Gestão da Qualidade e Qualidade da Gestão (Parte 3)
Um público seleto e otimista reuniu-se, no mês de julho, em um hotel na cidade de Natal/RN (08/07/13), para discutir, falar e ouvir assuntos pertinentes à educação básica e profissional, elementos básicos ao desenvolvimento, no caso o desenvolvimento do RN. O evento aconteceu no Praiamar Natal Hotel & Convention, onde autoridades e especialistas debateram pontos fortes e pontos fracos na busca de soluções ao desenvolvimento do RN. Estiveram presentes, professores, coordenadores, diretores e interessados no tema educação. O evento contou com a participação de reitores do IFRN e UFRN, dos presidentes da FIERN e FECOMERCIO. Representantes do MCT, da SEEC, do MEC/STEC e do SESI.
A temática principal foi “Gestão e qualidade da educação básica”. Afastando-se do evento e buscando um olhar da Gestão da Qualidade, um olhar entendido como científico, vamos encontrar as semelhanças da prática ali exposta por aqueles que exercem a prática de educação. Naquele momento foi uma prática exposta de maneira simples e objetiva, sem cientificismos como a teoria descrita nos livros e técnicas de controles de qualidade (Quality Control). A medida do possível, no evento tentou-se dispensar modelos e termos americanizados.
Mas fazendo um olhar de Gestão da Qualidade (Quality Management), podemos analisar o evento. Tentou-se definir as forças (Strenghts) e as fraquezas (Weaknesses), buscando e destacando as saídas e as opções, as oportunidades (Opportunities) e as ameaças (Threats), para o desenvolvimento do RN. Ainda assim o evento aconteceu com uma linguagem simples e adequada ao público, evitando modismos e americanismos da gestão e da administração. Onde se conclui que saber estrangeirices não é o suficiente, nem necessário a uma boa gestão. A chamada e denominada e academia ensina, mas não pratica a análise do chão, a escuta da opinião dos cooperados, a escuta daqueles que são a base da sua existência, e os alunos.
Aliás, hoje as faculdades oferecem aos alunos um questionário de avaliação, onde o aluno dá suas opiniões quanto as estruturas físicas, modelos educacionais e etc. Pura formalidade, não se tem acesso aos resultados, não se sabe se as análises negativas irão gerar ações de melhoria. Alunos são moldados ao mercado de trabalho, ensinamlhes o olhar empresarial. E o resultado está nas ruas, os alunos estão em busca de uma libertação do modelo formatado.
No evento estiveram presentes representantes da esfera federal, estadual e municipal exibindo novos planos da educação superior e a educação profissionalizante de segundo grau. Foi a oportunidade de dirigentes, coordenadores e professores ouvirem aqueles que representam os ambientes das salas de aulas.
O ponto culminante do evento foi a aula/palestra de Gabriel Chalita, personagem com um currículo de professor, escritor, advogado, jurista e Deputado, coberta pelo tema central do evento: “Gestão e qualidade da educação básica”.
Em uma época que ganhos eram produzidos pela manutenção de dinheiro em bancos e aplicações financeiras a economia já foi criticada pelo uso da linguagem do economês que só os peritos na matéria compreendem. Hoje estão no pódio a administração e a gestão da qualidade que se utilizam de nomenclaturas importadas causando um não entendimento a quem não pertence e não tem conhecimento da área e da causa.
O Brasil é um país originalmente, historicamente descoberto e colonizado pela realeza europeia. Um país de dimensões continentais, mas ainda não perdeu sua posição de colônia perante o mundo, o modelo e a condição de dependência ainda estão no sangue do brasileiro.
Encaminhado ao Jornal Metropolitano
Natal - Parnamirim/RN 23/07/2013 Roberto Cardoso (Maracajá)