Fraude na Merenda Escolar
Sempre ouvir dizer que “tirar o pão da boca de um faminto” é um grande pecado. Se ao menos esse pecado fosse cometido por outro faminto, poder-se-ia dizer que é a “lei da sobrevivência”. Mas, pelo que consta, quem o tira tem sua mesa farta. Portanto, pecado em dobro.
Estudos mostram que o índice de evasão escolar é maior onde falta a merenda. E ainda há a comprovação de que muitos alunos, com carência alimentar, só vão a escola atraídos pela merenda escolar. Essa constatação não é apenas nas regiões secas do sertão, mas, também, até na capital, nos bairros periféricos.
A educação, que sempre é tema de campanha eleitoral, é vilipendiada por quem por ela deveria zelar: os governantes municipais. Não há uma fraude em que lá não esteja a mão do prefeito e a do secretário municipal de educação. São eles os responsáveis pelo controle dessa verba. Se há descontrole, só a duas causas podemos atribuir: incompetência ou corrupção.
Se, na maioria das vezes, a deflagração de irregularidade é feita pela Polícia Federal e não pelo Tribunal de Contas, facilmente podemos deduzir: CORRUPÇÃO. Lamentavelmente, esta é a palavra mais em voga nas manchetes de jornais em todo o Brasil.
Que bom se pudéssemos multiplicar muitos “Sérgio Moro” por esse país afora.