O educador deve castigar?
A Pátria educadora tão cantada na mídia, não tem favorecido o processo natural que estabelece medidas, limites, parâmetros, e distorce uma construção que humanidade levou milhares e milhares de anos para indicar o equilíbrio entre liberdade x segurança. Livros pedagógicos pregam que não se deve castigar o educando, sob nenhuma hipótese, deixando que ele, enquanto aprende, faça o que bem entender para satisfazer desejos e veleidades. Na teoria seduz os incautos, mas a experiência na vida real prova que é puro idealismo, e portanto, deletéria. A lógica é que o Ser Humano não tem o direito de adulterar impunemente as Leis Naturais. Todos nós, enquanto criança, adolescente, e mesmo adulto, sofremos de insegurança que é do tamanho da nossa suposta liberdade induzida por impulsos. Quando esses impulsos não são controlados, mais tarde surgem os complexos e traumas por falta de segurança. Portanto, o equilíbrio autônomo do adulto só haverá se sua infância e adolescência foi orientada pelo equilíbrio heterônomo que seu educador deve ter. Essa orientação há que passar pela possibilidade da aplicação do "castigo", não de punição. Punir para fazer sofrer é imoral; mas castigar para corrigir é recomendável. A sabedoria do educador estar na forma em que ele consegue transmitir ao educando que lhe proíbe isto ou aquilo por amor, pelo bem dele. Sendo assim, nenhuma proibição, nenhum castigo gera complexo ou trauma, que são frutos da revolta do educando contra o educador insensato. Conclusão: o problema não é do educando, mas sim do processo da educação ao qual ele foi submetido. Nenhum castigo deve degenerar em violência ou brutalidade, sua aplicação deve ser razoável e com amor, pensando no que for melhor para o educando. Se isto é utopia, nós adultos, somos os responsáveis pela má formação dos jovens.