Atitudes que incomodam!
Muitas vezes agimos de forma que incomoda o outro, algumas vezes sem perceber e noutras propositalmente. No primeiro caso erramos porque esquecemos que há mais pessoas naquele e em outros ambientes, ou seja, o espaço não é só nosso. No segundo caso, quando agimos mal de forma proposital, erramos ao tentar transferir nossos problemas para outra pessoa.
O que acontece no cyberbullying é bastante parecido, pois o autor, que certamente está vivendo momentos difíceis em sua vida, tenta a qualquer custo passar sua dor e sofrimento para o outro. Se ele está incomodado, triste ou com raiva de suas vivências diárias, necessita saber que isso não lhe dá o direito de transferir ao outro algo que o incomoda, mesmo porque, o outro também ficará incomodado, em outras palavras ele não tem o direito de fazer novas vítimas.
Antes de lançar mão de atitudes desabonadoras e prejudiciais a todos os participantes, o autor de cyberbullying precisa ter claro em sua mente o conceito de respeito e a visão de limites. Naquele ele saberá como agir e neste até onde poderá ir sem causar problemas. Tomando como parâmetro esses dois valores essenciais no cotidiano, ele saberá como tratar o outro, respeitando as diferenças e agindo dentro dos limites, de modo a não lançar mão de atitudes que incomodam.
Quando o adolescente atua de maneira que trará problemas, ele está de certa forma sinalizando aos seus (família, amigos, escola) e porque não à sociedade de que ele está passando por problemas e necessita de auxílio. Se esse pedido silencioso de ajuda for entendido e atendido, o adolescente encontrará suporte para vencer as dificuldades pelas quais está passando. Mas se isso não acontecer, ele poderá usar o cyberbullying, na tentativa de “ter” que resolver sozinho seus problemas.
A família, sua primeira referência, deve conhecê-lo o suficiente para saber se ele está bem ou não; dentre os amigos sempre há uma cumplicidade, uma camaradagem e conhecimento do outro que só existem no seu mundo. Por último, os professores além de dominarem o conhecimento e a didática para a transferência do mesmo, necessitam fazer uso da psicologia e amizade para se tornarem pessoas amigas e com isso adentrar nesse mundo adolescente que gira cada vez mais veloz.
Sônia Maria dos Santos Araújo - Ms. em Educação
O Respeitar faz bem!