Homenagem a Marisa Letícia: A destruição dos sonhos.
Em um momento triste.
Solitariamente.
Possivelmente desprotegida.
Exatamente, em um tempo de fraqueza.
Encontrou a felicidade.
Nascia naquele instante.
A magnífica grandeza humana.
A vida tem dessas coisas inexplicáveis.
Indeléveis epistemologizações.
Paradigmas temporários.
A outra parte da história.
Era semelhante.
O destino comum.
Brilhava por meio da luz do sol a esperança.
Fertilizava a terra.
Todavia, o solo não era molhado pela chuva.
Surgiu o paraíso imaginado.
Em campo desértico construíram um reino.
Fizeram um belo palácio.
Substanciaram-se em rei e rainha.
O reino prosperou.
Os súditos deixaram de ser pobres.
Entretanto, a nobreza com vingança.
Incendiou o palácio.
Destruiu o campo produtor da comida.
Vitimada por tempestades.
O reino foi destruído por falsas profecias.
O povo acreditou em outros deuses.
Praticando heresia.
A maldade humana voltou ao poder.
O oportunismo de quem escolheu.
A tragédia como resultado.
A utopia dos poderosos.
Como solução a vida dos pobres.
O ódio destruiu a esperança.
O preconceito o medo.
A bondade foi vencida.
Estabeleceu no reino a ideologia.
A rainha muito triste morreu.
O rei solitariamente.
Nunca mais conseguiu ser o mesmo.
O reino em uma coroa de poucos.
Os pobres amontados.
Não conseguiam sequer a calçada para dormir.
O fim da alegria.
Posteriormente.
São pouquíssimos os palácios.
Entretanto, a rainha transformou-se.
Em fluidos do ar.
Hoje uma estrela, iluminando o infinito.
Os pobres em desespero.
Vivem o delírio da imaginação.
O preço que tem que ser pago.
Por uma razão sem cognição.
Referência a sociedade política.
A ignorância de um concepção econômica.
O neoliberalismo.
Permeando a vontade de vencer.
Os donos do capitalismo financeiro.
Marisa, Marisa, a rainha do céu.
Edjar Dias de Vasconcelos.