Organização e gestação da escola: teoria e prática, José Carlos Libânio, matéria para concurso de diretor em São Paulo, 2017.
A necessidade da descentralização e a autonomia do projeto pedagógico, a gestão centrada na escola, avaliação institucional.
Um projeto pedagógico que leve em consideração a desigualdade social, como produto da ideologia política neoliberal.
Portanto, a necessidade da escola na elevação cultural dos alunos, prepará-los ao enfrentamento das situações diversas a respeito da vida.
A primeira questão, o entendimento do ideário neoliberal, colocando a questão política no centro, planejar e organizar a vida acadêmica, desenvolvimento de uma leitura sociológica crítica.
Para Libânio a escola é um local de aprendizagem do professor, lugar onde desenvolve saberes e competências no ato de ensinar, um processo individual e coletivo.
Portanto, aquisição de saberes requeridos para o exercício da profissão, fundamental que o professor compreenda as mudanças no campo político e econômico, através do modelo cultural crítico, uma visão dialética dos fatos sociais.
Fundamental o entendimento da reestruturação do capitalismo mundial, o novo capitalismo fundamentado na ideologia neoliberal, a questão da globalização e da internacionalização do capital e dos mercados.
Desse modo, afetando a produção das riquezas e a distribuição da renda, o modelo neoliberal, diminuição do papel do Estado, fortalecimento das leis de mercado e a concentração da renda.
Com efeito, o capitalismo financeiro, o mecanismo de globalização e ampliação das fusões entre empresas transnacionais, das ações do capital internacional agindo em mercados internos.
Portanto, o modelo econômico estabelecido como neoliberalismo, consequências previsíveis prejudiciais as políticas sociais, empobrecimento das populações nacionais.
A educação tem afirmado as novas adequações aos interesses do neoliberalismo, motivos pelos quais, o projeto pedagógico e a gestão escolar precisa auxiliar na formação do professor para melhor entender a problemática em referência.
O entendimento de novas habilidades cognitivas as competências sociais, objetivando a inclusão social, quando o mercado objetiva a exclusão, no entanto, a questão técnica da mão de obra especializada.
Sendo que a sociedade pobre devido à baixa escolaridade tem a cognição limitada. Por outro lado, a descrença na capacidade pública na solução dos problemas, a ideologia apenas o mercado resolverá a questão da pobreza, sendo uma mistificação.
Qual deve ser o procedimento ético, quando a distância entre os excluídos e incluídos chegam a lastimável porcentagem, para cada incluído tem outro excluído. Exatamente, a metade da população do mundo está na miséria, razão da crise ética.
Necessário à colaboração da escola na formatação ética do aluno. A globalização exclui a sociedade dos direitos básicos a existência humana.
O neoliberalismo prega a individualidade, a exclusão social é algo visto como normal, sacrifício necessário para modernidade e globalização, nesse sentido que a educação deixa de ser um direito social.
Com efeito, o conhecimento é visto como mercadoria, acentuando a educação para os ricos e para os pobres.
Nesse sentido que a escola precisa entender a sua reflexão a respeito do mundo econômico, político e cultural, a luta contra a exclusão social o que será possível em outro regime político, contrario, ao neoliberalismo.
Desse modo, o currículo deve ser centrado na formação do professor, a questão da educação continuada dos sujeitos pensantes, críticos, formação técnica científica, porém, não ideologizada, na formação da cidadania e ética.
Nesse sentido hoje a escola não pode limitar a passar informação sobre as matérias, a transmissão do conhecimento técnico didático, uma reflexão complexa a respeito da realidade da vida.
A escola fará a síntese entre a cultura formal, os conhecimentos sistematizados, a cultura empírica, entre análise crítica e o modelo econômico de exclusão.
O aluno precisa ser o sujeito da educação, do conhecimento técnico e da construção da democracia inclusiva.
Desse modo, a escola deve promover as condições do desenvolvimento cognitivo, preparar o aluno para o mundo do trabalho, formar a cidadania crítica para a mudança dos mecanismos de exclusão. A formação dos valores éticos.
Preparar o aluno como sujeito pensante, na construção e reconstrução dos conceitos. A relação entre os aspectos cognitivos e afetivos da formação.
Todavia, não pode esquecer-se da demanda do emprego, a inserção no mercado do trabalho, preparação para o mundo tecnológico, as complexas condições do mercado de trabalho.
No entanto, a educação não deve esquecer-se do trabalhador cidadão, a escola precisa ajudar na consciência crítica para transformar a sociedade política não inclusiva.
Com efeito, a escola necessita transformar o aluno em cidadão crítico no engajamento pela luta na superação da ideologia neoliberal na construção de uma sociedade socialmente justa.
Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.