Adolescência e medo!
Toda mudança causa medo, às vezes mágoa, tristeza e dor. Uma dor que só quem vive pode explicar, e isto porque, para alguns aquela vivência não constitui nenhuma dor, mas para outros, como no caso dos adolescentes, ela é intensa e causa muito sofrimento. A fase de transição vida adolescente-adulto é difícil, porque eles, os adolescentes, temem ser socialmente rejeitados, pois suas relações são necessárias, ou melhor, essenciais no aprendizado que lhes permitirão a inclusão na sociedade adulta. Na tentativa de não serem rejeitados por seus pares, tentam a qualquer custo maior proximidade com o líder do grupo, acompanhando, aprovando suas atitudes e ficando sempre ao seu lado, confirmando que esse medo à rejeição ainda está presente na vida de todos os adolescentes, pois são usuários das redes sociais, mesmo porque se não o fossem, isto constituiria mais um motivo para se tornar uma vítima.
Isto é preocupante, porque se o líder do grupo praticar cyberbullying os demais componentes também irão fazê-lo, pois seguem seu líder, daí a importância e necessidade dos pais conhecerem os amigos dos seus filhos, que podem ter voz ativa sobre eles, filhos. Esta necessidade de ter amigos, de ser aceito pelo grupo ou mesmo o valor dispensado à opinião deste ou daquele colega, deve-se a rapidez com que os adolescentes conseguem processar as informações: eles dizem um sim ou não com uma rapidez que somente uma mente tão jovem é capaz e, caso aquele novo integrante do grupo, não seguir as normas sociais estabelecidas, ele viverá a dor da rejeição, a dor de ser uma vítima de cyberbullying, o que poderá levá-lo a atentar contra a própria vida.
O medo que o adolescente sente não é apenas um sentimento, mas sim algo real, palpável, físico. Algo capaz de levá-lo a mudar seus valores, forma de vida, gostar ou não gostar, sem nenhuma explicação visível aos olhos adultos, mas sim, para si próprio, para não ser rejeitado por seus pares.