Por uma reformulação do ensino brasileiro
A estrutura educacional brasileira já mostra sinais de defasagem. A eficácia do modelo de ensino do nosso país vem sendo muito contestada, já que cada vez mais cresce o número de instituições de ensino em contrapartida a uma queda considerável do nível dos estudantes. É possível notar isso através do ENEM, por exemplo. O exame nacional do ensino médio, que não é exclusividade do Brasil, embora pareça para muitos um sinal de evolução nos moldes do ensino, se apresenta, por vezes, como um retrocesso. O ENEM, assim como as famigeradas provas colegiais, funciona, apenas, como um tipo de avaliação do conhecimento do aluno acerca das disciplinas básicas, não levando em consideração suas competências ou tipos de inteligência. Embora a psicologia tenha proposto os tipos de Inteligência como uma maneira de demonstrar que o ser humano tem múltiplas formas de enxergar o mundo ao seu redor, não o resumindo a números ou formas, ainda estamos focados em determinar o Q.I dos nossos alunos em detrimento a sua capacidade social, interativa, artística etc. Nas escolas, o educando é bombardeado de informações, precisando dar conta de todas as 12 disciplinas que formam a grade do ensino médio, fase em que mais se “aprende” e menos se “sabe”. Para tentar abarcar as exigências curriculares e os exames admissionais das universidades, a escola empurra de forma agressiva, conteúdos variados pela goela dos discentes. Não seria o caso, por exemplo, de pensar em uma educação aos moldes norte americano ou europeu? Não venho aqui militar em favor dos europeus e americanos, mas acho que seria interessante se o Brasil pudesse reavaliar seu modelo de ensino aprendizagem, para otimizar o tempo e permitir que os alunos, de fato, saiam preparados não apenas para os vestibulares ou para o ENEM, mas também para a vida.