Adolescentes de ontem e de hoje!
A palavra adolescência é originada do latim adolescere, na qual ad significa para e olescere, crescer, ou seja, crescer para. Seu conceito não engloba somente as transformações físicas, mas também todo o processo de mudança e adaptação psicológica, familiar e social, necessário à vida humana, processo este que nos últimos tempos acelerou suas mudanças, pois acompanhou o mundo virtual, que sabemos, causa medo, devido aos seus inúmeros perigos.
Tempos atrás, o medo vivido pelos adolescentes, estava fora de casa: nas ruas, nas escolas e locais mais frequentados. Naquelas porque havia a possibilidade de encontrar com desconhecidos, um carro em alta velocidade ou até mesmo um cachorro bravo. Nas escolas porque poderia haver brigas entre eles, fatos que conduziam os pais a ficarem preocupados, enquanto os filhos não retornassem a casa. Hoje, este medo foi substituído por um maior e bem diferente, pois mesmo em casa os filhos podem ser atacados pelo “virtual” e se tornarem vítimas de cyberbullying.
Aquele medo anteriormente existente e que podia ser pontual é diferente do medo de hoje, pois este existe justamente por não se ter certeza ou segurança do quando, como ou quem, isto é, o adolescente se pergunta a cada momento: será que hoje receberei mais mensagem de cyberbullying? Como vou viver assim? Como podem fazer isto comigo? Quem está enviando-me estas mensagens? Tudo isto causa medo, preocupação, agonia e conduz a momentos de grande dor.
O adolescente de ontem podia ter suas brigas na escola, se machucar durante esta ou aquela brincadeira, mas os pais sabiam o que estava se passando, mas em relação ao adolescente de hoje: saber como, se ele vive no mundo virtual?
Esta tamanha necessidade de estar sempre conectado, da mesma forma que aproxima também afasta, por isto escutamos poucas falas, pois a preferência é se comunicar via mídias eletrônicas, basta ver os adolescentes com seus celulares, eles se completam, portanto não há necessidade de expressar verbalmente.
Querer retirá-los deste mundo é de certa maneira uma grande imaturidade ou no mínimo uma falta de respeito por parte de qualquer adulto. Da mesma forma é um grande engano os pais pensarem: ah! Que bom, meu filho está em casa, então ele está bem. Ora faz-se necessário considerar que a virtualidade levou o perigo virtual para dentro dos lares, ou seja, mesmo em casa, o filho poderá ser uma vítima.
Esse perigo sinaliza a necessidade dos pais se aproximarem dos filhos, adentrarem o máximo possível no mundo deles e com isso conhecê-los melhor.
Sônia Maria dos Santos Araújo – Ms. em Educação
O RESPEITAR FAZ BEM!