Redação da FUVEST 2017: Como se efetiva em Kant o mecanismo do homem sair de sua menoridade.

Tema referente à grande obra elaborada por Kant, Crítica a Razão Pura. Filósofo Iluminista defende a tese que o homem deve guiar pela própria razão, libertando-se de todas as formas de crenças o que hoje denominamos de ideologia.

Com efeito, apresenta o processo de ilustração, como sendo a saída epistemológica, para o homem superar a menoridade, que significa em síntese a tomada de consciência por meio da autonomia da razão, na fundamentação do agir ético sapiens.

Para Kant o ser humano é dotado de razão e liberdade, todavia, vive mergulhado no mundo da alienação, não compreendendo corretamente os fenômenos.

Para tal é necessário recorrer a Filosofia sobre quatro questões fundamentais: o que posso saber, como devo agir, o que posso esperar, por último o que é o ser humano.

Para responder essas questões, formulou um exame crítico da razão, objetivando saber em que condições realiza o conhecimento, exame sintetizado em sua obra em referência.

Todavia, sua investigação acerca do agir humano, está na produção de outra obra, Crítica da Razão Prática, fundamentação da metafísica dos costumes.

Portanto, como se deve agir, suas reflexões a respeito da estética. Por último como deve entender as coisas, na sua crítica da faculdade de julgar.

Porém, como se efetiva a capacidade do conhecimento, Crítica da Razão Pura, duas formas do ato de conhecer. Com efeito, a primeira forma do conhecimento, denomina-se de conhecimento empírico a posteriori, realiza-se tão somente posterior a experiência.

A segunda forma de conhecimento, denominado do conhecimento puro a priori, anterior à experiência, resulta de uma operação racional, não depende de nenhuma condição para ser certa, uma afirmação necessária.

Entretanto, o conhecimento para Kant sustenta-se em juízos fundamentados e organizados mentalmente seguidos de categorias apriorísticas do modo de funcionamento da memória.

Sendo dessa forma, o conhecimento é uma síntese entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido. Com efeito, é impossível conhecer as coisas em si mesmas.

O ser em si, só conhecemos as coisas tal como percebemos, o ser para nós, nossa representação. O mundo é a nossa percepção.

Kant desenvolve epistemologicamente, uma síntese entre o idealismo e o realismo, por meio de tal síntese, o homem sai da sua menoridade, então o conhecimento não é dado nem pelo sujeito ou objeto, entretanto, por uma relação dialética estabelecida entre os dois.

Então conhecemos os fenômenos, ou seja, o modo como os objetos aparecem para nós, jamais como eles são em si mesmos.

Justifica Kant por que não podemos conhecer as coisas em si mesmas. Exatamente por percebermos a partir da consciência que temos estabelecida em nossa memória, ou seja, pelo nosso mundo ideológico.

Porém, dentro do tempo e espaço, o que significa que representamos em vez de conhecermos, é fundamental superar o mundo das ideologias pois as mesmas fundamentam em crenças, não sendo assim permanecemos na eterna menoridade.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 08/01/2017
Reeditado em 08/01/2017
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