Esquerda Escola
Esquerda Escola
Nos dias de hoje as escolas brasileiras se tornaram reféns dos partisans de esquerda. Tipo de informação que tem sido ventilada na surdina, digamos, nos últimos 10 anos, agora sobe ao topo do lago, não se tornará vitória-régia, mas pelo menos no mundo do livre arbítrio alguém, nalgum tempo, conseguirá pensar sozinho.
Numa revisão recente em 10 textos de história aprovados pelo governo, Fernando Schuler, mestre em Ciências Políticas e professor no conceituado Insper, comenta que todos os textos angariam uma nítida inclinação esquerdista. Na visão “deles” o mundo parece um episódio de Star Wars, de um lado os progressos sociais, de outro o maligno capital internacional e neoliberalismo.
De acordo com o brother Pondé, dos raros iluminados nas trevas brasilis, "O sentido verdadeiro da fala dos petistas sobre a história não perdoar os golpes contra a democracia é que quem escreve os livros de história no Brasil, e quem ensina História em sala de aula, e quem discorre sobre política e sociedade em sala de aula, contará a história que o PT está escrevendo. (…) Só a esquerda tem uma teoria do Brasil e uma historiografia".
O atoleiro mental em que nos encontramos decorre além do ovo da jararaca colocado no seio do berço esplêndido em 01.01.2003. Tem dois pontos fundamentais. Primeiro, "A Nova República impôs ao país inteiro um estado de travamento neuronal e lingüistico onde o medo de perguntar se tornou obrigação cívica"". (Olavo de Carvalho).
Segundo, e é incrível como poucos atinam a simplicidade deste enunciado: "O conceito de luta de classes entre ricos e pobres é uma fantasia. O mundo é complexo demais para ser dividido simplesmente entre "os ricos" e "os pobres". O dono da padaria, perto de sua empregada doméstica, é "o rico". Perto de um banqueiro ele é "o pobre".
A verdadeira luta de classes ocorre entre produtores e saqueadores. Produtor é quem trabalha e cria riqueza, independente da classe social. Pode ser um empreendedor visionário, que inventou um novo produto e constrói um império. Pode ser um médico que salva vidas ou um engenheiro que projeta pontes. Pode ser um encanador que conserta privadas, uma vendedora de shopping ou um faxineiro.
Saqueador é quem se aproveita das brechas do Estado para tirar vantagens, independente da classe social. Pode ser o empreiteiro bilionário que paga propina pra ganhar obras. Pode ser o empresário que vive às custas do BNDES ou o funcionário público aposentado que recebe muito mais do que contribuiu. Pode ser a filha de militar que recebe pensão até o resto da vida ou o jovem saudável que finge doença pra fraudar o INSS. Pode ser o pobre que mente e compra pinga com o dinheiro do bolsa família".
Pelo visto nenhuma escola fala disso.
Ano passado, no RS, ficou célebre, embora ainda debaixo do tapete, o fato de professores exortarem os alunos e terem menos (menas) aulas e mais engajamento político. Mês passado um professor da Universidade Federal da Bahia encerrou a aula e mandou os alunos engrossarem as fileiras de manifestação pela democracia, contra o impeachment.
Escolas=Futuro. Não se trata de equação complicada. Está léguas e léguas de qualquer coisa que cheire a opinião ou interpretação. Se todos estamos saboreando a colheita, pelo andar da carruagem que futuro se apresenta?
"Erra quem pensa que o PT desaparecerá. O do Lula, provavelmente, sim, mas o PT como Agenda Socialista do Brasil só cresce. O materialismo dialético marxista, mesmo que aguado e vagabundo, com pitadas de Adorno, Foucault e Bourdieu, continuará formando aqueles que produzem educação, arte e cultura no país. Basta ver a adesão da camada "letrada" do país ao combate ao impeachment ao longo dos últimos meses. Ao lado dessa articulada rede de agentes produtores de pensamento e ação política organizada, que caracteriza a esquerda brasileira, inexiste praticamente opção "liberal" (não vou entrar muito no mérito do conceito aqui, nem usar termos malditos como "direita" que deixam a esquerda com água na boca). Nos últimos meses apareceram movimentos como o Vem Pra Rua e o MBL que parecem mais próximos de uma opção liberal, a favor de um Brasil menos estatal e vitimista”.
No case baiano, a estudante Fernanda Accorsi discordou da atitude do professor e postou no Face que o mesmo estava usando os alunos para fins partidários. Não pense tratar-se de novidade. Está apenas piorando, só isso.
Depois de ver a filha chegar em casa e dizer que aprendeu na classe que o farrapo Che era igual a S. Francisco de Assis, o sr. Miguel Nagib fundou o ESP (Escolas Sem Partidos), em 2004, saudável reação ao fenômeno da instrumentalização do ensino para fins político-ideológicos, partidários e eleitorais.
Recentemente uma aberração dessas ocorreu no MS, caso que chamou a atenção do Ministério Público que, por sua vez, intimou o Ministério da Educação a se posicionar. Até agora, lhufas.
Encerramos com o brother Pondé: "A única saída é se as forças econômicas produtivas que acreditam na opção liberal financiarem jovens dispostos a produzir uma teoria e uma historiografia do Brasil que rompa com a matriz marxista, absolutamente hegemônica entre nós. Institutos liberais devem pagar jovens para que eles dediquem suas vidas a pensar o país. Sem isso, nada feito. Sem essa ação, não importa quantas Dilmas destruírem o Brasil, pois elas serão produzidas em série. A nova Dilma está sentada ao lado da sua filha na escolinha”.
(Imagem: Issei Suda)
Esquerda Escola
Nos dias de hoje as escolas brasileiras se tornaram reféns dos partisans de esquerda. Tipo de informação que tem sido ventilada na surdina, digamos, nos últimos 10 anos, agora sobe ao topo do lago, não se tornará vitória-régia, mas pelo menos no mundo do livre arbítrio alguém, nalgum tempo, conseguirá pensar sozinho.
Numa revisão recente em 10 textos de história aprovados pelo governo, Fernando Schuler, mestre em Ciências Políticas e professor no conceituado Insper, comenta que todos os textos angariam uma nítida inclinação esquerdista. Na visão “deles” o mundo parece um episódio de Star Wars, de um lado os progressos sociais, de outro o maligno capital internacional e neoliberalismo.
De acordo com o brother Pondé, dos raros iluminados nas trevas brasilis, "O sentido verdadeiro da fala dos petistas sobre a história não perdoar os golpes contra a democracia é que quem escreve os livros de história no Brasil, e quem ensina História em sala de aula, e quem discorre sobre política e sociedade em sala de aula, contará a história que o PT está escrevendo. (…) Só a esquerda tem uma teoria do Brasil e uma historiografia".
O atoleiro mental em que nos encontramos decorre além do ovo da jararaca colocado no seio do berço esplêndido em 01.01.2003. Tem dois pontos fundamentais. Primeiro, "A Nova República impôs ao país inteiro um estado de travamento neuronal e lingüistico onde o medo de perguntar se tornou obrigação cívica"". (Olavo de Carvalho).
Segundo, e é incrível como poucos atinam a simplicidade deste enunciado: "O conceito de luta de classes entre ricos e pobres é uma fantasia. O mundo é complexo demais para ser dividido simplesmente entre "os ricos" e "os pobres". O dono da padaria, perto de sua empregada doméstica, é "o rico". Perto de um banqueiro ele é "o pobre".
A verdadeira luta de classes ocorre entre produtores e saqueadores. Produtor é quem trabalha e cria riqueza, independente da classe social. Pode ser um empreendedor visionário, que inventou um novo produto e constrói um império. Pode ser um médico que salva vidas ou um engenheiro que projeta pontes. Pode ser um encanador que conserta privadas, uma vendedora de shopping ou um faxineiro.
Saqueador é quem se aproveita das brechas do Estado para tirar vantagens, independente da classe social. Pode ser o empreiteiro bilionário que paga propina pra ganhar obras. Pode ser o empresário que vive às custas do BNDES ou o funcionário público aposentado que recebe muito mais do que contribuiu. Pode ser a filha de militar que recebe pensão até o resto da vida ou o jovem saudável que finge doença pra fraudar o INSS. Pode ser o pobre que mente e compra pinga com o dinheiro do bolsa família".
Pelo visto nenhuma escola fala disso.
Ano passado, no RS, ficou célebre, embora ainda debaixo do tapete, o fato de professores exortarem os alunos e terem menos (menas) aulas e mais engajamento político. Mês passado um professor da Universidade Federal da Bahia encerrou a aula e mandou os alunos engrossarem as fileiras de manifestação pela democracia, contra o impeachment.
Escolas=Futuro. Não se trata de equação complicada. Está léguas e léguas de qualquer coisa que cheire a opinião ou interpretação. Se todos estamos saboreando a colheita, pelo andar da carruagem que futuro se apresenta?
"Erra quem pensa que o PT desaparecerá. O do Lula, provavelmente, sim, mas o PT como Agenda Socialista do Brasil só cresce. O materialismo dialético marxista, mesmo que aguado e vagabundo, com pitadas de Adorno, Foucault e Bourdieu, continuará formando aqueles que produzem educação, arte e cultura no país. Basta ver a adesão da camada "letrada" do país ao combate ao impeachment ao longo dos últimos meses. Ao lado dessa articulada rede de agentes produtores de pensamento e ação política organizada, que caracteriza a esquerda brasileira, inexiste praticamente opção "liberal" (não vou entrar muito no mérito do conceito aqui, nem usar termos malditos como "direita" que deixam a esquerda com água na boca). Nos últimos meses apareceram movimentos como o Vem Pra Rua e o MBL que parecem mais próximos de uma opção liberal, a favor de um Brasil menos estatal e vitimista”.
No case baiano, a estudante Fernanda Accorsi discordou da atitude do professor e postou no Face que o mesmo estava usando os alunos para fins partidários. Não pense tratar-se de novidade. Está apenas piorando, só isso.
Depois de ver a filha chegar em casa e dizer que aprendeu na classe que o farrapo Che era igual a S. Francisco de Assis, o sr. Miguel Nagib fundou o ESP (Escolas Sem Partidos), em 2004, saudável reação ao fenômeno da instrumentalização do ensino para fins político-ideológicos, partidários e eleitorais.
Recentemente uma aberração dessas ocorreu no MS, caso que chamou a atenção do Ministério Público que, por sua vez, intimou o Ministério da Educação a se posicionar. Até agora, lhufas.
Encerramos com o brother Pondé: "A única saída é se as forças econômicas produtivas que acreditam na opção liberal financiarem jovens dispostos a produzir uma teoria e uma historiografia do Brasil que rompa com a matriz marxista, absolutamente hegemônica entre nós. Institutos liberais devem pagar jovens para que eles dediquem suas vidas a pensar o país. Sem isso, nada feito. Sem essa ação, não importa quantas Dilmas destruírem o Brasil, pois elas serão produzidas em série. A nova Dilma está sentada ao lado da sua filha na escolinha”.
(Imagem: Issei Suda)