Passado e Presente na História
Luiz Carlos Pais
Luiz Carlos Pais
Esta redação dissertativa foi escrita com o objetivo de estimular o estudo de alguns conceitos referentes ao campo da história e diante do desafio de conciliar aspectos do domínio dos historiadores com especificidades da educação matemática escolar. Essa intenção motiva uma reflexão sobre a importância da comparação como categoria de análise crítica em história, na linha proposta pelo historiador francês Marc Bloch. O Grupo de Pesquisa em História da Educação Matemática Escolar, da Universidade Federal do Mato Grosso do sul, está empenhado na leitura da clássica obra intitulada Apologia da História, de autoria do referido autor. Razão essa que resultou na redação deste texto de cunho didático. Em outros termos, não se trata de apresentar ideias pontas e acabadas, como se tivesse a estabilidade de um artigo científico, com a finalização típica desse tipo de texto acadêmico. Assim, é preferível falar de uma dissertação didática, uma escrita cunhada para fins de estudo.
Outra observação importante consiste em reafirmar que, de modo algum, esse texto dissertativo pretende substituir ou facilitar a imprescindível tarefa de ler as instigantes ideias do referido autor. Retornar às fontes mais preciosas deve ser visto como uma rotina de trabalho e formação acadêmica, o que nem sempre é afirmado com a devida clareza e intensidade. Antes de tudo, as questões de método nascem a partir de escolhas estritamente compartilhadas por comunidades de pesquisadores que passam a zelar pela defesa e melhor elucidação dos caminhos compartilhados. Não poderemos jamais reviver o caminho percorrido, brilhantemente, pelos precursores da história nova, a corrente historiográfica que nasceu no início do século XX. Ao historiador da educação matemática interessado nessa linha compete apropriar de suas magistrais lições e projetar seus postulados na especificidade dos conteúdos tratados.
Devemos retornar às fontes tantas vezes quanto forem necessárias, transformá-las em documentos pertinentes ao problema definido, para avançar na direção de uma abordagem crítica na história para quem pretende interagir no campo. A motivação inicial constitui algumas reflexões de estudo desenvolvidas com o propósito de entender um dos seis problemas do conceito de história, proposto por Jacques Le Goff, ao defender a necessidade de fazer constantes articulações entre o passado e o presente. A intenção a ser preservada no contexto do nosso grupo de estudo consiste, segundo nosso entendimento, em valorizar o problema levantado pelo autor e atribuir a essas articulações uma importância diferenciada na maneira de conduzir nossos estudos históricos, que exerça o estatudo de um postulado ou de um princípio, sem perder de vista a escpecificidade da história da educação matemática escolar.
A apropriação de um referencial teórico, incluindo os princípios do método adotado na produção do conhecimento, está na pauta de desafios de qualquer pesquisador. Por esse motivo está também no quadro do nosso grupo de pesquisa, o qual é constituído também por jovens pesquisadores em curso de formação acadêmica. Todo o esforço de pesquisa no campo da história da educação matemática escolar e a opção de entender as noções, conceitos e postulados oriundos da nova corrente historiográfica do século XX levam a estudar a diferença entre passado e presente. Neste texto, nossas considerações são colocadas a partir da leitura da obra de Jacques Le Goff que abrange o vasto campo da história. É partir dessa linha de entendimento que vem uma possível apropriação de uma abordagem histórica com a qual possamos entender e explicar desafios específicos da educação matemática escolar.
O primeiro nível de análise consiste em transitar da generalidade que envolve o campo da historiografia geral para o domínio mais específico das disciplinas escolares e mais especificamente da educação matemática. O terceiro nível mais pontual e refinado consiste em aplicar o referencial teórico nas especificidades do problema pesquisado. Essa parece ser uma condição importante para entender a categoria do tempo quer seja na história do modo geral ou no campo mais delimitado de uma determinada instituição ou quadro de referência. Tratar das relações existentes entre o passado e o presente no campo da educação escolar, de fato, é um esforço de leitura que até mesmo ultrapassa as pequenas divisões sectárias que por vezes colocam historiadores em campos opostos.
Ao pretender valorizar a estabilidade conceitual típica das ciências matemáticas é oportuno inserir então mais essa dualidade, que se trata de articular passado e presente, entre as tantas outras com as quais trabalhamos na educação matemática, quando articulamos particularidade e generalidade, materialidade e abstração, subjetividade e objetividade, entre outros polos duais com as quais estamos quase sempre em contato ao optar pela área de educação matemática. Para finalizar esse texto introdutório de estudo, apenas fixemos uma questão que parecer ser relevante: como articular presente e passado no campo da educação matemática escolar? Ponto de partido para motivar outro retorno!
Outra observação importante consiste em reafirmar que, de modo algum, esse texto dissertativo pretende substituir ou facilitar a imprescindível tarefa de ler as instigantes ideias do referido autor. Retornar às fontes mais preciosas deve ser visto como uma rotina de trabalho e formação acadêmica, o que nem sempre é afirmado com a devida clareza e intensidade. Antes de tudo, as questões de método nascem a partir de escolhas estritamente compartilhadas por comunidades de pesquisadores que passam a zelar pela defesa e melhor elucidação dos caminhos compartilhados. Não poderemos jamais reviver o caminho percorrido, brilhantemente, pelos precursores da história nova, a corrente historiográfica que nasceu no início do século XX. Ao historiador da educação matemática interessado nessa linha compete apropriar de suas magistrais lições e projetar seus postulados na especificidade dos conteúdos tratados.
Devemos retornar às fontes tantas vezes quanto forem necessárias, transformá-las em documentos pertinentes ao problema definido, para avançar na direção de uma abordagem crítica na história para quem pretende interagir no campo. A motivação inicial constitui algumas reflexões de estudo desenvolvidas com o propósito de entender um dos seis problemas do conceito de história, proposto por Jacques Le Goff, ao defender a necessidade de fazer constantes articulações entre o passado e o presente. A intenção a ser preservada no contexto do nosso grupo de estudo consiste, segundo nosso entendimento, em valorizar o problema levantado pelo autor e atribuir a essas articulações uma importância diferenciada na maneira de conduzir nossos estudos históricos, que exerça o estatudo de um postulado ou de um princípio, sem perder de vista a escpecificidade da história da educação matemática escolar.
A apropriação de um referencial teórico, incluindo os princípios do método adotado na produção do conhecimento, está na pauta de desafios de qualquer pesquisador. Por esse motivo está também no quadro do nosso grupo de pesquisa, o qual é constituído também por jovens pesquisadores em curso de formação acadêmica. Todo o esforço de pesquisa no campo da história da educação matemática escolar e a opção de entender as noções, conceitos e postulados oriundos da nova corrente historiográfica do século XX levam a estudar a diferença entre passado e presente. Neste texto, nossas considerações são colocadas a partir da leitura da obra de Jacques Le Goff que abrange o vasto campo da história. É partir dessa linha de entendimento que vem uma possível apropriação de uma abordagem histórica com a qual possamos entender e explicar desafios específicos da educação matemática escolar.
O primeiro nível de análise consiste em transitar da generalidade que envolve o campo da historiografia geral para o domínio mais específico das disciplinas escolares e mais especificamente da educação matemática. O terceiro nível mais pontual e refinado consiste em aplicar o referencial teórico nas especificidades do problema pesquisado. Essa parece ser uma condição importante para entender a categoria do tempo quer seja na história do modo geral ou no campo mais delimitado de uma determinada instituição ou quadro de referência. Tratar das relações existentes entre o passado e o presente no campo da educação escolar, de fato, é um esforço de leitura que até mesmo ultrapassa as pequenas divisões sectárias que por vezes colocam historiadores em campos opostos.
Ao pretender valorizar a estabilidade conceitual típica das ciências matemáticas é oportuno inserir então mais essa dualidade, que se trata de articular passado e presente, entre as tantas outras com as quais trabalhamos na educação matemática, quando articulamos particularidade e generalidade, materialidade e abstração, subjetividade e objetividade, entre outros polos duais com as quais estamos quase sempre em contato ao optar pela área de educação matemática. Para finalizar esse texto introdutório de estudo, apenas fixemos uma questão que parecer ser relevante: como articular presente e passado no campo da educação matemática escolar? Ponto de partido para motivar outro retorno!