UMA NAÇÃO DESILUDIDA

Bárbara disse: - Estou me sentindo muito decepcionada...
Após a leitura de um texto sobre Estocolmo, Suécia.


À AMIGA BÁRBARA:
(Um desgoverno sempre muda um povo para pior)
-  Todos sentimos juntamente com nossos amigos (as) , de clara inteligência - essa justa consternação e revolta ao antepormos nosso pais perante outros. Por que o anormal, o inusitado, não é o que ocorre na Suécia, Suíça, Alemanha, Noruega, Finlândia e outros até mais próximos, quanto ao elevado índice MORAL. O anormal, a absurdamente exagerada FALTA DE PRINCÍPIOS MORAIS, E CIVILIDADE, independente do grau de instrução, posses materiais e gêneros sexuais e etnias é decorrente de CIMA PARA BAIXO, e a consequente total deseducação e violência galopante, nesse nosso  ora lastimável país . A criminalidade  a violência sempre irão existir. Desde o primeiro assassino fraticida Caim , a nossos dias.

Mas isto sempre será  a marginalidade ao rés do chão , existente para a  faxina da justiça , tendo como instrumento a instituição polícia  (desde as polis dos tempos socráticos) e  a lei. Mas o que te corroi  Bárbara, como a nós todos , é a alta  e poderosa criminalidade entronizada nos palácios  a que atinge e dizima milhões de pessoas como um genocídio fraticida por  meditada omissão.

Mas falamos do que soube existir lá na Suécia: da Moral e Civilidade  que a nós foi estirpada propositalmente dos meios sociais, formando vedadeiros exércitos do quanto pior melhor para
o poder. Disso é que estamos falando.


Aves de Rapina
Todos nós somos uns tristes por ver em nossa frente
Assaltada e vilipendiada: pela gangrena da corrupção
Com horror espalhados os ossos nus, qual a semente
Seca ao sol roída por aves de rapina: - Nossa Educação,
Eles a regurgitam - é o que sobra oferecer à sua gente.

Apenas com ajuda de Deus, possa nossa futura geração,
Quiçá nossos bisnetos ou além, com divina intercessão:
Dileta amiga Bárbara, ágil inteligência de amizade pura,
Possam intervir em favor desta triste pátria de desilusão.

Ao constatar tal fato, vimos a ter pena de nós mesmos:
Temos que suportar - a nossa morte paga com impostos,
Isso dar a ver para o Mundo nossa vergonha e desgosto,
Se cérebros iluminarem, por certo não andaremos a esmo.

"Eles" pensam que o mundo desconhece esta terra arrasada...
que não há mídia, internet e imediatas e tantas comunicações?
Mas há dentro desta fronteira quem inda vê, e também pensa,
Para a História, Ordem e Justiça, serão todos mais que NADA!'



O TEXTO LIDO POR BÁRBARA:

Há alguns anos, entrei numa estação de metrô em Estocolmo,a civilizada capital da tão primeiro-mundista Suécia, e notei que havia entre muitas catracas comuns uma de passagem livre. Questionei a vendedora de bilhetes o porquê daquela catraca permanentemente liberada, sem nenhum segurança por perto, e ela me explicou que era destinada às pessoas que por qualquer motivo não tivessem dinheiro para a passagem.
Minha mente incrédula e cheia de jeitinhos brasileiros não conteve a pergunta óbvia (para nós!):- E se a pessoa tiver dinheiro, mas simplesmente quiser burlar a lei?
Aqueles olhos suecos e azuis se espremeram num sorriso de pureza constrangedora – Mas por que ela faria isso!? - me perguntou.
Não lhe respondi. Comprei o bilhete, passei pela catraca e atrás de mim uma multidão que também havia pago por seus bilhetes.
A catraca livre continuava
vazia, tão vazia quanto minha alma brasileira – e envergonhada.


Décio Tadeu Orlandi, bacharel em Letras pela USP e mestre
em Literatura pela UFG.

"Quem faz um país é o povo!!" - concluiu.
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E em minha simples opinião, quem faz um povo
é o governo ou desgoverno onde vive esse povo. - Finalizo.
-mms-
Mauro Martins Santos
Enviado por Mauro Martins Santos em 02/02/2016
Reeditado em 23/03/2016
Código do texto: T5530862
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