Cadê minha pátria educadora? Tenho que ir embora do país?

Fascinada por educação há muitos anos, não cansamos de menear a cabeça de um lado para o outro, com um quê de indignação, tristeza e pesar ante às não poucas notícias que temos tomado conhecimento nos últimos meses.

A crise na educação é fato e tem-se alastrado de forma desordenada. Os estudantes brasileiros têm desfrutado de uma surpresa sem precedentes: não há verbas para custear a educação brasileira!

O nosso Ministro da Educação recém-empossado, homem compromissado com a educação, tem uma enorme responsabilidade em, de início, apenas retransmitir as ordens que lhes são trazidas.

Sim, nada de culpar ainda a atual gestão do novo Ministro. Ora, ele está sentando na cadeirinha quente ocupada outrora por outros ministros que já não mais estão no comando do MEC. Ou seja: o novo líder recém-empossado na cadeira de Ministro da Educação está respirando os primeiros ares das não poucas inovações, se familiarizando com as novidades e tem mais é que ir com muita calma, pois deve, prudentemente, esperar ‘assentar a poeira’ para mostrar para que veio.

Sinceramente: eu não queria estar na pele dele.

Mas, voltando para a crise na Educação do país, o pior vem à tona quando recebemos notícias de que o Fies está sem recursos para custear as novas graduações. A mídia noticia de forma exaustiva que nem os veteranos estão conseguindo concretizarem seus Aditamentos e o caos está generalizado, de verdade.

Contemplamos casos de estudantes de medicina que estão nos últimos períodos de sua graduação e ainda não conseguiram concretizar o Termo de Aditamento do Fies . Estão muito abalados.

A última que tomamos ciência no dia de hoje, foi de que até o Pronatec está com a corda no pescoço, pois também faltam verbas para mais investimentos na qualificação dos nossos cidadãos.

É sabido que a crise instalada no Brasil veio com todo o ímpeto, atingindo, sem misericórdia, milhões de trabalhadores (trabalha as dores?) brasileiros, onde, estes, perderam de forma abrupta e repentina seus cargos, estão à mercê dos salários-desempregos e a depressão tem conseguido moradia no ser de muitos deles.

É o caos.

O Brasil está doente, povo meu!

O povo, por consequência, também está doente e amargam suas mazelas existenciais em antidepressivos, sedativos e terapias, no afã de encontrarem a cura para seus males.

Males estes que, diga-se de passagem, não contribuíram, mas são vítimas e experimentam o fel da crise, da falta de pão, do desemprego generalizado.

Oh, desgraça!

No entanto, meio que revoltados, queremos uma justa e rápida solução para os nossos problemas e pensamos até em arrumar as malas e partir para uma nova pátria, quiçá, até uma nova pátria educadora de verdade...

Nossa pátria educadora não mais existe... Não tem sentido existir numa pátria mal ou quase nada educada, e a fuga seria, sem sombra de dúvidas, uma boa opção.

Não, nossa veia de brasileiro bate mais forte e bradamos: Eu amo esse país e se for para ir embora que seja para a sepultura e que eu seja a última personagem a apagar as luzes do Brasil, descansar eternamente envolta à bandeira brasileira após ter entoado nosso belo hino nacional.

Afinal: eu sou brasileira, e não desisto do Brasil, nunca!

Resta sonhar com dias melhores, crer e confiar!

Avança, meu Brasil!