Era digital ou das incertezas? Texto 2
Diferentemente de outros adolescentes que não praticam cyberbullying, o autor da referida prática não se preocupa com os sentimentos da vítima, seja ela, conhecida ou não. Sua única preocupação é ter alguém em “suas mãos”, entenda-se, uma vítima e fazê-la sofrer. Caso ela não sofra o suficiente para trazer alegrias a ele, então será necessário aprimorar sua “arte” de maltratar e com certeza ele não pensará duas vezes. Buscará novas formas, novos modelos de maltratar sem medir esforços.
Se os adolescentes aprenderem a fazer um uso seguro e consciente das mídias eletrônicas, o autor deixará de existir, pois não conseguirá fazer mais vítimas. Por mais que procure e mesmo fazendo uso de toda sua experiência de bom “caçador”, terá dificuldades em encontrar “uma presa”, entenda-se, uma vítima. O terreno estará fértil sim, mas de usuários seguros no navegar; usuários que usam a internet para o crescimento próprio ou ajuda aos outros, mas não para as práticas de cyberbullying.
É importante esclarecer a todos, e isso desde crianças, que o fato de dominarem a tecnologia e possuírem mídias de última geração, não lhes dá direito de sair mundo afora a praticar cyberbullying. Uma boa maneira de fazê-los entender o mal que causam é colocá-los no papel de vítima e para isto o melhor recurso é o teatro. Sim, porque enquanto encenam eles tem liberdade de mostrar seus sentimentos, sem aquela sensação de estar “pagando mico” aos colegas.