Como nasceu a filosofia escolástica.
O rei Carlos Magno, analfabeto, foi quem possibilitou surgir a renascença carolíngia. Organizou o ensino desenvolvido nas escolas por meio da igreja católica.
O grande acontecimento acadêmico, a cultura grega guardada nos mosteiros, passou ser divulgada na sociedade, por meio das universidades fundadas, período entendido como renascença carolíngia.
A educação romana foi usada como modelo, matérias ensinadas: gramática, retórica, dialética, geometria, aritmética, astronomia e música, o saber elaborado foi realizado por padres.
Portanto, todas as disciplinas eram subordinadas a teologia. Com efeito, a grande epistemologia a metafísica.
Desse modo, as primeiras universidades do XI, possibilitaram nascer de forma sistematizada acepção filosófica, teológica denominada de escolástica.
Entretanto, foi a partir do século XIII, que a filosofia de Aristóteles, penetrou de forma sistemática no pensamento escolástico. Importante entender como aconteceu tal fato, o pensamento de Aristóteles antes era desconhecido.
Quando foi efetivado a tradução do pensamento grego aristotélico para o latim, até o século XII, o mundo europeu não conhecia a filosofia de Aristóteles.
Com a expansão territorial árabe com a religião islâmica em parte do mundo europeu, dois filósofos de suma importância, buscando fundamento racional para o islamismo, começaram traduzir Aristóteles.
Averróis e Avicena, as guerras religiosas, o mundo árabe conquistou o Oriente, posteriormente parte do ocidente.
Entretanto, em relação com a cultura grega, isso a partir do século VI, teve contato com a filosofia de Aristóteles.
No ano de 711, os árabes conquistaram parte da península Ibérica, exercendo profunda influência a cultura europeia, em todos aspectos, arquitetura, literatura, nas ciências e sobretudo, na filosofia, como substrato da teologia.
Aristóteles unifica a realidade humana, entre materialidade e cognição, não existe o espírito sem o corpo.
Esse é o fundamento da escolástica, elaborada por Tomás de Aquino. Ressuscita o corpo, ou não há ressurreição, pois o espirito só existe com o corpo.
Todavia a alma era entendida por Aristóteles como cognição.
Diferentemente, da concepção de Santo Agostinho, cuja a concepção vem de Platão a existência da alma fora do corpo, então a ressurreição vem da alma e não do corpo, produção do idealismo helênico.
Entretanto, a concepção pregada por Jesus Cristo, era helênica aristotélica, uma junção do corpo e alma, Jesus referia a ressurreição como um fenômeno da ressurreição do corpo e da alma.
A mesma concepção também herdada pelo islamismo. No entanto, faltava ambas as religiões uma acepção epistemológica, que fundamentasse tal entendimento.
Foram os islâmicos a construírem tal ideário mimético, na formulação do novo entendimento, não mais o entendimento da salvação do espirito, todavia na junção alma e corpo.
Exatamente nessa exegese, que surgiu a hermenêutica do entendimento, o homem é uma junção corpo e alma, entretanto, não tem mais razão de defender a salvação do espirito fundamentado na filosofia agostiniana platônica.
Portanto, não há ressurreição do espirito, pois o mesmo a priori não morre. Com efeito, contemporaneamente, na neuro- ciência espírito é apenas o desenvolvimento da cognição.
Edjar Dias de Vasconcelos.