Concurso Público para Diretor de Escola no Estado de São Paulo, 2017: Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire.
Pedagogia da Autonomia.
Paulo Freire.
Seu livro apresenta ao leitor.
A prática educativa.
Como questão da formação
do docente.
Numa visão prática progressista.
Naturalmente política.
A primeira definição da pessoa.
Como ser histórico, inacabado.
Inconcluso apto para aprender.
Não existe docência sem discência.
Ensinar não é transferir conhecimentos.
Ensinar é criar condições para as possibilidades.
Para a construção do conhecimento.
Portanto, quem forma é formado.
Forma se formando.
Sua visão é completamente dialética.
O aluno não pode ser objeto.
Existe na relação da construção do saber
apenas sujeitos.
O educador se educa.
Porque quem ensina aprende aprender.
Homens e mulheres são seres históricos.
Estão numa profunda relação com o mundo.
Do mesmo modo com outros seres humanos.
Isso significa que o educador está em um processo contínuo
de aprendizagem.
De reconstrução e construção.
O saber é interminável.
O conhecimento não é apenas adquirido.
Todavia, também construido constantemente.
Autonomia significa.
O diálogo permanente entre saberes necessários à prática educativa.
Ele criou o neologismo por meio da palavra.
De natureza técnica dodiscência.
Cujo significado epistemológico.
Significa a indissociabilidade entre docência e discência.
O segundo conceito que merece referência especial.
Refere ao significado da educação bancaria.
Quando o educador considera o aluno, apenas como receptor de informações.
Nesse aspecto a educação vem de fora.
Ao professor é atribuída a tarefa de vomitar , as informações.
O s alunos tão somente, como depósitos.
Essa concepção deforma a criatividade.
Do aluno.
Educador submete ao aluno, uma educação da passividade.
O que é condenável pela prática dialética.
A educação precisa ser libertadora e emancipadora.
Ensinar exige rigor metodológico.
O educador precisa ensinar o educando aprender a construir.
É necessário pensar certo.
Desafiar aos alunos as certeza dos conhecimentos produzidos.
O que é ciência e não ideologia.
O conhecimento tem historicidade.
Isso significa estar sujeito às mudanças.
Estar abertos a novas produções.
Entretanto, não existe ensino sem pesquisa.
Mas a educação não pode vir só de fora.
O cotidiano dos alunos tem que ser respeitado.
É necessário discutir as relações do cotidiano.
Com outros saberes planejados.
O respeito do senso comum.
Como ponto de partida.
Necessário à passagem da ingenuidade para os aspectos da criticidade.
Através do rigor metódico da construção.
Fundamental a problematização do senso comum.
Por meio da pesquisa e da reflexão.
Com o objetivo de levar a novos conhecimentos superarando as ideologias do domínio cultural.
Necessário à exigência da estética e da ética.
A beleza da construção do saber.
Ensinar a corporificação das palavrasn suas etimologias.
Mudar o significado da postura.
Não tem sentido eu mando o outro faça.
Aceitar o risco do novo.
Não agir por preconceito.
A humildade em saber que não é possível.
Dominar todos os aspectos do conhecimento.
A construção leva a aceitação do novo, que deve ser necessariamente contínuo.
O velho pode ser revalidado na perspectiva da natureza da nova elaboração.
A respeito da discriminação é inaceitável.
Fere a própria substância humana.
A força do movimento fazendo pensar certo.
As pessoas pensam a ilusão como verdade.
É pensando a prática criticamente que pode melhor a própria práxis.
É necessário na cultura.
O princípio da identidade.
O ensinar não é transferir conhecimentos.
Mas criar as possibilidades para construção.
Ter a ideia da consciência como inacabada.
O homem como ser histórico está fadado ao inacabamento.
Nada está pronto, tudo será definido.
Apenas na história.
O destino não é algo dado, ele precisa ser construído, elaborado, realizado.
A história tem que ser entendida como possibilidades.
E não como determinismos.
O ser humano não pode reconhecer-se.
Fora da história.
O homem precisa reconhecer a sua condição de vida,
para buscar a emancipação.
Mas esse ato é político.
O homem não se liberta sozinho.
A não ser na mudança do regime de opressão.
Quanto mais o homem colocar em prática a ação pedagógica.
A capacidade de duvidar torna-se fundamental.
Para o desenvolvimento da mudança.
Educar exige a compreensão da realidade, das diferentes dimensões do processo educativo.
No mundo da história, da política e cultura.
A sociedade não foi feita para adaptar,
mas para transformar-se.
Todos os saberes e práticas estão interacionadas.
É fundamental conjecturar e comparar fatos.
A aprendizagem é um processo que se desenvolve pelo caminho da ética.
A epistemologia tem função de superar o senso comum.
O professor precisa mostrar ao aluno a capacidade de ser crítico saber analisar o mundo.
Para transformá-lo.
A prática educativa tem que levar a superação das condições injustas socialmente.
Ação pedagógica não pode ser neutra não existe neutralidade no mundo.
O grande problema do mundo é a questão da democracia.
Da justiça social de um mundo que tem que pertencer a todos.
A justiça social não acontecerá no liberalismo econômico.
Muito menos no neoliberalismo.
Motivo pelo qual a prática pedagógica tem que ser necessariamente política.
Ações não reacionárias ou conservadoras.
Educação é uma ideologia política.
Não se pode desenvolver ou justificar, a ideologia da sociedade capitalista.
Nenhuma ação que justifique discriminações.
Necessário à ação dialógica como inclusão.
Do permanente mecanismo de mudança.
A práxis tem que levar a transformação para todos a superação do capitalismo.
A pedagogia é um ato político.
Que deve favorecer em uma sociedade cujo o produto final como riqueza, precisa ser dividida.
A educação é um ato de cidadania.
Sendo que a verdadeira discriminação é econômica.
Edjar Dias de Vasconcelos