O que é a fenomenologia.
Uma ciência, uma filosofia, um método epistemológico, que nasceu no século XIX. Os principais expoentes.
Franz Brentano, Edmund Husserl, Martin Heidegger, Nicolai Hartmann, Paul Ricouer, Merleau-Ponty e Jean-Paul Sartre.
A epistemologia fundamental da fenomenologia, o conceito de intencionalidade, significando que toda consciência é intencional, objetiva algo fora de si mesma.
Contraria os racionalistas cartesianos, pois não existe racionalidade fora do mundo praxiológico, a consciência é sempre de alguma realidade.
Desse modo, também nega o empirismo inglês desenvolvido por John Locke, não existe objeto em si, pois o referido é sempre para o sujeito, quem dá significação ao objeto é o sujeito da cognição.
Com efeito, por meio do conceito da intencionalidade, a fenomenologia procura negar a filosofia positivista, sustentada em uma visão objetiva do mundo.
A crença ingênua e anticientífica como se fosse possível o conhecimento inteiramente objetivo da realidade, a cognição neutra de ideologias.
Portanto, a fenomenologia entende o positivismo não como uma ciência, entretanto, um método epistemológico ideológico, puro.
Com efeito, a ciência não é despojada de subjetividade, sendo que a fenomenologia estabelece uma nova relação entre o sujeito e o objeto, o ser humano e sua dialogicidade no mundo, em uma relação dialética inseparável.
O sujeito ao examinar um fenômeno qualquer desconsidera o fato como se fosse um ato em si, a realidade separada da consciência, toda cognição analítica é uma relação do objeto com o sujeito, que por meio da sua estrutura de memória cognitiva, formula o saber a respeito do fato em referência.
Logicamente que leva em consideração as sistematizações a priori da memória formatada, não existe cognição neutra como uma tábua rasa na mecanização da análise.
Com efeito, a análise é o resultado como entendimento, dos conceitos paradigmáticos anteriores presos aos sistemas de memórias.
Entretanto, não existe um sujeito puro, por meio da fenomenologia desvenda todos os mistérios, como realidade mistificadora.
O que há mesmo é um processo contínuo, metodológico, que mostra progressivamente o que é o fenômeno em análise, seguindo complexidades de modelos epistemológicos.
Para tal é importante à estrutura sistêmica na memoria do sujeito da cognição, conhecer quase sempre é a projeção de ideologias sistematizadas no cérebro, fundamental o entendimento de tal proposição.
Todavia, uma imposição cognitiva, diria quase uma ditadura epistemológica imperceptível à própria linguagem, como produto da estrutura da memória.
Exatamente, por essa lógica a consciência não é muito consciente de sua sistematicidade. O sujeito, não entende alienado.
Com efeito, a análise é uma ideologia, comparativamente, não tem como ser diferente, existe ideologias melhores e piores, a objetividade na linguagem ou na estrutura cognitiva do cérebro, simplesmente um mito.
Nesse aspecto a consciência é doadora de sentidos diversos não objetivos, entretanto, desconsidera a verdade em si, como possibilidade racional, por outras palavras no mundo do espírito, não existem verdades.
Desse modo, o que existem são as imposições de categorias cognitivas, o que é o saber a não ser a própria ilusão fenomenológica, pelo menos parcialmente.
Para fenomenologia o sentido é a fonte da significação, o conhecimento é um processo inacabado, como refletiu Nietzsche, incerto Heisenberg, relativo Einstein, aproximado Bachelard, se esses preceitos aplicam as ciências da natureza, muito mais nas ciências do espírito.
Portanto, o conhecimento é um processo fenomenológico interminável, inacabado por natureza, relativo e aproximado, desse modo, funciona o método epistemológico.
Com efeito, ideológico e politico aristotelístico, para ser mais brando devido o valor epistemológico do materialismo histórico.
O conhecimento são tentativas exaustivas de conhecer o mundo.
A fenomenologia critica também a noção vazia, especulativa e formal da metafisica e sua tentativa de explicação do inexplicável.
Em síntese o que é então a fenomenologia, uma metodologia analítica e crítica, para entender o que é a realidade por meio da razão empírica,
Porém, a funcionalidade do mundo, a mais aproximada possível, a partir do homem e das suas relações com a realidade sócio política.
No entanto, como existem diversas interpretações, pois são inúmeras ideologias, várias epistemologias. Portanto, é necessária a consciência crítica, formatar a memória, com a que for de mais aproximada possível, Bachelard, a realidade fenomenal o entendimento do homem e suas relações com o mundo. Um dos critérios a justiça social.
Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.