A importância da prática da leitura na escola e na vida
Em dia livre, curtindo o belo espaço da Biblioteca estadual Graciliano Ramos
Se a cada ano a divulgação dos índices alarmantes de baixa proficiência em leitura dos estudantes brasileiros fizessem ao menos com que o Ministério da Educação, as secretarias de educação, as escolas e os educadores reavaliassem suas posturas e reencaminhassem seus planejamentos para projetos de incentivo a leitura e a escrita em cada unidade escolar, certamente esses índices já teriam sido alterados.
Tenho observado que, em praticamente todos esses espaços, as políticas de incentivo a leitura estão sempre em segundo plano. Os/as professores/as em geral, se ocupam apenas do conteúdo de suas disciplinas, porém se os estudantes não conseguem ler e compreender um simples enunciado, como resolver situações que exijam elaboração e expressão de pensamento? Temos consciência também de que a compreensão de um problema é a condição primeira para que o mesmo seja superado.
Nas escolas públicas, mesmo as que têm apenas uma salinha de leitura, por iniciativa de programas dos governos federais da última década, já tem acervo suficiente para boas práticas de leitura. É só dar um giro por elas e descobre-se obras de qualidade literária que nos ajudam e ajudarão certamente a compreender melhor nossa identidade cultural, nossa história, nossas contradições como povo, os problemas do nosso país.
Há de fato bons acervos literários nas escolas públicas desse país e a escola tem papel fundamental na difusão do livro e no incentivo a prática cotidiana da leitura. Está mais do que provado que milhões entram em contato com alguma prática de leitura através da escola e não devemos negligenciar isso. Fico muito triste quando constato o desinteresse pela leitura de muitos colegas educadores. Como incentivar o que não é prática em suas vidas?
Concordo quando reclamam que ganham mal, que livro é caro, mas pergunto também se conhecem o acervo da escola, se frequentam bibliotecas, se acessam internet e conhecem as bibliotecas digitais. Nem preciso repetir aqui as respostas.
No mais, somos acusados, não sem razão, de sermos um país sem memória e de poucos leitores. Cada vez mais alarmantes também são os números divulgados de analfabetos funcionais. A escola, como instituição, e os educadores devem assumir o protagonismo de reverter esse quadro e pergunto-me se, em suas atividades cotidianas, os autores, os educadores, principais agentes de letramento, articulam algum tipo de estratégia para que mais crianças e jovens, mais adultos, mais comunidades tenham acesso à leitura e, especialmente, ao livro.
As bienais, as festas literárias e as feiras de livros são um grande incentivo à leitura. Aqueles estandes lotados são uma tentação! É muito bom comprar livros, mas não esqueçamos que há também boas bibliotecas públicas nesse país. Fui e sou frequentadora, sempre que possível, dos espaços das bibliotecas especialmente, na aquisição da literatura de lazer, além da troca entre amigos e visita aos sebos. Numa revisão rápida, não consigo imaginar que, se não fosse através da escola e das bibliotecas eu teria acesso a tudo que li desde a infância até a vida adulta.
A leitura em minha vida sempre teve e tem um papel determinante. Seguramente não seria quem sou sem o auxílio luxuoso de cada livro que li, de cada autor ou autora com quem entrei em contato através das viagens maravilhosas pelo mundo da leitura.
Destaco que as atividades de incentivo a leitura devem se iniciar no ambiente familiar e se estender ao longo de toda escolaridade básica, pois a leitura e a escrita é responsabilidade de todos e todas que fazem a escola, especialmente dos educadores, que devem ser os grandes incentivadores e exemplos do quanto é importante em nossas vidas não somente ler a palavra, mas também compreender o mundo.
* Artigo publicado no Jornal do SINTEAL, nº especial para a VII Bienal Internacional do Livro de Alagoas, em Nov/2015
Em dia livre, curtindo o belo espaço da Biblioteca estadual Graciliano Ramos
Se a cada ano a divulgação dos índices alarmantes de baixa proficiência em leitura dos estudantes brasileiros fizessem ao menos com que o Ministério da Educação, as secretarias de educação, as escolas e os educadores reavaliassem suas posturas e reencaminhassem seus planejamentos para projetos de incentivo a leitura e a escrita em cada unidade escolar, certamente esses índices já teriam sido alterados.
Tenho observado que, em praticamente todos esses espaços, as políticas de incentivo a leitura estão sempre em segundo plano. Os/as professores/as em geral, se ocupam apenas do conteúdo de suas disciplinas, porém se os estudantes não conseguem ler e compreender um simples enunciado, como resolver situações que exijam elaboração e expressão de pensamento? Temos consciência também de que a compreensão de um problema é a condição primeira para que o mesmo seja superado.
Nas escolas públicas, mesmo as que têm apenas uma salinha de leitura, por iniciativa de programas dos governos federais da última década, já tem acervo suficiente para boas práticas de leitura. É só dar um giro por elas e descobre-se obras de qualidade literária que nos ajudam e ajudarão certamente a compreender melhor nossa identidade cultural, nossa história, nossas contradições como povo, os problemas do nosso país.
Há de fato bons acervos literários nas escolas públicas desse país e a escola tem papel fundamental na difusão do livro e no incentivo a prática cotidiana da leitura. Está mais do que provado que milhões entram em contato com alguma prática de leitura através da escola e não devemos negligenciar isso. Fico muito triste quando constato o desinteresse pela leitura de muitos colegas educadores. Como incentivar o que não é prática em suas vidas?
Concordo quando reclamam que ganham mal, que livro é caro, mas pergunto também se conhecem o acervo da escola, se frequentam bibliotecas, se acessam internet e conhecem as bibliotecas digitais. Nem preciso repetir aqui as respostas.
No mais, somos acusados, não sem razão, de sermos um país sem memória e de poucos leitores. Cada vez mais alarmantes também são os números divulgados de analfabetos funcionais. A escola, como instituição, e os educadores devem assumir o protagonismo de reverter esse quadro e pergunto-me se, em suas atividades cotidianas, os autores, os educadores, principais agentes de letramento, articulam algum tipo de estratégia para que mais crianças e jovens, mais adultos, mais comunidades tenham acesso à leitura e, especialmente, ao livro.
As bienais, as festas literárias e as feiras de livros são um grande incentivo à leitura. Aqueles estandes lotados são uma tentação! É muito bom comprar livros, mas não esqueçamos que há também boas bibliotecas públicas nesse país. Fui e sou frequentadora, sempre que possível, dos espaços das bibliotecas especialmente, na aquisição da literatura de lazer, além da troca entre amigos e visita aos sebos. Numa revisão rápida, não consigo imaginar que, se não fosse através da escola e das bibliotecas eu teria acesso a tudo que li desde a infância até a vida adulta.
A leitura em minha vida sempre teve e tem um papel determinante. Seguramente não seria quem sou sem o auxílio luxuoso de cada livro que li, de cada autor ou autora com quem entrei em contato através das viagens maravilhosas pelo mundo da leitura.
Destaco que as atividades de incentivo a leitura devem se iniciar no ambiente familiar e se estender ao longo de toda escolaridade básica, pois a leitura e a escrita é responsabilidade de todos e todas que fazem a escola, especialmente dos educadores, que devem ser os grandes incentivadores e exemplos do quanto é importante em nossas vidas não somente ler a palavra, mas também compreender o mundo.
* Artigo publicado no Jornal do SINTEAL, nº especial para a VII Bienal Internacional do Livro de Alagoas, em Nov/2015