Limites...
A falta de limites na educação tornou-se um problema em razão da dificuldade em que muitos pais encontram em dizer “não” ou, talvez por desconhecer o valor da palavra “não” ou, ainda porque simplesmente abdicam de suas responsabilidades.
Quando se trata de educar, os pais devem readquirir a percepção de que é sua responsabilidade formar cidadãos, evitando assim, talvez, aborrecimentos futuros frente à conduta de seus filhos.
Ainda, cabe lembrar que a educação vai além das redomas familiares, fatores externos exercem cada vez mais influência, mas, se os pais impuserem limites e oferecerem a atenção necessária e a plena vivência do exercício de educar diminuem as possibilidades de que seus filhos sejam os transgressores de amanhã e tornem-se “alunos” da criminalidade.
Além disso, a ausência da palavra “não” na relação pais e filhos origina a indisciplina que se reflete no ambiente escolar uma vez que estes filhos do “sim” precisam habituar-se a limites da liberdade e absorver regras de convívio social. Gerando, assim, a violência expressa nas salas de aula, através do desrespeito e agressão aos colegas e professores, sejam elas físicas ou verbais.
Portanto, sem limites, sem bons exemplos a seguir no seu círculo familiar, sem disciplina na escola e sem receberem os “nãos” que a vida, uma hora ou outra, dirá, aí sim é muito difícil formar uma geração responsável e com valores. Como diz Izquierdo, “A família é a melhor escola da vida, porque transmite, na intimidade do lar, por contagio, por osmose, ensinamentos, virtudes e valores. Quando falta no lar amor, espírito de compreensão e de convivência, essa carência manifesta-se também na sociedade: certamente faltará solidariedade e desejo de servir aos demais [...]”.