Magnifico dialogo entre Schopenhauer, Nietzsche e Marx.

Schopenhauer disse com veemência a Nietzsche, essência da vida é a vontade de viver.

O desejo do poder de domínio.

Compreendo perfeitamente, a existência é o fundamento de todas as coisas.

Exatamente, respondeu Marx, a motivação do homem é o poder econômico.

O fascínio do homem é domínio do outro pelo poder político.

Faz isso com eficiência por meio do Estado Politico.

Respondeu Schopenhauer, à vontade esta presente no fundamento da vida, ela se efetiva pela negação da verdade.

Concordo plenamente, Nietzsche, a minha filosofia é a destruição da mentira.

Uma crítica profunda a civilização ocidental, de modo particular ao cristianismo.

Como forma de não alienar a razão, escrevi o Anticristo, cujo objetivo destruir a filosofia helênica.

Alienação é opio do povo, refletida na religião, a ilusão necessária para suportar uma vida sem sentido, disse Marx.

Certa vez, refletiu Marx, um filósofo alemão, cujo nome Feuerbach.

Desenvolveu o seguinte raciocínio, o homem teve que inventar deus.

Pois na terra não existia esperança.

Inventou deus exatamente de acordo com seus sonhos de libertação.

Exatamente, continuou Nietzsche.

O fundamento da alma está em Platão.

Tive que matar Cristo, para poder eliminar Platão.

A tragédia da cultura é a falsa epistemologização dela mesma, disse Schopenhauer.

O homem movido pela vontade do domínio, uma pulsão cega, sustentada no instinto.

Marx, institucionalizada no poder de Estado, Nietzsche substancializada na cultura.

Sobretudo, solidificada no cristianismo.

O novo homem, não nascerá se não superar a cultura.

Motivo pelo qual é necessária a morte de deus.

Muito mais profundo, ponderou Schopenhauer.

Pois todas as motivações humanas estão substanciliazadas no impulso cego do desejo de domínio.

Solidificadas, no instinto e não na razão.

Motivo pelo qual posso afirmar as vossas pessoas.

A linguagem é artifício do instinto, para poder estabelecer o desejo cego de vencer.

Perguntou imediatamente Nietzsche, então a razão é uma dissimulação.

Essencialmente, Marx muito mais profundo que minha teoria econômica.

Entretanto, coincide exatamente com o liberalismo econômico.

Schopenhauer, o que o homem pensa, precisa ser fundamentado.

Os verdadeiros motivos de todas as ações são subalternos.

Desse modo, o instinto é por natureza enganador.

As verdadeiras motivações são os desejos, manifestados nas representações.

As interpretações são os interesses subalternos cegos da vontade de vencer.

Marx impressionado, respondeu, concordo plenamente, a única forma de vencer civilizadamente.

Instituindo o Estado, por meio do mesmo legalizado a prática do domínio.

Não existe outro caminho, sentenciou Schopenhauer.

Razão pela qual a filosofia de Hegel é uma mistificação.

Procurei destruir com veemência, também Hegel respondeu Marx.

Nietzsche, não perdi tempo com charlatanismo.

Todavia, sabia da importância de destruir todas as formas de mistificações.

A destruição do cristianismo, fundamentado no platonismo.

As bases culturais do domínio.

Schopenhauer eu quero lhes dizer, o inconsciente cego torna consciente.

Racionalizado cartesianamente, perguntou Nietzsche.

Ótima percepção exclamou Schopenhauer, a dissimulação transforma em racionalidade.

Supostamente Lógica, interpelou Marx.

Sem materialidade dialética.

Schopenhauer, deu continuidade ao diálogo.

Com efeito, por meio do desejo racionalizado, a vontade se efetiva.

Desse modo, supera o sofrimento do vencedor, entretanto, transforma a vida do perdedor em tragédia.

Porém, esse movimento é contínuo, a felicidade transforma-se em insatisfação.

Provocando novos sofrimentos, quando não superados levam ao tédio.

Consequentemente, interminável.

Quando alcançamos o que temos, a felicidade passa não ter sentido.

Essa luta insaciável como força do impulso impulsiona todas as pessoas.

Perdedores e vencedores em suas devidas escalas.

A origem das lutas entre os seres humanos, sobre o domínio de uns sobre os outros.

Então nessa lógica afirma o capitalismo, perguntou Marx a Schopenhauer.

Exatamente, a razão do meu pessimismo, o ser humano não é bom pela essência do seu instinto.

Bobagem superar a cultura cristã interrogou Nietzsche.

Pode e deve ser superada respondeu Schopenhauer.

Porém, a grande questão é superar o Instinto sapiens.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 14/01/2017
Reeditado em 14/01/2017
Código do texto: T5881744
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