Neymar, um prisioneiro do mito

Neymar, um rebelde sem causa?

E o Ouro, enfim!

E o Neymar está lá. Seria o seu pai um marqueteiro de primeira hora? Calou a boca do Galvão (Bueno) e do Milton Neves de uma só vez. Segue o mantra (e o fluxo) “vão ter que me engolir”...chavão imortalizado por Zagalo _o “velho Lobo”. Parreira de alma lavada, eu diria, em histórica ironia.

Abdicou (inteligentemente!) à braçadeira de capitão.

Aí eu pergunto: Neymar é de “direita” ou de “esquerda”? Hehehhheee(...) elementar!

Responderiam os otimistas: Ele é um vencedor; os políticos: Neymar é nosso!; Os céticos: Neymar é esperto. Os críticos: Neymar deveria ficar em silêncio (moral!), pois o momento é delicado.

Dir-se-ia que pessoas com biografias do senhor Neymar, semelhantes seus, pares, consorciados e sócios, são pobres por só possuírem dinheiro. Bem dos últimos séculos...subtraíram a alma da nação brasileira, mais uma vez reduzida, reificada em nome de uma mera prática esportiva. Por certo, uma, em pleno Universo de possibilidades olímpicas. Teria o futebol “sufocado” o espírito olímpico em grau e em numero? Mas restou, no entanto, o “gênero”.

Mas é preciso acreditar no resgate das pessoas (assim, como intui o rito ‘só por hoje’, do grupo N. A.). Afinal a esperança precisa ser imortal. O esporte é um importante meio de superação, incluindo a do medo, e dentro da categoria [medo] o mais impactante da realidade sensível, de acordo com os filósofos: o de ser feliz. Esta alegoria traduz a natureza própria das fronteiras da mortalidade à imortalidade, equivalente grega dos semideuses e deuses, respectivamente.

Per si, conhecem-se variadas formas de mantermo-nos vivos ou de morrermos para a vida. Finalizar o ciclo da mesma. Defendo a idéia de viver com qualidade. Mas a felicidade está cada vez mais rara [e cara!]. Seria essa a elucubração aventada na ‘fala’ dos otimistas? Sabemos que nos apontamentos da Carta Constitucional norte-americana, a felicidade é um Direito “liquido e certo”, para a infelicidade geral das “nações concorrentes”, mormente as da América Latina. O “nosso" Senador Cristovam Buarque, estudioso do assunto, quis compilar as ideias e consigná-las ao texto da Carta Magna do Brasil.

Aliás conjecturas como estas perfizeram o arcabouço prático e epistemológico, explorado à exaustão por Duda Mendonça e seu colaboradores nas campanhas eleitorais do PT e que levou o projeto dos governos petistas à vitória em 2002, depois de saga percorrida por mais de uma década. Mas disso falaria noutro momento. Hoje, a exemplo de tantos milhões de brasileiros, estou curtindo a ‘revanche’ brasileira...sou fã do futebol do Neymar (sem o Jr). O brasileiro Neymar. Nesse sentido concordo com os “críticos” e com as experientes palavras do Velho Lobo (Zagalo): (...) “o Neymar não precisa ser capitão para ser vencedor”(...). Acrescentaria, tão somente, que num país com boa Educação e Professores bem preparados, necessitaríamos cada vez menos de “capitães”, pois a grande maioria passariam a conhecer melhor “as regras do jogo”.

Em suma, o que quero dizer é que o mundo sobrevive em grande medida de mitos. Por isso mesmo grande esforço em criá-los (inventá-los!). Os rebeldes provocam a ira dos “deuses”. Neymar encarnou tal sentimento, transitório, mas legítimo.

Infelizmente, ele nem se deu conta do seu [heróico] feito. Talvez tenha lhe faltado “mais educação” para interpretar as velhas lições dos mestres da bola e das resenhas esportivas. O globo não gira em torno do futebol como querem nos fazer acreditar. Só por hoje, Neymar!

Fraterno abraço e bom domingo!

Abisai Israel
Enviado por Abisai Israel em 21/08/2016
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