A educação formal é um fator primordial em sociedades letradas. Ela é responsável pelo crescimento social, econômico e cultural da população, paradoxalmente, também abre espaços para exclusão de pessoas que não podem pagá-la ou não têm acesso à formação no serviço público.
         No Brasil, a educação veio com os jesuítas como forma de “domesticar” o povo; viveu a fase do ensino apenas para quem podia pagá-lo; surgiram as escolas normais, escolas com professores leigos, escolas técnicas e o ensino a distância (EaD). Este último surgiu com o ensino por correspondência o qual foi bastante importante para a formação técnica de pessoas das cidades e interiores, pois as formações presenciais eram escassas e muito caras. Muitos profissionais formados nesse processo passaram a multiplicar o saber em seus povoados.
          A segunda fase da EaD vem com o Rádio e a televisão, esta levou formação aos centros urbanos e lugares onde a energia estava presente; aquele levou cursos a lugares mais distantes, favorecendo a inclusão educacional aos meios rurais.
          A terceira fase da EaD. É marcada por cursos em Universidades Abertas cujos cursos migram para o sistema com o intuito de abranger um número maior de participantes. A formação ocorria através de leitura de fascículos que circulavam em jornais, no caso do Ceará, o Jornal O Povo foi um parceiro importante nessa caminhada.
               A quarta fase trata das teleconferências. Novamente, o espaço físico e palpável da sala de aula fazem parte desse modelo de disseminação educacional.
               A fase atual apresenta uma transformação mais substancial que as demais, tendo em vista que ela uniu vários recursos tecnológicos os quais favorecem ao estudante uma EaD. autônoma a qual permite que o estudante possa escolher horário de estudo, método de estudo, ritmo de estudo e nível de aprendizagem.
               Portanto, está nas nuvens, em EaD, não é desinteresse pelos estudos, mas ensino e aprendizagem no ciberespaço: uma realidade que vem mudando a forma de conhecer, interagir com o saber e se relacionar com o mundo real e virtual, rompendo as relações assimétricas de acesso ao saber formal.

REFERÊNCIAS
BARONE, Nádia, e Et Al, TRANSIÇÃO DIDÁTICA: INTERAGINDO CONHECIMENTO ( Estudo de caso do Instituto UFC Virtual). Artigo Apresentado no I Congresso Internacional da UAB, 2009.
MORAN, José Manuel. O que é educação a distância. Universidade de São Paulo. Disponível em: . Acesso em: 14 ago. 2016.