Homens Heroicos e Mulheres Trabalhadoras Competentes?
Este título surgiu em minha pática psiquiátrica, ao perceber que isto é o que se prega em casais, tidos como fantásticos.
A realidade que tenho a esperança de ver em muitos casais amigos que ajudo a olhar para dentro de si, é diferente.
Comecemos pelas mulheres: casam-se sabendo que sua luta é árdua, mesmo tendo um emprego fora do lar, que envolve manter a criação dos filhos dentro do melhor padrão, que possam influenciar; manter a casa em ordem, ainda que seja orientando empregada(s); manter um lar limpo e distante dos Aedys "Egito", como disse a de uma governabilidade cega, dar satisfação sexual, amorosa e econômica ao esposo; cuidar das cortinas, tapetes, toalhas, roupas sujas e milhões de outras obrigações. Se conseguem isto, serão elogiadas pelas mulheres que fazem o mesmo e desprezadas pelas que querem viver a vida com mais felicidade e menos empenho. (ÊTA MUNDO BÃO!).
E os homens? Esperam trabalhar em seus ramos de empregos, negócios, "quebra-galhos"; tomar suas cervas (uma quantidade boa deles, aplicando os dois sentidos); ver suas distrações esportivas; exigir respeito dos filhos, de forma impositiva e não carinhosa, em um número grande; ter algum meio de transporte, de forma a mostrar-se competente, seja até uma bicicleta; falar como se fosse o dono de Roma, quando na verdade nem romã eles comem; querer sexo, se aborrecendo se a esposa estiver menstruada, ou sem vontade; crer-se o pai da beleza e do papo furado.
Esta abordagem pode lhes parecer algo exagerado e punitivo, mas aprendi algo importante, que me faz ser só um aprendiz: ganhei a vida para ser feliz e tentar fazer os outros felizes, sem exigir que sigam um caminho pre-determinado, mas olhando tudo sem medo, considerando-se um eterno aprendiz e respondendo a quatro perguntas, que inicialmente um analfabeto me ensinou: ELE me disse que as pessoas para se acharem, precisam responder com franqueza quatro "preguntas": "QUICOÇÔ?", começando a se ver nu, depois do banho e anotando cada coisa que precisasse mudar em sua postura, expressão e gestos (lógico que falou tudo isto no seu português primitivo, mas maravilhoso). A seguir, sabendo o que era, precisava saber "QUÊCOQUERO?", explicando-me que se eu me conheço externa e internamente, posso buscar uma complementação. Uma vez descoberto suas melhores "querências", tinha que responder "PRONDECOVÔ?", buscando sua realização matura; e por último surgia o "CUMÉCOVÔ", estudando os caminhos para conseguir a penúltima "pregunta".
Fiquei tão maravilhado que nem lhe cobrei o tratamento que fez comigo.
Até aquela época eu aplicava uma Psicoterapia Clássica er seguindo a diretriz deste analfabeto sábio, passei a fazer com que as pessoas se achassem, buscassem a sua meta, como a encontrariam e o que precisariam trilhar, tudo sem impor regras, perguntas, imposições.
Finalmente surgiu a Psicoterapia Cognitivo Comportamental, que sem saber, já era traçada e seguida pelo meu SÁBIO MESTRE, sem frequentar escolas.
Não pense, você que está lendo-me agora, que me julgo um mestre de sabedoria. Quando eu achar que seria isto, peço a Deus que me retire deste mundo e me jogue num profundo abismo.
Quero ser feliz e fazer feliz a quem me procura, sem exibição de mestre.
Acredite, a humildade de se olhar imperfeito e buscar saídas, olhando para dentro de si, é o mesmo de encontrar a felicidade, que sei, ainda falta para que eu me realize, pois sei que a cada dia surgirão dúvidas novas em minha cabeça. Só me assustarão quando eu as notar, depois serei feliz buscador.
Desejo felicidades a todos, principalmente àqueles que como eu, veem seus problemas e lutam até solucioná-los.
Finalizo acrescentando que ser feliz não é destruir um irmão, um povo, a esposa, ao marido, ou enriquecendo de PROPINAS.
Feliz é quem procura achar.