ESCRAVIDÃO MUNDIAL.
1 TEMA – ESCRAVIDÃO MUNDIAL 3.
2.JUSTIFICATIVA (REFERENCIALTEÓRICO)..........................................................................................5
3. SÉRIE/ANO PARA QUE O PROJETO SE DESTINA............................................10
4. OBJETIVOS ..........................................................................................................11
5. PROBLEMATIZAÇÃO ...........................................................................................12
6. CONTEÚDOS CURRICULARES ..........................................................................14
7. DESENVOLVIMENTO ...........................................................................................15
8. TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO ...................................................18
9. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS ..............................................................19
10. AVALIAÇÃO ........................................................................................................20
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................21
1.TEMA – ESCRAVIDÃO MUNDIAL.
Refletir é pensar de novo, então pensar na história do termo Escravidão, poderá contribuir para a efetivação de um olhar mais cuidadoso, com vistas a um aprendizado menos anacrônico, por parte; do alunado a que se destina o projeto de ensino em questão; tais atores sociais que na maioria das vezes tendem a se distanciarem do histórico - em detrimento do que julgam como moderno; terão assim a oportunidade de realizar uma viagem através da memória de um planeta que foi dividido entre dominados e dominadores: em todas as temporalidades; e o mais interessante é que farão isso através da ferramenta que a tecnologia oferta.
A palavra escravidão forma derivada do latim sclavus – pessoa que é propriedade de outra, e slavus: slavos, pois pessoas desta etnia foram capturadas e escravizadas em uma determinada época, já expressa por si só a funcionalidade do termo. A escravidão é um dos temas de estudo mais atraentes e influentes dentro do contexto educativo e educacional: É abordada por inúmeros autores nacionais, e internacionais; dentre os quais se destacam: Olavo de Carvalho, Darcy Ribeiro e Eric Hobsbawm.
Mais próximo de nosso tempo, temos muitos exemplos da escravidão e suas variedades na Europa Ocidental. A barbaridade e a bestialidade cometidas nesses enormes comércios são indescritíveis: Características de inversão do tempo histórico é o estereótipo, universalmente aceito, do colonialista europeu invadindo a África com um crucifixo na mão, decidido a impor a populações inermes a religião dos brancos. Sim, o Cristianismo foi religião de negros muito antes de ser religião de brancos europeus. Havia igrejas na Etiópia no tempo em que os ingleses ainda eram bárbaros pagãos. Mais de mil anos antes das grandes navegações, era na África que estavam os reinos cristãos mais antigos do mundo, alguns bastante cultos e prósperos. Foram os árabes que os destruíram, na sanha de tudo islamizar a força. Boa parte da região que vai desde o Marrocos, a Líbia, a Argélia e o Egito até o Sudão e a Etiópia era cristã, até que os muçulmanos chegaram, queimaram as igrejas e venderam os cristãos como escravos. Quatro quintos do prestígio das lendas terceiro mundistas repousam na ocultação desse fato. “O Brasil, último país a acabar com a escravidão tem uma perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descaso.” (DARCY RIBEIRO).
A frase acima citada denuncia claramente o quanto há de mediocridade na história gestada nestas terras brasileiras, que esconderam e forjaram a submissão de uma raça escolhida para tal, e isso não significa que a escravidão tenha cor instituída neste planeta. Ela é fruto desumano e pode ocorrer de forma inter-racial:
“O Reino de Oyo desenvolveu um notável Imperialismo militar desde fins do século XVII, buscando atingir o oceano para estabelecer contatos diretos com os brancos. Já antes disso a força guerreira de Oyo especialmente sua cavalaria, permitia uma abundante colheita de escravos que ela aprisionava ao sul, entre os Yoruba, e no norte entre os Bariba e os Nupê. Tradicionalmente, os numerosos cativos tornavam-se escravos no seio da sociedade dos vencedores. Com a aparição do tráfico europeu- uma parte, mas, só uma parte, foi encaminhada ao litoral.” (CARVALHO, 2009).
Ao alunado se destina - a partir deste projeto – uma visão amplificada do fenômeno “Escravidão” através da visão de três escritores e especialistas, cujo potencial analítico revela nuances mais esquadrinhadas desse tema. Na orientação a seguir, JUSTIFICATIVA E REFERENCIA TEÓRICO, o corpo de ideias dos autores referendados revelará um melhor entendimento da escolha.
2. JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO.
O conceito de liberdade, segundo Houaiss é o direito de expressar qualquer opinião e agir como quiser, ou seja, desde criança sente-se a necessidade de andar e ir para onde se quer e poder andar expressa vontades próprias a serem desvendadas; e privar qualquer ser humano de suas liberdades básicas, também o privam de desenvolvimento tanto físico como mental, a criança que têm estímulos, segundo Vygotsky se desenvolve normalmente e aprende a refletir e desenvolver seu raciocínio lógico De acordo com o próprio Olavo de Carvalho, a tônica de seu pensamento é “a defesa da interioridade humana contra a tirania da autoridade coletiva, sobretudo quando escorada numa ideologia científica”.
Um dos ancoradouros de este projeto de ensino em história é justamente e justificadamente demonstrar aos alunos (2º ano do Ensino médio) o quanto a Escravidão vai além da cor, do credo, da política partidária, e etc. A privação de liberdade é um ato factual que pode ocorrer em todos os universos da existência; e se apresenta de forma velada ou revelada. Ademais o conteúdo dos referidos autores expressam que a história, por vezes, deverá ser investigada de forma mais minuciosa para que veredictos possam ser revistos - quanto a vilanias, ou heroísmos entre vencedores e vencidos.
O artigo http://www.olavodecarvalho.org/semana/090914dc.html
traz a baila questões importantes sobre a Escravidão, e cita diversos autores que tratam o tema de maneira diversificada – inclusive com citações do historiador Bernard Lugan, especialista em história da África, oriundas de um de seus livros: Bernard Lugan, Afrique, l'Histoire à l'Endroit,) que até poderá facultativamente ser acessado pelo publico alvo a que se destina tal projeto educativo. Para Eric J. Hobsbawm (o outro autor referendado teoricamente neste projeto) a história é dinâmica de tal forma que consegue reunir a capacidade de colaborar com previsões teleológicas. E realmente, por mais dinâmico e acelerado que sejam os ritmos da humanidade contemporânea que tem alcance a altíssimos níveis de tecnologia, ainda assim, as estruturas intelectuais deverão recorrer à história como forma imprescindível na elaboração e reelaboração de significados e representações do real. Há história em toda ação social, independente do ritmo aplicado consequente duma transformação de curta ou longa duração.
O livro “A era das revoluções” deverá ser acessado em blog indicado nos itens “DESENVOLVIMENTO” e “RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS”: E o Prefácio, e a Introdução deverão ser lidos, pois se trata de conteúdo que versa sobre o assunto/tema proposto neste trabalho textual que aqui se projeta, considerando o contexto histórico, e suas ambiências. O link para leitura https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=a+era+das+revolu%C3%A7%C3%B5es+pdf (constará neste endereço eletrônico preso no blog que será referendado a posteriori na sequência do projeto); neste mesmo blog estarão apensados os outros dois links que com seus conteúdos ajudarão a embasar a construção teórica de este Projeto de Ensino em História.
A privação da liberdade sempre existiu, ou seja, sempre houve alguém dominando alguém, seja como ESCRAVO, SERVO, PRISIONEIRO, REFÉM, LOUCO, TRABALHADOR, PROLETÁRIO, DISCRIMINADO, VASSALO, PLEBEU, ETC. O homem sempre dominou, e expropriou o seu próximo. Foi sob o espírito determinista, que o ser humano caminhou e caminha impondo a alguém um destino diferente do seu, para que assim haja sempre uma pirâmide darwinista: onde exista um fraco (não adaptado e perdedor) e um forte (adaptado e vencedor). Como disse o filósofo Aristóteles, o homem é um animal social, e como tal deve assim viver. E em um dos conceitos de sociedade - o homem é definido a partir de um padrão coletivo: “grupo humano que habita em certo período de tempo e espaço, seguindo um padrão comum; coletividade”. Ser escravo e liberto num mundo antigo é muito diferente de ser escravo e liberto num mundo contemporâneo, guardadas, é claro as devidas proporções; Escravos: camada sem nenhum direito social em Roma. Os escravos eram, em sua grande maioria, presos de guerra. Eram vendidos como mercadorias para patrícios e plebeus e não recebiam pagamentos pelo trabalho, mas apenas comida e roupas. Executavam tarefas pesadas e também serviam como serviçais domésticos. Na época do Império Romano, o número de escravos aumentou de forma extraordinária. Libertos: ex-escravos que obtinham a liberdade por concessão de seus proprietários, por abandono ou até mesmo pela compra própria da liberdade. Geralmente trabalhavam para seu ex dono. As palavras são testemunhas que muitas vezes falam mais alto que os documentos. Consideremos algumas palavras que foram inventadas, ou ganharam seus significados modernos, substancialmente no período de 60 anos de que trata o livro (“A era das revoluções”). Palavras como fábrica, industrial, classe média, classe trabalhadora, capitalismo, socialismo, aristocracia, ferrovia, liberal, conservador, como termos políticos: nacionalidade, cientista, engenheiro, proletariado e crise surgiram no período entre 1789 e 1848.
E ser escravo num Brasil, colonial, ou neocolonial, o que é, ou o que foi? E será bebendo nas páginas de 231 a 238 do livro “O povo brasileiro” que o alunado poderá inferir sobre o tema que está no link http://www.usp.br/cje/anexos/pierre/ribeiro_darcy_povo_brasileiro_formacao_e_o_sentido_do_brasil.pdf e o principal deverá formar no item “AVALIAÇÃO” três equipes para debater sobre o tema, autores, e conteúdo, resgatando uma época de argumentos e contra-argumentos, utilizando as ferramentas tecnológicas, usando o cênico (teatro) como mediador, no universo do debate, em sala de aula. Então as três fontes, e os três autores referendados serão fontes científico-históricas onde estes alunos deverão depreender os conteúdos e nortear suas interpretações do tema, claro, com a clarividência do uso e desuso de seus conhecimentos prévios – e com o auxílio do professor que mediará todo o decurso processual; sob a égide teórica apoiada por CHERVELL E LOPES: MEDIAÇÃO DIDÁTICA.
AGORA UMA MINIBIOGRAFIA DE CADA AUTOR REFERENDADO:
DARCY RIBEIRO: Foi antropólogo, escritor e político brasileiro. Destacou-se com trabalhos em defesa da causa indígena e com trabalhos na área da educação, antropologia e sociologia. Darcy Ribeiro (1922-1997) nasceu em Montes Claros, Mina Gerais, no dia 26 de outubro de 1922. Filho do farmacêutico Reginaldo Ribeiro dos Santos e da professora Josefina Augusta da Silveira. Estudou no Grupo Escolar Gonçalves Chaves e no Ginásio Episcopal de Montes Claros. Mudou-se para São Paulo, estudou Medicina durante três anos, desistiu do curso e de volta ao Rio de Janeiro, ingressou na Escola de Sociologia e Política, graduando-se em 1946, no curso de Ciências Sociais Entre 1949 e 1951 trabalhou no Serviço de Proteção ao Índio. Colaborou para a Fundação do Museu do Índio e do Parque Nacional Indígena do Xingu, na região do atual Estado de Mato Grosso do Sul. Escreveu vários trabalhos em defesa da causa indígena. Em 1955 organizou o primeiro curso de Antropologia na Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. No governo do presidente Jânio Quadros, em 1961, foi Ministro da Educação. No governo de João Goulart foi Chefe da Casa Civil, onde elaborou as reformas de base. Em 1964, teve seus direitos políticos cassados e foi exilado no Chile e no Peru.
ERIC HOBSBAWM: Filho de pais judeus, Eric John Earnest Hobsbawm nasceu no dia 9 de junho de 1917 na cidade de Alexandria, Egito. Muito novo, aos 14 anos de idade, Eric Hobsbawm já havia perdido seus pais, o que refletiu em sua adoção e da irmã Nancy por parte da tia materna Gretl. Foi, então, viver em um novo lar na cidade de Londres, em 1933, quando se mudou com a irmã para a Inglaterra, Eric Hobsbawm já havia iniciado suas leituras de Karl Marx e Adolf Hitler já havia chegado ao poder na Alemanha. A ida para Londres foi motivada pela fuga da perseguição nazista, mas, principalmente, pelo fato de ter recebido uma bolsa de estudos para estudar em Cambridge, onde acabou se formando em História. Os tios adotivos de Eric Hobsbawm decidiram levar toda a família e todos os negócios para Londres, garantindo a sobrevivência já que os judeus seriam fortemente caçados na Alemanha nos anos posteriores. Dedicou-se ao estudo do século XIX, que considera como iniciado com a Revolução Francesa, em 1789, e encerrado com o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914. O que resultou na publicação de clássicos da historiografia sobre o período: Era das Revoluções (1789-1948), A Era do Capital (1848-1875) e A Era dos Impérios (1875-1914). Em seguida, vieram, então, as análises do que chamou de “o breve século XX”. O livro A Era dos Extremos trouxe-lhe ainda mais reconhecimento por se tornar uma das obras mais lidas e indicadas sobre a recente história da humanidade. Já em 2002, quando publicou o livro Tempos Interessantes, recebeu o Prêmio Balizam para a História da Europa desde 1900.
OLAVO DE CARVALHO: Olavo de Carvalho (Olavo Luiz Pimentel de Carvalho) nasceu em Campinas, São Paulo, no dia 29 de abril de 1947. Com um ano e meio mudou-se, com a família, para São Paulo. Começou a trabalhar na imprensa, com 18 anos, na Empresa Folha da Manhã S/A. Foi repórter, redator e copydesk, Foi também setorista credenciado no Palácio do Governo. Estudou Filosofia, Psicologia e Religiões Comparadas. Após receber o Registro de Jornalista Profissional, por tempo de serviço e de acordo com a legislação em vigor, abandonou temporariamente os estudos universitários. Seu primeiro livro foi “A Imagem do Homem na Astrologia” (1980), um ensaio que serve de base para o desenvolvimento científico do tema. No segundo livro “O Imbecil Coletivo: Atualidades Intelectuais brasileiras” (1996), o autor apresenta os falsos prestígios acadêmicos e as falácias do discurso intelectual em vigor, desde 2002 reside nos Estados Unidos, onde recebeu o visto especial de residência, que é concedido a estrangeiros com “habilidades extraordinárias”. Olavo de Carvalho publicou diversas obras, entre elas: “O Jardim das aflições: de Epicuro à Ressurreição de Cesar – Ensaio sobre o Materialismo e a Religião Civil” (2000).
3. SÉRIE/ANO PARA QUAL O PROJETO SE DESTINA.
O aluno do segundo ano do Ensino médio tem em seu Curriculum o estudo das Revoluções Francesa, Inglesa, Revolução Industrial, Iluminismo, Expansão e Reorganização do Império Português e como pano de fundo a evolução de um Imperialismo passado: próximo e remoto, como uma tendência permanente) e eles deverão perceber a partir das leituras referendadas, como tudo isso se reflete nas liberdades.
E poderão encontrar em Eric Hobsbawm um apoio documental excelente para construir seu entendimento quanto à existência de modos de escravidão dentro de um contexto moderno, a partir do estudo das revoluções que eclodiram pelo mundo, após a Idade Média. Assim como também terão seus olhares desvendados pela antropologia de Darcy Ribeiro, e a excelência crítica em pesquisa do professor e filósofo Olavo de Carvalho.
E este aluno poderá obter êxito no decorrer desse projeto educacional através dos referendados teóricos (escritores) engajados na reflexão histórica, ou seja, figuras que entendem e atomizam o tema proposto: ESCRAVIDÃO E LIBERDADE; efetivando a leitura, e analisando suas nuances históricas, sob o olhar de cada autor. E com a mediação do objeto cênico, e tecnológico - este educando terá a chance de representar em sala de aula com o uso do teatro e do debate a contextualização de um tema tão vigoroso como o proposto; no momento da construção do conhecimento de forma ativa.
4.OBJETIVOS.
De acordo com o tema proposto e justificado no item correspondente, a objetivação de este Projeto de Ensino; precisa perguntar; necessita realmente questionar situações que serão delineadas na Problematização. Realmente a metodologia que norteará este Projeto, tem como meta precípua, a estruturação de um plano de busca teórica por parte da clientela escolhida: No afã de que estes atores possam beber na fonte salutar da pesquisa científica no que esta possui de mais dialético e democrático; e se tornarem protagonistas no processo de ensino-aprendizagem: Como sujeitos, e não meros objetos passivos. Essa busca revive algo que num passado bem próximo fora objeto de estudo e avaliação: os debates; e o uso de ferramentas mediadoras como o teatro, na construção do aprendizado, precipuamente no que tange a avaliação. E os objetivos que irão constituir o foco de todo o processo do projeto estão elencados abaixo:
1) DE FATO EXISTE LIBERDADE?
2) COMO ENTENDER A LOGÍSTICA (CONTABILIDADE E ORGANIZAÇÃO) DA ESCRAVIDÃO PELOS SÉCULOS?
3) E COMO RESGATAR DENTRO DE UMA AÇÃO/PROJETO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NO ENSINO DE HISTÓRIA, O GOSTO EMPREENDEDOR DA BUSCA CIENTÍFICA POR PARTE DE ALUNOS NO QUE TANGE AO DEBATE ARGUMENTATIVO E CONTRA ARGUMENTATIVO, COM UM VIÉS CÊNICO DE REPRESENTAÇÃO: UTILIZANDO O TEMA EM QUESTÃO.
5. PROBLEMATIZAÇÃO.
A partir do tema sugerido no tópico “Referencial teórico e Justificativa” de este Projeto de Ensino de história, com aplicabilidade aos alunos do segundo ano do Ensino médio, foram lançados três objetivos que tocam sobremaneira os vínculos que a ciência histórica dialética permeia entre as outras ciências: como por exemplo a antropologia, a biologia, a filosofia, a sociologia, a geografia; e isso é de fato muito especial, visto que os alunos no ensino médio, as possuem como temas transversais dentro da interdisciplinaridade sugerida em seus PCN(s).
“A educação para a cidadania requer, portanto, que questões sociais sejam apre-
Sentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos. (...) O conjunto de temas
Aqui proposto (Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde e Orientação
Sexual) recebeu o título geral de Temas Transversais, indicando a metodologia
Proposta para sua inclusão no currículo e seu tratamento didático”
(Parâmetros Curriculares Nacionais, 1998).
O princípio pedagógico da interdisciplinaridade visa ao desenvolvimento de competências e habilidades, à necessária e efetiva associação entre ensino e pesquisa, ao trabalho com diferentes fontes e diferentes linguagens, à suposição de que são possíveis interpretações diversas sobre temas/assuntos.
O que está em jogo é a formação do cidadão por meio de complexa teia de exercício da Interdisciplinaridade e não apenas a transmissão-aquisição de informações e conquistas de cada disciplina considerada isoladamente. A questão da interdisciplinaridade está bem clara e exposta nos PCN, Ciências Humanas nas páginas p.15-16. E ao se problematizar (perguntando se há ou não liberdade no mundo?) a temática “Escravidão” faz do Projeto de Ensino em História – um momento além/escola, pois que visa ao alunado do segundo ano do Ensino Médio; principalmente: A construção de um momento de aprendizagem imbuído de pesquisa, planejamento e criticidade/criatividade, que partem do conhecimento prévio, perpassando pela metodologia que norteia às novas aquisições do conhecimento, e atingindo o clímax deste Projeto através da Avaliação dos Conteúdos; de forma permanente ao longo de todo o processo; com apoio de recursos e ferramentas: Lúdicas e tecnológicas.
A proposta central dos objetivos de desenvolvimento do tema de este Projeto textual e educativo, busca com certeza seu apoio tanto nos Conteúdos Curriculares do ano escolhido para a implantação do mesmo, como também nos apontamentos que constam nos PCN(s) de História do Ensino Médio; e principalmente deverá (tal proposta pedagógica) constar como objetivo geral de um plano de ação dentro da Comunidade, a partir do momento que os alunos envolvidos poderão multiplicar este Projeto criando uma peça teatral que verse sobre o tema trabalhado, ou seja, a culminância do objetivo específico 3, elencado no item OBJETIVOS, deverá ter como público-alvo: Escola e Comunidade. As fontes de consulta que serão disponibilizadas como material obrigatório, para estes clientes funcionarão como referencial teórico elementar para a compreensão de algumas nuances históricas que abarcam o tema milenar; e o alunado com a posse de sua prontidão cumprirá um ciclo que inclui: Busca das fonte no blog – Leitura dos conteúdos textuais – leitura de fontes indicadas pelos referendados autores (opcional) – Leitura das biografias dos autores – Aula teórica sobre conteúdos históricos com o uso da dinâmica “tempestades de ideias” – Planejamento e aula expositiva sobre ARGUMENTAÇÃO com os grupos para confecção de resenha e escolha do aluno defensor da tese/argumentação/autor - Defesa da resenha por grupo com encenação/debate com valor avaliativo . (todo este ciclo conta com a mediação do professor)
6. CONTEÚDOS CURRICULARES:
Comtemplar os conteúdos curriculares do segundo ano do Ensino médio, e verificar que eles estão correlacionados aos objetivos específicos que este Projeto de Ensino em História sugere, é de suma importância, para os três questionamentos elaborados no tópico OBJETIVOS.
Ao se depararem com conteúdos do ano supracitado: Revoluções francesa e Inglesa, a partir das conquistas de uma Europa dominadora e exploradora, que sob o manto do Antigo Regime lança-se mesmo às conquistas de forma moderna; deixando de lado o modo de vida medieval, onde sob os auspícios da servidão, se fazia ruralista e religiosa: E depois conquista, de forma autoritária um Novo Mundo, onde crava sua bandeira de fé cristã, e mata em nome de Deus, em nenhuma culpa – e isso levará o personagem principal de este projeto (o aluno) a problematizar o tema respondendo aos questionamentos de forma ampla e sustentada. Sustentada nas indicações teóricas obrigatórias e facultativas que são apontadas no Referencial Teórico de este Projeto acadêmico voltado para o enriquecimento histórico e social de esta classe de alunos. Ler a Introdução do livro “A Era das Revoluções” de Eric Hobsbawm é manancial seguro, e altamente problematizador no que tange ao tema, assim como se deliciar nas páginas sugeridas do Livro de Darcy Ribeiro “O povo Brasileiro” de 231 a 238, precisamente na página 231, no capítulo intitulado “Branco versus negros” onde os dados/fatos de uma época demonstram e respondem para o alunado como entender a logística da Escravidão, aí no caso relacionada a cor da pele, como o trecho evidencia; faz-se mister para que estes discentes consigam refutar ou corroborar as fontes, e alterar seus conhecimentos prévios num contexto histórico.
6. DESENVOLVIMENTO.
A história estuda as realizações humanas ao longo do tempo, mas como este tempo está organizado? Como os alunos conseguem situar um acontecimento no tempo? O que é tempo para você? Estes questionamentos podem estar pairando na mente dos seres humanos, inclusive iremos nos lembrar de um menino que um dia inferiu ao seu pai? PARA QUE SERVE A HISTÓRIA? E o historiador francês e medievalista Marc Bloch, que deixou a obra Apologia da História inacabada; pois fora fuzilado em 16 de junho de 1944 pelo regime nazista: Respondeu a seu filho tendo a ideia de escrever a obra literária: Apologia da História – Ofício do Historiador, que na verdade foi terminado por seu companheiro e co-fundador de Analles em 1929: Lucien Febvre, e publicado em 1949.
A pergunta bastante pertinente supracitada: PARA QUE SERVE A HISTÓRIA? foi realizada por Étienne, que anos mais tarde anotou a obra do pai e editou novamente. E porquê falar do historiador Marc Bloch? Por que ele inaugurou a História como problema; a História não seria mais entendida como uma “ciência do passado” sob a análise de um homem que primava por uma historiografia da reflexão; praticamente Bloch foi o fundador da antropologia histórica; investindo numa história de longa duração, de períodos históricos mais alargados, e estruturas que se modificavam de maneira mais lenta e preguiçosa, sem uma preocupação com datas e nomes positivamente delimitados, objeto de uma Escola historiográfica tradicional. Ao delinear tal projeto de Ensino em História, os apontamentos revolucionários do historiador Marc Bloch, juntamente com Lúcien Febvre , ou Jacques Le Goff que classificou o livro de Bloch como: “Este livro inacabado é um ato completo de história” vem a constituir um indicador historiográfico para que o referencial teórico envolvido nesta confecção seja diversificado, visto que os intelectuais envolvidos neste processo, com seus conteúdos evidenciados, tragam visões circunspectas à problematização do tema abordado: ESCRAVIDÃO. Através de modelos como o de Marc Bloch, que como um visionário da História, observa o passado, considera o presente, para construir um futuro alicerçado em impressões advindas de um historiador não sedentário, não burocrata, mas sim um andarilho fiel no cumprimento de seu dever de aventureiro e explorador. E com essa prerrogativa de aventura, e exploração incessante, os alunos do segundo ano do ensino médio, poderão viajar no tempo histórico, dos autores referendados: Eric Hobsbawm, Darcy Ribeiro e Olavo de Carvalho buscando descortinar novos horizontes de aprendizado, para uma ratificação ou retificação de seu olhar em alumiação, isto porque ser aluno etimologicamente é estar sob um processo de alumiação acadêmica.
Um projeto dessa monta - que visa á leitura, à síntese, à análise, à crítica, o senso avaliativo refinado, por parte da clientela (composta de indivíduos históricos) que está sendo orientada ao debate, à valoração da arte, através dos fatos e das fontes e com o abraço da tecnologia: Tem tudo para dar certo. Em tempos de tecnologia moderna, ou contemporânea, o Homem que outrora fez o fogo, criou a roda; busca cada vez mais a preemência, a conectividade, e isso se traduz em linguagem globalizada através do mar que se constitui a internet, com seu viés antropofágico. Nem sempre o mar está para peixe, é preciso que alguém possa capitanear este barco, para que os rumos a serem alcançados sejam férteis. As estratégias utilizadas neste Projeto de Ensino em História começam lá no mundo web, com um endereço virtual, que abriga o real, em tempo real. O alunado que consome a internet como a grande aliada de sua geração, precisa encontrar nela os meios, para que os fins a serem alcançados sejam coerentes para um final didático feliz; no seu horizonte acadêmico. O blog disponibilizado como centralizador dos links que deverão ser lidos e pesquisados estarão em http://.www.guerrahulk.blogspot.com.br listados para serem lidos juntamente com o arquivo que traz uma minibiografia dos autores referendados no “Referencial Teórico http://www.olavodecarvalho.org/semana/090914dc.html; https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=a+era+das+revolu%C3%A7%C3%B5es+pdf; http://www.usp.br/cje/anexos/pierre/ribeiro_darcy_povo_brasileiro_formacao_e_o_sentido_do_brasil.pdf.
Durante as etapas de realização do projeto, precisamente, na quinta aula (vide cronograma pág. 22) do íten AVALIAÇÃO; os alunos receberão informações através de uma aula expositiva sobre A TÉCNICA DA ARGUMENTAÇÃO Argumentar = é expressar uma convicção e uma explicação para persuadir o interlocutor a modificar o seu comportamento. Argumentar é desenvolver organizadamente um raciocínio, uma ideia, umaopinião, um ponto de vista ou uma convicção, de forma a influenciar, a convencer e apersuadir um auditório ou leitor.No nosso quotidiano estamos argumentar: quando defendemos um ponto de vista, quando apresentamos a nossa opinião, quando propomos uma solução para um problema ou quando queremos convencer os outros a aceder a um pedido nosso…Por vezes, enfrentamos a oposição dos outros e, então, temos de argumentar aindamelhor para os convencer.
E argumentar bem é um ato de inteligência que, para ser eficaz, tem as suas regras. Os recursos são variados, incluem desde a utilização da ferramenta internet, com consulta ao blog supracitado, até uma aula de intrerpretação sob os auspícios da professora de história que também é atriz, e com registro (DRT), isso para facilitar o cumprimento do roteiro aqui apresentado como peça norteadora e planejada de este processo em projeto que segue um cronograma.
E é claro que tudo isso pode contar com materais específicos que serão importantíssimos para que o clímax deste projeto ocorra da melhor forma possível, ou seja, beirando a exceléncia; o material de apoio para que todo este roteiro elencado acima seja um sucesso: será apontado no passo “RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS”.
8. TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO
O projeto de forma geral possui três etapas para sua implementação: INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO; distribuídos numa TRÍPLICE SEQUÊNCIA cada um. Os passos formulados deverão ocorrer segundo um cronograma a ser cumprido em seis semanas ( composto por seis aulas) como tempo para a realização do projeto. As etapas a seguir serão cumpridas cronologicamente nessa ordem:
A) INTRODUÇÃO: Busca das fontes no blog - 2) Leitura dos conteúdos textuais - 3) Leitura de fontes indicadas pelos referendados autores (opcional como apoio acadêmico).
B) DESENVOLVIMENTO: 4) Leitura das biografias dos autores - 5) Aula teórica sobre conteúdos históricos com o uso da dinâmica “tempestades de ideias” 6) Aula de teatro (com uso da interpretação e improviso).
C) CONCLUSÃO: 7) Planejamento e aula expositiva sobre valoração do que é ARGUMENTAÇÃO, com os grupos na confecção de resenha e escolha do aluno defensor da tese/argumentação/autor - 8) Defesa da resenha por grupo com encenação/debate com valor avaliativo – 9) Ação coletiva com utilização do projeto para a Comunidade.
O.B.S – Todas estas etapas contam com mediação do professor; que avaliará os alunos nas três etapas gerais.
O projeto será realizado em seis aulas, com dois tempos de 50 minutos cada – No quarto período do último bimestre do ano letivo - e o resultado processual avaliativo será a nota final do mesmo.
9. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS.
Neste projeto de Ensino de História, os recursos utilizados dentro e fora de sala de aula vão desde a utilização da leitura, perpassando pela investigação científica, e chegando até o lúdico, do ponto de vista material e imaterial; uso de literatura histórica, como as referendadas, e outras fontes como vídeos, aulas teatrais, expositivas, e práticas.
A voz, a sonoridade das falas (uso de microfone), a transfiguração do aluno/ator, assim como a expressão corporal para a HORA DO DEBATE, com direito a plateia e a banca examinadora. Cada grupo escolherá um autor teórico referendado, e perceberá se ele responde dentro do conteúdo pesquisado as três questões objetivas específicas que norteiam este PROJETO DE ENSINO EM HISTÓRIA.
E a problematização estará sendo desenrolada dentro de um tema abrangente, como a Escravidão no mundo; e o melhor disso tudo é que o aluno estará podendo refutar, corroborar, e debater com o recurso da encenação: Defendendo uma tese, com argumentação e contra-argumentação.
10. AVALIAÇÃO
Ao aterissar neste momento de aferição que o processo de ensino-aprendizagem necessita para tornar-se realmente um ciclo de apreensão de conhecimento: A avaliação; o educando poderá desfrutar das delícias da “colheita”de um bom plantio, resta saber se será uma boa ou uma má colheita. Desde a etapa de planejamento a avaliação ocorre, e sendo diagnóstica e processual ela se estende até o término do projeto, que culmina na ação integralizadora com participação da coletividade, ou seja, a comunidade no entorno da Escola, será um dos agentes co-participativos desse ciclo educativo estabelecido previamente O cronograma abaixo ajuda a entender o quanto a avaliação que já não classifica, nem exclui, ocorrerá durante a realização de este PROJETO DE ENSINO EM HISTÓRIA
CRONOGRAMA DO TEMPO DE REALIZAÇÃO DO PROJETO DO ENSINO EM HISTÓRIA:
INTRODUÇÃO
PRIMEIRA AULA: BATE PAPO COM OS ALUNOS E APRESENTAÇÃO DO PROJETO
Busca das fontes no blog - 2) Leitura dos conteúdos textuais referendados nos links
COM OCORRÊNCIA DE AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E FORMATIVA COM PESO 1
SEGUNDA AULA: Leitura de fontes indicadas pelos referendados autores (opcional como apoio acadêmico).
ETAPA DE DESENVOLVIMENTO INICIADA COM AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E PROCESSUAL COM PESO 1.
TERCEIRA AULA: DESENVOLVIMENT0: 4) Leitura das biografias dos autores - 5) Aula teórica sobre conteúdos históricos com o uso da dinâmica “tempestades de ideias” QUARTA AULA: DESENVOLVIMENTO
6) Aula de teatro
Com uso da interpretação
E improviso).
.
QUINTA AULA:
CONCLUSÃO
7) Planejamento e aula com os grupos para a confecção de resenha e escolha do aluno defensor da tetese/argumentação/autor - 8) Defesa da resenha por grupo com encenação/debate com valor avaliativo SEXTA AULA:
CONCLUSÃO
9) AÇÃO COLETIVA COM UTILIZAÇÃO DO PROJETO COM A COMUNIDADE.
.
PESO 2 PESO 2 PESO 2 PESO 2 = ATRIBUIDO POR MEMBROS DA COMUNIDADE EM DIÁLOGO COM O PROFESSOR.
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RIBEIRO, Darcy. O povo Brasileiro. São Paulo: Companhia de Letras, 2006.
MACEDO, Andreia Pereira de. Turismo e Sociedade. 2. ed. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2012.
RIBEIRO, Darcy. Testemunho. 4. Ed. Rio de Janeiro: Apicuri, Brasília, DF: UnB, 2009.208 p.
HOBSBAWM, Eric J. A Era dos Extremos: O Breve Século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
CARVALHO, Olavo de. Aristóteles em Nova Perspectiva: Introdução à teoria dos Quatro Discursos. Nova ed.rev. São Paulo: É Realizações, 2006. – (Coleção Olavo de Carvalho).
STANISLAVSKI, Constantin. Manual do ator – 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
MOIMAZ, Érica Ramos. Metodologias do Ensino de História. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 2006
http://www.olavodecarvalho.org/semana/090914dc.html
http://www.usp.br/cje/anexos/pierre/ribeiro_darcy_povo_brasileiro_formacao_e_o_sentido_do_brasil.pdf
https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=a+era+das+revolu%C3%A7%C3%B5es+pdf
http://www.olavodecarvalho.org/semana/090914dc.html
1 TEMA – ESCRAVIDÃO MUNDIAL 3.
2.JUSTIFICATIVA (REFERENCIALTEÓRICO)..........................................................................................5
3. SÉRIE/ANO PARA QUE O PROJETO SE DESTINA............................................10
4. OBJETIVOS ..........................................................................................................11
5. PROBLEMATIZAÇÃO ...........................................................................................12
6. CONTEÚDOS CURRICULARES ..........................................................................14
7. DESENVOLVIMENTO ...........................................................................................15
8. TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO ...................................................18
9. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS ..............................................................19
10. AVALIAÇÃO ........................................................................................................20
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................21
1.TEMA – ESCRAVIDÃO MUNDIAL.
Refletir é pensar de novo, então pensar na história do termo Escravidão, poderá contribuir para a efetivação de um olhar mais cuidadoso, com vistas a um aprendizado menos anacrônico, por parte; do alunado a que se destina o projeto de ensino em questão; tais atores sociais que na maioria das vezes tendem a se distanciarem do histórico - em detrimento do que julgam como moderno; terão assim a oportunidade de realizar uma viagem através da memória de um planeta que foi dividido entre dominados e dominadores: em todas as temporalidades; e o mais interessante é que farão isso através da ferramenta que a tecnologia oferta.
A palavra escravidão forma derivada do latim sclavus – pessoa que é propriedade de outra, e slavus: slavos, pois pessoas desta etnia foram capturadas e escravizadas em uma determinada época, já expressa por si só a funcionalidade do termo. A escravidão é um dos temas de estudo mais atraentes e influentes dentro do contexto educativo e educacional: É abordada por inúmeros autores nacionais, e internacionais; dentre os quais se destacam: Olavo de Carvalho, Darcy Ribeiro e Eric Hobsbawm.
Mais próximo de nosso tempo, temos muitos exemplos da escravidão e suas variedades na Europa Ocidental. A barbaridade e a bestialidade cometidas nesses enormes comércios são indescritíveis: Características de inversão do tempo histórico é o estereótipo, universalmente aceito, do colonialista europeu invadindo a África com um crucifixo na mão, decidido a impor a populações inermes a religião dos brancos. Sim, o Cristianismo foi religião de negros muito antes de ser religião de brancos europeus. Havia igrejas na Etiópia no tempo em que os ingleses ainda eram bárbaros pagãos. Mais de mil anos antes das grandes navegações, era na África que estavam os reinos cristãos mais antigos do mundo, alguns bastante cultos e prósperos. Foram os árabes que os destruíram, na sanha de tudo islamizar a força. Boa parte da região que vai desde o Marrocos, a Líbia, a Argélia e o Egito até o Sudão e a Etiópia era cristã, até que os muçulmanos chegaram, queimaram as igrejas e venderam os cristãos como escravos. Quatro quintos do prestígio das lendas terceiro mundistas repousam na ocultação desse fato. “O Brasil, último país a acabar com a escravidão tem uma perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descaso.” (DARCY RIBEIRO).
A frase acima citada denuncia claramente o quanto há de mediocridade na história gestada nestas terras brasileiras, que esconderam e forjaram a submissão de uma raça escolhida para tal, e isso não significa que a escravidão tenha cor instituída neste planeta. Ela é fruto desumano e pode ocorrer de forma inter-racial:
“O Reino de Oyo desenvolveu um notável Imperialismo militar desde fins do século XVII, buscando atingir o oceano para estabelecer contatos diretos com os brancos. Já antes disso a força guerreira de Oyo especialmente sua cavalaria, permitia uma abundante colheita de escravos que ela aprisionava ao sul, entre os Yoruba, e no norte entre os Bariba e os Nupê. Tradicionalmente, os numerosos cativos tornavam-se escravos no seio da sociedade dos vencedores. Com a aparição do tráfico europeu- uma parte, mas, só uma parte, foi encaminhada ao litoral.” (CARVALHO, 2009).
Ao alunado se destina - a partir deste projeto – uma visão amplificada do fenômeno “Escravidão” através da visão de três escritores e especialistas, cujo potencial analítico revela nuances mais esquadrinhadas desse tema. Na orientação a seguir, JUSTIFICATIVA E REFERENCIA TEÓRICO, o corpo de ideias dos autores referendados revelará um melhor entendimento da escolha.
2. JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO.
O conceito de liberdade, segundo Houaiss é o direito de expressar qualquer opinião e agir como quiser, ou seja, desde criança sente-se a necessidade de andar e ir para onde se quer e poder andar expressa vontades próprias a serem desvendadas; e privar qualquer ser humano de suas liberdades básicas, também o privam de desenvolvimento tanto físico como mental, a criança que têm estímulos, segundo Vygotsky se desenvolve normalmente e aprende a refletir e desenvolver seu raciocínio lógico De acordo com o próprio Olavo de Carvalho, a tônica de seu pensamento é “a defesa da interioridade humana contra a tirania da autoridade coletiva, sobretudo quando escorada numa ideologia científica”.
Um dos ancoradouros de este projeto de ensino em história é justamente e justificadamente demonstrar aos alunos (2º ano do Ensino médio) o quanto a Escravidão vai além da cor, do credo, da política partidária, e etc. A privação de liberdade é um ato factual que pode ocorrer em todos os universos da existência; e se apresenta de forma velada ou revelada. Ademais o conteúdo dos referidos autores expressam que a história, por vezes, deverá ser investigada de forma mais minuciosa para que veredictos possam ser revistos - quanto a vilanias, ou heroísmos entre vencedores e vencidos.
O artigo http://www.olavodecarvalho.org/semana/090914dc.html
traz a baila questões importantes sobre a Escravidão, e cita diversos autores que tratam o tema de maneira diversificada – inclusive com citações do historiador Bernard Lugan, especialista em história da África, oriundas de um de seus livros: Bernard Lugan, Afrique, l'Histoire à l'Endroit,) que até poderá facultativamente ser acessado pelo publico alvo a que se destina tal projeto educativo. Para Eric J. Hobsbawm (o outro autor referendado teoricamente neste projeto) a história é dinâmica de tal forma que consegue reunir a capacidade de colaborar com previsões teleológicas. E realmente, por mais dinâmico e acelerado que sejam os ritmos da humanidade contemporânea que tem alcance a altíssimos níveis de tecnologia, ainda assim, as estruturas intelectuais deverão recorrer à história como forma imprescindível na elaboração e reelaboração de significados e representações do real. Há história em toda ação social, independente do ritmo aplicado consequente duma transformação de curta ou longa duração.
O livro “A era das revoluções” deverá ser acessado em blog indicado nos itens “DESENVOLVIMENTO” e “RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS”: E o Prefácio, e a Introdução deverão ser lidos, pois se trata de conteúdo que versa sobre o assunto/tema proposto neste trabalho textual que aqui se projeta, considerando o contexto histórico, e suas ambiências. O link para leitura https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=a+era+das+revolu%C3%A7%C3%B5es+pdf (constará neste endereço eletrônico preso no blog que será referendado a posteriori na sequência do projeto); neste mesmo blog estarão apensados os outros dois links que com seus conteúdos ajudarão a embasar a construção teórica de este Projeto de Ensino em História.
A privação da liberdade sempre existiu, ou seja, sempre houve alguém dominando alguém, seja como ESCRAVO, SERVO, PRISIONEIRO, REFÉM, LOUCO, TRABALHADOR, PROLETÁRIO, DISCRIMINADO, VASSALO, PLEBEU, ETC. O homem sempre dominou, e expropriou o seu próximo. Foi sob o espírito determinista, que o ser humano caminhou e caminha impondo a alguém um destino diferente do seu, para que assim haja sempre uma pirâmide darwinista: onde exista um fraco (não adaptado e perdedor) e um forte (adaptado e vencedor). Como disse o filósofo Aristóteles, o homem é um animal social, e como tal deve assim viver. E em um dos conceitos de sociedade - o homem é definido a partir de um padrão coletivo: “grupo humano que habita em certo período de tempo e espaço, seguindo um padrão comum; coletividade”. Ser escravo e liberto num mundo antigo é muito diferente de ser escravo e liberto num mundo contemporâneo, guardadas, é claro as devidas proporções; Escravos: camada sem nenhum direito social em Roma. Os escravos eram, em sua grande maioria, presos de guerra. Eram vendidos como mercadorias para patrícios e plebeus e não recebiam pagamentos pelo trabalho, mas apenas comida e roupas. Executavam tarefas pesadas e também serviam como serviçais domésticos. Na época do Império Romano, o número de escravos aumentou de forma extraordinária. Libertos: ex-escravos que obtinham a liberdade por concessão de seus proprietários, por abandono ou até mesmo pela compra própria da liberdade. Geralmente trabalhavam para seu ex dono. As palavras são testemunhas que muitas vezes falam mais alto que os documentos. Consideremos algumas palavras que foram inventadas, ou ganharam seus significados modernos, substancialmente no período de 60 anos de que trata o livro (“A era das revoluções”). Palavras como fábrica, industrial, classe média, classe trabalhadora, capitalismo, socialismo, aristocracia, ferrovia, liberal, conservador, como termos políticos: nacionalidade, cientista, engenheiro, proletariado e crise surgiram no período entre 1789 e 1848.
E ser escravo num Brasil, colonial, ou neocolonial, o que é, ou o que foi? E será bebendo nas páginas de 231 a 238 do livro “O povo brasileiro” que o alunado poderá inferir sobre o tema que está no link http://www.usp.br/cje/anexos/pierre/ribeiro_darcy_povo_brasileiro_formacao_e_o_sentido_do_brasil.pdf e o principal deverá formar no item “AVALIAÇÃO” três equipes para debater sobre o tema, autores, e conteúdo, resgatando uma época de argumentos e contra-argumentos, utilizando as ferramentas tecnológicas, usando o cênico (teatro) como mediador, no universo do debate, em sala de aula. Então as três fontes, e os três autores referendados serão fontes científico-históricas onde estes alunos deverão depreender os conteúdos e nortear suas interpretações do tema, claro, com a clarividência do uso e desuso de seus conhecimentos prévios – e com o auxílio do professor que mediará todo o decurso processual; sob a égide teórica apoiada por CHERVELL E LOPES: MEDIAÇÃO DIDÁTICA.
AGORA UMA MINIBIOGRAFIA DE CADA AUTOR REFERENDADO:
DARCY RIBEIRO: Foi antropólogo, escritor e político brasileiro. Destacou-se com trabalhos em defesa da causa indígena e com trabalhos na área da educação, antropologia e sociologia. Darcy Ribeiro (1922-1997) nasceu em Montes Claros, Mina Gerais, no dia 26 de outubro de 1922. Filho do farmacêutico Reginaldo Ribeiro dos Santos e da professora Josefina Augusta da Silveira. Estudou no Grupo Escolar Gonçalves Chaves e no Ginásio Episcopal de Montes Claros. Mudou-se para São Paulo, estudou Medicina durante três anos, desistiu do curso e de volta ao Rio de Janeiro, ingressou na Escola de Sociologia e Política, graduando-se em 1946, no curso de Ciências Sociais Entre 1949 e 1951 trabalhou no Serviço de Proteção ao Índio. Colaborou para a Fundação do Museu do Índio e do Parque Nacional Indígena do Xingu, na região do atual Estado de Mato Grosso do Sul. Escreveu vários trabalhos em defesa da causa indígena. Em 1955 organizou o primeiro curso de Antropologia na Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro. No governo do presidente Jânio Quadros, em 1961, foi Ministro da Educação. No governo de João Goulart foi Chefe da Casa Civil, onde elaborou as reformas de base. Em 1964, teve seus direitos políticos cassados e foi exilado no Chile e no Peru.
ERIC HOBSBAWM: Filho de pais judeus, Eric John Earnest Hobsbawm nasceu no dia 9 de junho de 1917 na cidade de Alexandria, Egito. Muito novo, aos 14 anos de idade, Eric Hobsbawm já havia perdido seus pais, o que refletiu em sua adoção e da irmã Nancy por parte da tia materna Gretl. Foi, então, viver em um novo lar na cidade de Londres, em 1933, quando se mudou com a irmã para a Inglaterra, Eric Hobsbawm já havia iniciado suas leituras de Karl Marx e Adolf Hitler já havia chegado ao poder na Alemanha. A ida para Londres foi motivada pela fuga da perseguição nazista, mas, principalmente, pelo fato de ter recebido uma bolsa de estudos para estudar em Cambridge, onde acabou se formando em História. Os tios adotivos de Eric Hobsbawm decidiram levar toda a família e todos os negócios para Londres, garantindo a sobrevivência já que os judeus seriam fortemente caçados na Alemanha nos anos posteriores. Dedicou-se ao estudo do século XIX, que considera como iniciado com a Revolução Francesa, em 1789, e encerrado com o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914. O que resultou na publicação de clássicos da historiografia sobre o período: Era das Revoluções (1789-1948), A Era do Capital (1848-1875) e A Era dos Impérios (1875-1914). Em seguida, vieram, então, as análises do que chamou de “o breve século XX”. O livro A Era dos Extremos trouxe-lhe ainda mais reconhecimento por se tornar uma das obras mais lidas e indicadas sobre a recente história da humanidade. Já em 2002, quando publicou o livro Tempos Interessantes, recebeu o Prêmio Balizam para a História da Europa desde 1900.
OLAVO DE CARVALHO: Olavo de Carvalho (Olavo Luiz Pimentel de Carvalho) nasceu em Campinas, São Paulo, no dia 29 de abril de 1947. Com um ano e meio mudou-se, com a família, para São Paulo. Começou a trabalhar na imprensa, com 18 anos, na Empresa Folha da Manhã S/A. Foi repórter, redator e copydesk, Foi também setorista credenciado no Palácio do Governo. Estudou Filosofia, Psicologia e Religiões Comparadas. Após receber o Registro de Jornalista Profissional, por tempo de serviço e de acordo com a legislação em vigor, abandonou temporariamente os estudos universitários. Seu primeiro livro foi “A Imagem do Homem na Astrologia” (1980), um ensaio que serve de base para o desenvolvimento científico do tema. No segundo livro “O Imbecil Coletivo: Atualidades Intelectuais brasileiras” (1996), o autor apresenta os falsos prestígios acadêmicos e as falácias do discurso intelectual em vigor, desde 2002 reside nos Estados Unidos, onde recebeu o visto especial de residência, que é concedido a estrangeiros com “habilidades extraordinárias”. Olavo de Carvalho publicou diversas obras, entre elas: “O Jardim das aflições: de Epicuro à Ressurreição de Cesar – Ensaio sobre o Materialismo e a Religião Civil” (2000).
3. SÉRIE/ANO PARA QUAL O PROJETO SE DESTINA.
O aluno do segundo ano do Ensino médio tem em seu Curriculum o estudo das Revoluções Francesa, Inglesa, Revolução Industrial, Iluminismo, Expansão e Reorganização do Império Português e como pano de fundo a evolução de um Imperialismo passado: próximo e remoto, como uma tendência permanente) e eles deverão perceber a partir das leituras referendadas, como tudo isso se reflete nas liberdades.
E poderão encontrar em Eric Hobsbawm um apoio documental excelente para construir seu entendimento quanto à existência de modos de escravidão dentro de um contexto moderno, a partir do estudo das revoluções que eclodiram pelo mundo, após a Idade Média. Assim como também terão seus olhares desvendados pela antropologia de Darcy Ribeiro, e a excelência crítica em pesquisa do professor e filósofo Olavo de Carvalho.
E este aluno poderá obter êxito no decorrer desse projeto educacional através dos referendados teóricos (escritores) engajados na reflexão histórica, ou seja, figuras que entendem e atomizam o tema proposto: ESCRAVIDÃO E LIBERDADE; efetivando a leitura, e analisando suas nuances históricas, sob o olhar de cada autor. E com a mediação do objeto cênico, e tecnológico - este educando terá a chance de representar em sala de aula com o uso do teatro e do debate a contextualização de um tema tão vigoroso como o proposto; no momento da construção do conhecimento de forma ativa.
4.OBJETIVOS.
De acordo com o tema proposto e justificado no item correspondente, a objetivação de este Projeto de Ensino; precisa perguntar; necessita realmente questionar situações que serão delineadas na Problematização. Realmente a metodologia que norteará este Projeto, tem como meta precípua, a estruturação de um plano de busca teórica por parte da clientela escolhida: No afã de que estes atores possam beber na fonte salutar da pesquisa científica no que esta possui de mais dialético e democrático; e se tornarem protagonistas no processo de ensino-aprendizagem: Como sujeitos, e não meros objetos passivos. Essa busca revive algo que num passado bem próximo fora objeto de estudo e avaliação: os debates; e o uso de ferramentas mediadoras como o teatro, na construção do aprendizado, precipuamente no que tange a avaliação. E os objetivos que irão constituir o foco de todo o processo do projeto estão elencados abaixo:
1) DE FATO EXISTE LIBERDADE?
2) COMO ENTENDER A LOGÍSTICA (CONTABILIDADE E ORGANIZAÇÃO) DA ESCRAVIDÃO PELOS SÉCULOS?
3) E COMO RESGATAR DENTRO DE UMA AÇÃO/PROJETO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NO ENSINO DE HISTÓRIA, O GOSTO EMPREENDEDOR DA BUSCA CIENTÍFICA POR PARTE DE ALUNOS NO QUE TANGE AO DEBATE ARGUMENTATIVO E CONTRA ARGUMENTATIVO, COM UM VIÉS CÊNICO DE REPRESENTAÇÃO: UTILIZANDO O TEMA EM QUESTÃO.
5. PROBLEMATIZAÇÃO.
A partir do tema sugerido no tópico “Referencial teórico e Justificativa” de este Projeto de Ensino de história, com aplicabilidade aos alunos do segundo ano do Ensino médio, foram lançados três objetivos que tocam sobremaneira os vínculos que a ciência histórica dialética permeia entre as outras ciências: como por exemplo a antropologia, a biologia, a filosofia, a sociologia, a geografia; e isso é de fato muito especial, visto que os alunos no ensino médio, as possuem como temas transversais dentro da interdisciplinaridade sugerida em seus PCN(s).
“A educação para a cidadania requer, portanto, que questões sociais sejam apre-
Sentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos. (...) O conjunto de temas
Aqui proposto (Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde e Orientação
Sexual) recebeu o título geral de Temas Transversais, indicando a metodologia
Proposta para sua inclusão no currículo e seu tratamento didático”
(Parâmetros Curriculares Nacionais, 1998).
O princípio pedagógico da interdisciplinaridade visa ao desenvolvimento de competências e habilidades, à necessária e efetiva associação entre ensino e pesquisa, ao trabalho com diferentes fontes e diferentes linguagens, à suposição de que são possíveis interpretações diversas sobre temas/assuntos.
O que está em jogo é a formação do cidadão por meio de complexa teia de exercício da Interdisciplinaridade e não apenas a transmissão-aquisição de informações e conquistas de cada disciplina considerada isoladamente. A questão da interdisciplinaridade está bem clara e exposta nos PCN, Ciências Humanas nas páginas p.15-16. E ao se problematizar (perguntando se há ou não liberdade no mundo?) a temática “Escravidão” faz do Projeto de Ensino em História – um momento além/escola, pois que visa ao alunado do segundo ano do Ensino Médio; principalmente: A construção de um momento de aprendizagem imbuído de pesquisa, planejamento e criticidade/criatividade, que partem do conhecimento prévio, perpassando pela metodologia que norteia às novas aquisições do conhecimento, e atingindo o clímax deste Projeto através da Avaliação dos Conteúdos; de forma permanente ao longo de todo o processo; com apoio de recursos e ferramentas: Lúdicas e tecnológicas.
A proposta central dos objetivos de desenvolvimento do tema de este Projeto textual e educativo, busca com certeza seu apoio tanto nos Conteúdos Curriculares do ano escolhido para a implantação do mesmo, como também nos apontamentos que constam nos PCN(s) de História do Ensino Médio; e principalmente deverá (tal proposta pedagógica) constar como objetivo geral de um plano de ação dentro da Comunidade, a partir do momento que os alunos envolvidos poderão multiplicar este Projeto criando uma peça teatral que verse sobre o tema trabalhado, ou seja, a culminância do objetivo específico 3, elencado no item OBJETIVOS, deverá ter como público-alvo: Escola e Comunidade. As fontes de consulta que serão disponibilizadas como material obrigatório, para estes clientes funcionarão como referencial teórico elementar para a compreensão de algumas nuances históricas que abarcam o tema milenar; e o alunado com a posse de sua prontidão cumprirá um ciclo que inclui: Busca das fonte no blog – Leitura dos conteúdos textuais – leitura de fontes indicadas pelos referendados autores (opcional) – Leitura das biografias dos autores – Aula teórica sobre conteúdos históricos com o uso da dinâmica “tempestades de ideias” – Planejamento e aula expositiva sobre ARGUMENTAÇÃO com os grupos para confecção de resenha e escolha do aluno defensor da tese/argumentação/autor - Defesa da resenha por grupo com encenação/debate com valor avaliativo . (todo este ciclo conta com a mediação do professor)
6. CONTEÚDOS CURRICULARES:
Comtemplar os conteúdos curriculares do segundo ano do Ensino médio, e verificar que eles estão correlacionados aos objetivos específicos que este Projeto de Ensino em História sugere, é de suma importância, para os três questionamentos elaborados no tópico OBJETIVOS.
Ao se depararem com conteúdos do ano supracitado: Revoluções francesa e Inglesa, a partir das conquistas de uma Europa dominadora e exploradora, que sob o manto do Antigo Regime lança-se mesmo às conquistas de forma moderna; deixando de lado o modo de vida medieval, onde sob os auspícios da servidão, se fazia ruralista e religiosa: E depois conquista, de forma autoritária um Novo Mundo, onde crava sua bandeira de fé cristã, e mata em nome de Deus, em nenhuma culpa – e isso levará o personagem principal de este projeto (o aluno) a problematizar o tema respondendo aos questionamentos de forma ampla e sustentada. Sustentada nas indicações teóricas obrigatórias e facultativas que são apontadas no Referencial Teórico de este Projeto acadêmico voltado para o enriquecimento histórico e social de esta classe de alunos. Ler a Introdução do livro “A Era das Revoluções” de Eric Hobsbawm é manancial seguro, e altamente problematizador no que tange ao tema, assim como se deliciar nas páginas sugeridas do Livro de Darcy Ribeiro “O povo Brasileiro” de 231 a 238, precisamente na página 231, no capítulo intitulado “Branco versus negros” onde os dados/fatos de uma época demonstram e respondem para o alunado como entender a logística da Escravidão, aí no caso relacionada a cor da pele, como o trecho evidencia; faz-se mister para que estes discentes consigam refutar ou corroborar as fontes, e alterar seus conhecimentos prévios num contexto histórico.
6. DESENVOLVIMENTO.
A história estuda as realizações humanas ao longo do tempo, mas como este tempo está organizado? Como os alunos conseguem situar um acontecimento no tempo? O que é tempo para você? Estes questionamentos podem estar pairando na mente dos seres humanos, inclusive iremos nos lembrar de um menino que um dia inferiu ao seu pai? PARA QUE SERVE A HISTÓRIA? E o historiador francês e medievalista Marc Bloch, que deixou a obra Apologia da História inacabada; pois fora fuzilado em 16 de junho de 1944 pelo regime nazista: Respondeu a seu filho tendo a ideia de escrever a obra literária: Apologia da História – Ofício do Historiador, que na verdade foi terminado por seu companheiro e co-fundador de Analles em 1929: Lucien Febvre, e publicado em 1949.
A pergunta bastante pertinente supracitada: PARA QUE SERVE A HISTÓRIA? foi realizada por Étienne, que anos mais tarde anotou a obra do pai e editou novamente. E porquê falar do historiador Marc Bloch? Por que ele inaugurou a História como problema; a História não seria mais entendida como uma “ciência do passado” sob a análise de um homem que primava por uma historiografia da reflexão; praticamente Bloch foi o fundador da antropologia histórica; investindo numa história de longa duração, de períodos históricos mais alargados, e estruturas que se modificavam de maneira mais lenta e preguiçosa, sem uma preocupação com datas e nomes positivamente delimitados, objeto de uma Escola historiográfica tradicional. Ao delinear tal projeto de Ensino em História, os apontamentos revolucionários do historiador Marc Bloch, juntamente com Lúcien Febvre , ou Jacques Le Goff que classificou o livro de Bloch como: “Este livro inacabado é um ato completo de história” vem a constituir um indicador historiográfico para que o referencial teórico envolvido nesta confecção seja diversificado, visto que os intelectuais envolvidos neste processo, com seus conteúdos evidenciados, tragam visões circunspectas à problematização do tema abordado: ESCRAVIDÃO. Através de modelos como o de Marc Bloch, que como um visionário da História, observa o passado, considera o presente, para construir um futuro alicerçado em impressões advindas de um historiador não sedentário, não burocrata, mas sim um andarilho fiel no cumprimento de seu dever de aventureiro e explorador. E com essa prerrogativa de aventura, e exploração incessante, os alunos do segundo ano do ensino médio, poderão viajar no tempo histórico, dos autores referendados: Eric Hobsbawm, Darcy Ribeiro e Olavo de Carvalho buscando descortinar novos horizontes de aprendizado, para uma ratificação ou retificação de seu olhar em alumiação, isto porque ser aluno etimologicamente é estar sob um processo de alumiação acadêmica.
Um projeto dessa monta - que visa á leitura, à síntese, à análise, à crítica, o senso avaliativo refinado, por parte da clientela (composta de indivíduos históricos) que está sendo orientada ao debate, à valoração da arte, através dos fatos e das fontes e com o abraço da tecnologia: Tem tudo para dar certo. Em tempos de tecnologia moderna, ou contemporânea, o Homem que outrora fez o fogo, criou a roda; busca cada vez mais a preemência, a conectividade, e isso se traduz em linguagem globalizada através do mar que se constitui a internet, com seu viés antropofágico. Nem sempre o mar está para peixe, é preciso que alguém possa capitanear este barco, para que os rumos a serem alcançados sejam férteis. As estratégias utilizadas neste Projeto de Ensino em História começam lá no mundo web, com um endereço virtual, que abriga o real, em tempo real. O alunado que consome a internet como a grande aliada de sua geração, precisa encontrar nela os meios, para que os fins a serem alcançados sejam coerentes para um final didático feliz; no seu horizonte acadêmico. O blog disponibilizado como centralizador dos links que deverão ser lidos e pesquisados estarão em http://.www.guerrahulk.blogspot.com.br listados para serem lidos juntamente com o arquivo que traz uma minibiografia dos autores referendados no “Referencial Teórico http://www.olavodecarvalho.org/semana/090914dc.html; https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=a+era+das+revolu%C3%A7%C3%B5es+pdf; http://www.usp.br/cje/anexos/pierre/ribeiro_darcy_povo_brasileiro_formacao_e_o_sentido_do_brasil.pdf.
Durante as etapas de realização do projeto, precisamente, na quinta aula (vide cronograma pág. 22) do íten AVALIAÇÃO; os alunos receberão informações através de uma aula expositiva sobre A TÉCNICA DA ARGUMENTAÇÃO Argumentar = é expressar uma convicção e uma explicação para persuadir o interlocutor a modificar o seu comportamento. Argumentar é desenvolver organizadamente um raciocínio, uma ideia, umaopinião, um ponto de vista ou uma convicção, de forma a influenciar, a convencer e apersuadir um auditório ou leitor.No nosso quotidiano estamos argumentar: quando defendemos um ponto de vista, quando apresentamos a nossa opinião, quando propomos uma solução para um problema ou quando queremos convencer os outros a aceder a um pedido nosso…Por vezes, enfrentamos a oposição dos outros e, então, temos de argumentar aindamelhor para os convencer.
E argumentar bem é um ato de inteligência que, para ser eficaz, tem as suas regras. Os recursos são variados, incluem desde a utilização da ferramenta internet, com consulta ao blog supracitado, até uma aula de intrerpretação sob os auspícios da professora de história que também é atriz, e com registro (DRT), isso para facilitar o cumprimento do roteiro aqui apresentado como peça norteadora e planejada de este processo em projeto que segue um cronograma.
E é claro que tudo isso pode contar com materais específicos que serão importantíssimos para que o clímax deste projeto ocorra da melhor forma possível, ou seja, beirando a exceléncia; o material de apoio para que todo este roteiro elencado acima seja um sucesso: será apontado no passo “RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS”.
8. TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO
O projeto de forma geral possui três etapas para sua implementação: INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO; distribuídos numa TRÍPLICE SEQUÊNCIA cada um. Os passos formulados deverão ocorrer segundo um cronograma a ser cumprido em seis semanas ( composto por seis aulas) como tempo para a realização do projeto. As etapas a seguir serão cumpridas cronologicamente nessa ordem:
A) INTRODUÇÃO: Busca das fontes no blog - 2) Leitura dos conteúdos textuais - 3) Leitura de fontes indicadas pelos referendados autores (opcional como apoio acadêmico).
B) DESENVOLVIMENTO: 4) Leitura das biografias dos autores - 5) Aula teórica sobre conteúdos históricos com o uso da dinâmica “tempestades de ideias” 6) Aula de teatro (com uso da interpretação e improviso).
C) CONCLUSÃO: 7) Planejamento e aula expositiva sobre valoração do que é ARGUMENTAÇÃO, com os grupos na confecção de resenha e escolha do aluno defensor da tese/argumentação/autor - 8) Defesa da resenha por grupo com encenação/debate com valor avaliativo – 9) Ação coletiva com utilização do projeto para a Comunidade.
O.B.S – Todas estas etapas contam com mediação do professor; que avaliará os alunos nas três etapas gerais.
O projeto será realizado em seis aulas, com dois tempos de 50 minutos cada – No quarto período do último bimestre do ano letivo - e o resultado processual avaliativo será a nota final do mesmo.
9. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS.
Neste projeto de Ensino de História, os recursos utilizados dentro e fora de sala de aula vão desde a utilização da leitura, perpassando pela investigação científica, e chegando até o lúdico, do ponto de vista material e imaterial; uso de literatura histórica, como as referendadas, e outras fontes como vídeos, aulas teatrais, expositivas, e práticas.
A voz, a sonoridade das falas (uso de microfone), a transfiguração do aluno/ator, assim como a expressão corporal para a HORA DO DEBATE, com direito a plateia e a banca examinadora. Cada grupo escolherá um autor teórico referendado, e perceberá se ele responde dentro do conteúdo pesquisado as três questões objetivas específicas que norteiam este PROJETO DE ENSINO EM HISTÓRIA.
E a problematização estará sendo desenrolada dentro de um tema abrangente, como a Escravidão no mundo; e o melhor disso tudo é que o aluno estará podendo refutar, corroborar, e debater com o recurso da encenação: Defendendo uma tese, com argumentação e contra-argumentação.
10. AVALIAÇÃO
Ao aterissar neste momento de aferição que o processo de ensino-aprendizagem necessita para tornar-se realmente um ciclo de apreensão de conhecimento: A avaliação; o educando poderá desfrutar das delícias da “colheita”de um bom plantio, resta saber se será uma boa ou uma má colheita. Desde a etapa de planejamento a avaliação ocorre, e sendo diagnóstica e processual ela se estende até o término do projeto, que culmina na ação integralizadora com participação da coletividade, ou seja, a comunidade no entorno da Escola, será um dos agentes co-participativos desse ciclo educativo estabelecido previamente O cronograma abaixo ajuda a entender o quanto a avaliação que já não classifica, nem exclui, ocorrerá durante a realização de este PROJETO DE ENSINO EM HISTÓRIA
CRONOGRAMA DO TEMPO DE REALIZAÇÃO DO PROJETO DO ENSINO EM HISTÓRIA:
INTRODUÇÃO
PRIMEIRA AULA: BATE PAPO COM OS ALUNOS E APRESENTAÇÃO DO PROJETO
Busca das fontes no blog - 2) Leitura dos conteúdos textuais referendados nos links
COM OCORRÊNCIA DE AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E FORMATIVA COM PESO 1
SEGUNDA AULA: Leitura de fontes indicadas pelos referendados autores (opcional como apoio acadêmico).
ETAPA DE DESENVOLVIMENTO INICIADA COM AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E PROCESSUAL COM PESO 1.
TERCEIRA AULA: DESENVOLVIMENT0: 4) Leitura das biografias dos autores - 5) Aula teórica sobre conteúdos históricos com o uso da dinâmica “tempestades de ideias” QUARTA AULA: DESENVOLVIMENTO
6) Aula de teatro
Com uso da interpretação
E improviso).
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QUINTA AULA:
CONCLUSÃO
7) Planejamento e aula com os grupos para a confecção de resenha e escolha do aluno defensor da tetese/argumentação/autor - 8) Defesa da resenha por grupo com encenação/debate com valor avaliativo SEXTA AULA:
CONCLUSÃO
9) AÇÃO COLETIVA COM UTILIZAÇÃO DO PROJETO COM A COMUNIDADE.
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PESO 2 PESO 2 PESO 2 PESO 2 = ATRIBUIDO POR MEMBROS DA COMUNIDADE EM DIÁLOGO COM O PROFESSOR.
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RIBEIRO, Darcy. O povo Brasileiro. São Paulo: Companhia de Letras, 2006.
MACEDO, Andreia Pereira de. Turismo e Sociedade. 2. ed. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2012.
RIBEIRO, Darcy. Testemunho. 4. Ed. Rio de Janeiro: Apicuri, Brasília, DF: UnB, 2009.208 p.
HOBSBAWM, Eric J. A Era dos Extremos: O Breve Século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
CARVALHO, Olavo de. Aristóteles em Nova Perspectiva: Introdução à teoria dos Quatro Discursos. Nova ed.rev. São Paulo: É Realizações, 2006. – (Coleção Olavo de Carvalho).
STANISLAVSKI, Constantin. Manual do ator – 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
MOIMAZ, Érica Ramos. Metodologias do Ensino de História. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 2006
http://www.olavodecarvalho.org/semana/090914dc.html
http://www.usp.br/cje/anexos/pierre/ribeiro_darcy_povo_brasileiro_formacao_e_o_sentido_do_brasil.pdf
https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=a+era+das+revolu%C3%A7%C3%B5es+pdf
http://www.olavodecarvalho.org/semana/090914dc.html