PESQUISA EM EDUCAÇÃO - FORMAÇÃO DE PROFESSORES

PESQUISA EM EDUCAÇÃO - FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Belaniza Acioly Vargens

Belaacioly@hotmail.com

Cleonice Alves de Souza Tigre

cleonicetigre@hotmail.com

Gilmar Pereira Lima

gilprofessor@yahoo.com.br

Jaivan Sousa Acioly

aciolyviola@yahoo.com.br

Marcia Alves Vieira rocha

marcinha_alves7@yahoo.com.br

RESUMO

Este trabalho visa apresentar uma nova tendência educacional que contemple os anseios e às esperanças do ser humano desse início de século. Entre as diversas tendências de pensamento foi analisada a visão holística, pois ela nos ruma e direciona para encontrar novos pressupostos e propostas educacionais. Nesse mote por ser emergente, o pensamento holístico roga por estudos e reflexões de pesquisadores a fim de redirecionar melhor sua aplicação. A abordagem holística em educação não é propriedade de uma única corrente educacional. Diversas correntes pedagógicas já propuseram cada uma ao seu modo, uma educação integral da pessoa. Dessa forma, este trabalho visa caracterizar a educação holística, sem deixar de valer-se de aspectos já enunciados em várias tendências educacionais.

PALAVRAS-CHAVE: Holismo. Educação pela pesquisa. Formação de professores.

INTRODUÇÃO

As mudanças ocorridas nos últimos anos no sócio político econômico e cultural influenciou a organização da sociedade, e isso refletiu nos pesquisadores e nas práticas educacionais. A escola, como instituição social, tem como função a democratização dos conhecimentos produzidos historicamente pela humanidade, é um espaço de mediação entre pesquisador e sociedade, para isso o conhecimento é a fonte para efetivação de um processo de emancipação humana e de transformação social. E assim, é o papel do pesquisador educacional, estar atrelado no mundo pedagógico.

Apesar das diversas transformações ocorridas no campo da educação visando um pesquisador ativo e reflexivo, tais perspectivas ainda estão um tanto distantes. Pois sabemos que a pesquisa é, portanto, o caminho através do qual o professor pesquisador irá percorrer a investigação, a argumentação, a dúvida, o questionamento e, consequentemente, o lugar onde ele encontrará importantes respostas. Pesquisar significa, portanto, a aliança entre o professor e a sua prática pedagógica. Compete ao professor o comprometimento com seu papel, despindo-se da postura crítica, reflexiva e regado de conhecimento, articulando e resgatando a favor da aprendizagem e trabalhando com os alunos como uma equipe, companheiros de trabalho em busca do conhecimento e não restringindo seu trabalho ao mero repasse de informações.

Podemos dizer que o professor e reflexivo é aquele professor indagador, que assume a sua própria realidade escolar como um objeto de pesquisa, como objeto de reflexão, com objeto de análise.

Desenvolver projetos com os alunos torna-se uma prática indispensável na educação, frente aos avanços da tecnologia, ao dinamismo oferecido pela internet, a rapidez e instantaneidade das informações, o professor necessita aperfeiçoar seu trabalho em sala de aula.

O planejamento deve ser uma prática constante nas atividades do professor, pois através do planejamento é possível estabelecer de maneira mais precisa e consciente os objetivos a ser atingidos, lembrando que não há pesquisa nem projeto se não haver planejamento. Planejar deve ser, portanto, a linha mestra das ações metodológicas desenvolvidas pelo professor na sua prática pedagógica. Este tipo trabalho instiga a curiosidade e o interesse do aluno, a partir do momento, que o aluno encontra sentido no processo educativo, ele passa a interagir e participar efetivamente das aulas.

“PROFESSOR PESQUISADOR REFLEXIVO”

O homem do futuro precisa ser rápido na identificação de novos relacionamentos, crítico nos seus julgamentos, isto é, cada indivíduo precisa ter habilidades e competência para aumentar sua capacidade de adaptação às mudanças contínuas. Além de compreender o passado e o presente, o homem necessita antever o futuro e antecipar mudanças, através de pressuposições, precisa saber definir, debater, sistematizar e atuar (TOFFLER, 1970).

E educação escolar não pode esquecer essa competência uma vez que cada vez mais a educação se dá não apenas na escola, mas também na família, na comunidade, com profissionais e ao longo de toda a vida, não de maneira isolada e solitária, mas através das relações com outros estudiosos, com outros cidadãos, com outras pessoas.

Se a postura se modifica, se não ignorarmos a forma de aprendizagem perceptivo-motora e a integrarmos à simbólica-reconstrutiva, poderemos incluir novo saber e novo "sentir”. Assim, a construção dos conhecimentos sobre Arte, sobre os Meios de Comunicação, sobre Informática, promoverá a internalização de conceitos, hábitos e atitudes e permitirá a criação e a expressão artística, mediadas pelos meios de comunicação e/ou pela Informática.

Há uma necessidade de a educação escolar retomar objetivos como a descentralização da posse dos saberes e sua difusão e a interpenetração da escola com a comunidade característica da pedagogia de C. Freinet (1896-1966). Atitudes positivas em relação às formas de aprendizagem precisam a ser consideradas e integrar o perceptivo-motor ao simbólico reconstrutivo, que não só permite a absorção de conteúdos disciplinares num sistema fechado, como também estimula a

"formação para o método e para o conhecimento, desenvolvendo habilidades e capacidades, fornecendo elementos-chave e instrumentos, e não soluções e digestões de corpus predefinidos e preparados de materiais," (ANTINUCCI, 1998, 13:8).

Precisa desenvolver atitudes que permitam maior conexão com a realidade do aluno e novas técnicas para se lidar com o desconhecido, com o inesperado e com o possível Essas atitudes possibilitam aprender a fazer, aprender a aprender, encarar problemas de vários pontos de vista, desenvolver relacionamentos interpessoais (aprender a viver com os outros) e a liberdade de escolha (currículo diversificado). É fundamental que se prepare o indivíduo para fazer escolhas apropriadas, para projetar o futuro com tempo suficiente de análise antes da tomada de decisão.

A pesquisa deve ser uma prática constante do professor, pois através da pesquisa que é possível estabelecer de maneira mais precisa e consciente os objetivos a ser atingidos, lembrando que não há pesquisa nem projeto se não haver aprendizagem. Aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, valores, atitudes, etc.. a partir de seu contato com a realidade, com o meio ambiente e com as outras pessoas”.Planejar deve ser, portanto, a linha mestra das ações metodológicas desenvolvidas pelo professor na sua prática pedagógica.

“PROFESSOR PESQUISADOR – APRENDER A APRENDER

O educador é aquele devido suas pesquisas e seu preparo tem a capacidade de fomentar no educando a necessidade de buscar conhecimentos de forma sistematizada, entendendo que através dele é possível conhecer o que era obscuro, além de poder fazer valer sua cidadania, contribuindo para a formação de sua história.

Diante do exposto é viável afirmar que ao formar um educador é necessário buscar a forma mais favorável, excluindo o autoritarismo, a fim de fazê-lo um pesquisador crítico o qual poderá agir de forma precisa no processo educativo, sem esquecer que suas experiências acontecem ao longo de sua carreira, Segundo (Candau, 1999, p.29) “De fato, aprendemos bem, com estria, aquilo que praticamos e teorizamos”.

Assim pode-se afirmar que um bom profissional da educação não pode deixar de pesquisar, idealizar durante a sua vida profissional, pois ela permite ao mesmo desenvolver um bom trabalho, o desejo de ensinar com qualidade, entendendo que o trabalho educacional se torna mais fácil e eficaz quando se “aprende a aprender” e se “aprende fazendo, pesquisando”. É viável afirmar que através dela é possível observar o comportamento dos alunos, detectando suas necessidades e em seguida elaborar projetos que valorize suas experiências e se produza novos conhecimentos.

O educador ao realizar o seu planejamento busca meios na didática a fim de analisar o método a ser aplicado e o recurso a ser utilizado em sala de aula, com o intuito de oferecer a melhor aprendizagem a seus alunos. Percebe-se que os professores vem utilizando constantemente desde o séc. XX, quando a escola elementar torna-se universal atendendo todas as classes sociais, voltando-se ainda para todas as faixas etárias.

As condições de trabalho do pesquisador da educação básica

As modificações que têm ocorrido no campo do trabalho trazem no bojo novos desafios para a educação. Às novas exigências de competitividade que marcam o mercado globalizado a exigir cada vez mais qualidade no ensino e no crescimento do conhecimento por um processo de trabalho resultante de um novo paradigma tecnológico apoiado essencialmente na pesquisa e na microeletrônica, cuja característica principal é a flexibilidade. Embora não seja novo, uma vez que se constitui na intensificação do processo histórico estabelecendo-se novas relações entre trabalho e pesquisa a partir das quais se constitui historicamente um novo princípio educativo, ou seja, um novo projeto pesquisador através do qual a sociedade pretende formar os intelectuais/trabalhadores, os cidadãos para atender às novas demandas postas pela globalização de uma sociedade libertadora, justa e democrática.

O trabalho docente, resumidamente, consiste em uma mobilização, pelo professor, de seu ser integral, em diferentes situações de pesquisar e planejar suas aulas, avaliações, com o objetivo de criar um meio que possibilite aos alunos a aprenderem a pesquisarem desenvolvendo suas capacidades relacionadas aos conteúdos, orientando-se por um projeto de ensino que lhe é prescrito e orientado com a utilização de instrumentos obtidos do meio social e na interação com diferentes outros que, de forma direta ou indireta, estão envolvidos na situação.

Muito se fala em educação de qualidade. A sociedade a exige e aos professores cabe a responsabilidade de efetuá-la. Mas, o que envolve uma educação de qualidade? Segundo Moran (2000) três são as variáveis, duas das quais estão diretamente relacionadas com o educador:

“Uma organização inovadora, aberta, dinâmica, com um projeto pedagógico coerente, aberto, participativo; com infraestrutura adequada, atualizada confortável; com tecnologias acessíveis, rápidas e renovadas. Uma organização que congregue docentes bem preparados intelectual, emocional, comunicacional e eticamente; bem remunerados, motivados e com boas condições profissionais, e onde haja circunstâncias favoráveis a uma relação efetiva com os alunos que facilite conhecê-los, acompanhá-los, orientá-los.” [2] (MORAN, 2000, p. 14).

E como podem os educadores concretizar tal educação se a infraestrutura é inadequada. As salas de aula estão lotadas, expressão de um ensino de massa, com alunos espremidos em carteiras que não estão de acordo com seu tamanho, peso e idade, fazendo com que estes não se sintam confortáveis, interferindo diretamente no seu comportamento, na sua atenção ou falta dela. Exigindo do docente uma habilidade a mais para saber contornar a situação de forma que não prejudique a aprendizagem do educando.

REFERÊNCIAS:

FRANCO, Maria A. S. Pesquisa-Ação sobre a Prática Docente. In: Educação e Pesquisa vol.31 nº.3 São Paulo. 2007.

LDB. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/1996.

MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos e BEHRENS, Marilda. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. São Paulo, Papirus Editora, 2000.

PSIC - Revista de Psicologia da Vetor Editora, v. 7, nº 1, p. 32- 34, Jan./Jun. 2006.

GILMAR PEREIRA LIMA, Belaniza Acioly Varges, Cleonice Alves de Sousa Tigre, Jaivan Sousa Acioly e Márcia Alves Vieira Rocha
Enviado por GILMAR PEREIRA LIMA em 31/07/2015
Código do texto: T5330616
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