ENSINO HÍBRIDO

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

“Nossa missão é ajudar o professor a melhorar sua prática em sala de aula com uso do ensino híbrido e de novas tecnologias e depois levar as melhores experiências para outros educadores. Isso pode ser transformador para a educação brasileira."

Alice Damasceno

Diretora do Instituto Península

A pesquisa em termos didáticos, pedagógicos e psicopedagógicos vem gradativamente ganhando o terreno e ou chão da sala de aula, vejam por exemplo, o caso da recente publicação: “Ensino Híbrido: personalização e tecnologia da educação”, tem 272 páginas, da lavra dos escritores Lilian Bacich, Adolfo Tanzi Neto e Francisco de Mello Trevisani. É um lançamento da Editora Grupo A, é uma boa leitura para todas as pessoas envolvidas com o ato de querer trabalhar com a aprendizagem humana. Assim sendo, trata-se do objeto de estudo da Psicopedagogia e da Pedagogia, ambas ciências complementares para desenvolver e compreender o ato de aprender humano. É realmente, um livro planejado para o público do magistério. É uma obra de educador para educador e ou de professor para professor, porque todo educador é professor e nem todo professor é educador. É uma obra estratégica e reflexiva em termos de pesquisa educacional na área do saber denominado de Grupo de Experimentações em Ensino Híbrido, trabalho experimental do Instituto Península e parceria com a Fundação Lemann. A referida obra oferece aos educadores a possível possibilidade de integrar as tecnologias digitais ao currículo escolar, como possibilidade de alcançar vários benefícios no cotidiano do chão da sala de aula, chegando assim ao engajamento discente ao aprendizado, inclusive com maior aproveitamento do tempo disponibilizado pelo docente para desenvolver momentos personificados em termos de ensino, via intervenções efetivas em termos didáticos. Os capítulos da obra mencionada neste artigo, são voltados para “educação híbrida: um conceito-chave para a educação, hoje”, procura conceituar e envolver o docente e o discente no chamado “ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação”, também não deixa de fazer a “otimização do espaço escolar por meio do modelo de ensino híbrido”, assim sendo, surge “o professor no ensino híbrido”, de modo que surgem “os espaços de aprendizagem”, e até porque “a avaliação e a tecnologia: a questão da verificação de aprendizagem no modelo de ensino híbrido”, uma prova inconteste de que “as tecnologias digitais no ensino híbrido” é uma realidade nova, porém futura no chão integral de nossas escolas de educação básica, eja, profissionalizante e superior, isso acontece “quando a inovação na sala de aula passa a ser um projeto de escola”, não apenas um projeto de professor, mas uma projeto institucional, uma vez que “a cultura escolar na era digital: o impacto da aceleração tecnológica na relação professor-aluno, no currículo e na organização escolar”, não deve ser relegada como sendo mero modismo e oportunismo acadêmico, tudo precisa de “planejamento a mudança”, negar isso aos sistemas educacionais, aos professores e alunos é mero estelionato educacional no Brasil e em que qualquer parte do mundo. As novas tecnologias é uma realidade planetária e ou cósmica.

Mas, o que o que é ensino híbrido e/ou blended learning? É o método alterna momentos em que o aluno estuda sozinho, onde ele estiver e pretender estudar, de modo geral isso representa o que chamamos de ambiente virtual, bem como grupo, quando interage com seus colegas e o professor em sala de bate papo, blogs, sites, redes sociais, etc. Segundo Adolfo Tanzi Neto, um dos autores do livro, isso equivale dizer que "o cerne é a personalização do ensino. Buscamos diferentes ferramentas, não somente as tecnológicas, para suprir as necessidades do aluno contemporâneo".

E então como fazer o ensino híbrido? Através de diversas maneiras, inclusive através do recurso conhecido como rotação, e/ou seja o docente divide o ambiente da sala de aula em várias estações e ou áreas com atividades diferentes, porém, complementares entre si. Assim sendo, dentre as estações e ou áreas, ao menos uma vai usar a plataforma digital e/ou ambiente digital. O que vale dizer que cada discente deve passar e ou viajar durante sua aprendizagem por todas as áreas e ou estações, enquanto ambiente de aprendizagem de cada conteúdo e envolvendo aquilo que lhe interessa mais.

Assim sendo, quais as dificuldades de trabalhar com o ensino híbrido? Informamos de que existem dois grandes desafios em que os professores deverão enfrentar para depois confrontar, a saber: falta de ferramentas tecnológicas (computadores, tablets, celulares, etc) usadas em ambientes educacionais adaptadas e ou traduzidas em língua portuguesa, tendo em vista que em sua maioria tais tecnologias estão disponíveis em língua inglesa, por ser o maior idioma comercialmente falado no mundo. E a outra grande dificuldade está relacionado ao fato das escolas de ensino infantil, fundamental, médio, eja, profissionalizante e até superior não está interligado ou conectado à rede mundial de computadores, a nossa conhecida internet. O último Censo Escolar realizado pelo MEC do Brasil, apenas 50% (cinqüenta por cento) de nossas escolas tem acesso à internet. O que ressaltamos de que tal dificuldade é sanável no chão da sala de aula, tendo em vista que o ensino híbrido vai além da tecnologia da internet, pois, o ambiente escolar tem que começar a mudar tais espaços, onde o papel do docente é justamente motivar a autonomia do discente para avançar a aprendizagem com personalidade própria, com e ou sem o uso das novas tecnologias digitais. É preciso também mudar os currículos referenciais em termos de organização de tempo e espaço escolar e bem assim nos próprios equipamentos de uso coletivo e individual no chão da sala de aula.

E finalmente na prática como o uso do ensino híbrido é possível em termos práticos? através do uso de aplicativos, via a rede mundial de computadores, tais instrumentos já são usados em escala comercial por crianças, jovens e adultos do mundo inteiro, inclusive no Brasil. E isso represente uma maneira do professor motivar e ou incentivar o discente a estudar dentro e fora da sala de aula. Tudo deve ser organizado em termos de ensino híbrido via o uso de palavras-chave e recurso do tipo imagens e vídeos, segundo cada estação e ou área estuda em termos de conteúdos curriculares. Enfocamos de que o fundamento maior do projeto do ensino híbrido é o conceito de sala de aula invertida e ou ao contrário do que conhecemos. Essa é a base primitiva do ensino híbrido, haja vista que o discente é incentivado e ou estimulado pelo docente a tomar conhecimento prévio de determinado assunto e ou conteúdo antes de qualquer explicação docente. Assim é bom que cada educador e ou professor procure se inteirar sobre o tema: ensino híbrido e dele tomar posse para engrandecer o chão de sua sala de aula, pois, trata-se de uma combinação de aprender on-line com o aprender offline, no sentido próprio da palavra “blended” de origem inglesa que significa “misturar”.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 16/06/2015
Código do texto: T5279203
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.