiras, tudo isso porque o autor não está “cara a cara” com a vítima. Ela é um espaço onde as pessoas fazem de tudo: falam com seus amigos, mas também brigam com seus inimigos ou mandam recados rindo deste ou daquele colega e até mesmo de desconhecidos.

Sabemos que em todo e qualquer lugar existem pessoas que não se dão muito bem, não é só na internet. O que acontece é que com o crescimento das redes sociais, as pessoas encontraram espaço para expor seus sentimentos, criticar, maltratar, mostrar a rivalidade entre elas, confirmando que o ser humano necessita de disputas e brigas a todo momento.

Sônia Maria dos Santos Araújo – Ms. em Educação

O RESPEITAR FAZ BEM!