A complexidade do viver!

A cada momento o mundo passa por transformação que o torna um lugar cada vez mais complexo para se viver e porque não dizer perigoso, o que exige saber fazer boas escolhas. Isso leva o ser humano a procurar de maneira incessante a felicidade, mesmo sem saber o que ela é ou no que a mesma consiste.

O saber viver exige um aprendizado constante, pois as soluções para aquele problema de ontem já não atendem ao de hoje, ou seja, reciclar, renovar, repensar, redefinir e uma infinidade de outros RE’s, nos leva a uma atualização diária.

Essa busca incessante da felicidade, inerente a todo ser humano, torna-se mais complexa e difícil de conseguir quando se trata de adolescentes, pois são humanos cujas mentes ainda estão em formação e por isso tomar essa ou aquela decisão é sempre mais complicado. Tanto que, da mesma forma que conseguem vivenciar problemas em situações naturais para qualquer adulto podem também encontrar soluções para as dificuldades surgidas ou impostas diante dos mesmos.

Uma boa maneira de “nortear” o adolescente é levá-lo a ser resiliente, porque a resiliência possui bases que foram constituídas no ambiente e oscilam conforme as circunstâncias; é um valor ou mesmo uma característica que se constrói no cotidiano das relações sujeito e sociedade, levando-nos a afirmar que o resiliente recebe apoio da família, de pessoas externas, de amigos ou da sociedade. Entende-se que, aplicada ao cyberbullying, significa a capacidade de o adolescente possuir uma conduta sã num ambiente insano, conturbado; capacidade de se sobrepor e construir uma identidade positiva em meio a tantas adversidades.

Alguns poderão questionar: ora, se a resiliência é assim tão eficaz e eficiente na solução dos problemas e dificuldades, por que, somente agora ela surgiu como parceira? Por que esperou o cyberbullying aparecer em tantas vidas para entrar em ação? Tais questionamentos são naturais, mas a resposta está no fato das crianças resilientes não precisarem ficar “sob os cuidados” de um profissional da saúde ou da justiça. Elas tiveram uma vida tranquila, independente e positiva; usaram a criatividade, essencial não só na resolução de conflitos, mas em qualquer momento da vida; a inteligência, perseverança, otimismo e, por serem resilientes, souberam resolver suas dificuldades sem grandes alardes, porque o resiliente possui uma capacidade de ver os problemas de uma maneira que os faz não parecer complicações, consegue encontrar algo de bom numa situação difícil ou conflituosa. Então ele separa essa parte boa que lhe interessa e descarta a ruim e isto o leva a ser mais experiente, a olhar de forma diferente o indivíduo que está vivendo ou lhe causando problemas. Por isso a resiliência deve ser constantemente encorajada nas crianças e nos adolescentes. Naquelas, para que sejam adolescentes mais confiantes em si mesmos e nestes para que se tornem adultos seguros e com a autoestima elevada; que valorizem e priorizem a família; tenham muitas amizades; gostem da escola; tenham senso de humor e respeitem as pessoas, independente se conhecidas ou não.