Além das telas!

Muito se tem falado a respeito do cyberbullying, seus participantes e consequências e também das mídias eletrônicas, pois é possível acompanhar sua constante evolução, independente se nos formatos ou serviços oferecidos. Ao ver um novo modelo de um celular, imediatamente, um alerta de “eu preciso trocar o meu” é acionado e o adolescente não se contenta enquanto não conseguir fazê-lo.

Mas o que há de tão interessante assim num celular, que é capaz de levar todos os adolescentes a agirem como se nada mais existisse, a não ser aquela mídia? Eles parecem usar só a visão, pois não conseguem nem mesmo olhar para os lados.

O mais preocupante é que, esta mesma mídia que é tão querida e parece ser uma aliada constante, consegue servir de auxiliar nos danos irreversíveis causados em tantas vidas. E não menos preocupante é que a dor e transtorno causados vão além das telas, pois uma vítima de cyberbullying, pode não possuir estrutura para suportar tanta dor e com isto, atentar contra a própria vida.

Seu sofrimento é capaz de ativar sua mente e levá-la a imaginar diversos tipos de situação: pode pensar que todos os amigos já viram as imagens que o autor divulgou, bem como passar a acreditar nelas, sentindo-se inferior a eles e com isto começar a procurar justificativas para a atitude do autor: ela, a vítima, é mais baixa ou alta do que este ou aquele colega; possui o cabelo mais crespo; é de outra cor ou mais “cheinha”, qualquer detalhe ou diferença constitui motivo de sofrimento e induz a justificativas para a prática do cyberbullying.

Este poder, esta força de conseguir causar imensa dor, tanto dentro quanto fora das telas, é uma característica específica do cyberbullying, porque a vítima além de ter suas fotos divulgadas, receber inúmeros comentários e mensagens a respeito, passa também a viver uma dor que não possui fim, pois o medo de receber novas mensagens torna-se uma constante e uma forma de causar sofrimentos além das telas.

O RESPEITAR FAZ BEM!