BULLYING: INFLUÊNCIAS, DEFINIÇÃO E ATITUDES A SEREM TOMADAS

Os fatores que influenciam os jovens a praticarem o bullying são de diferentes natureza, assim como também o é as formas de participação no ato ofensivo. A primeiro momento e de maneira mais clara, tem-se o autor-agressor que realiza os atos de maneira normalmente direta, partindo de uma elevação do próprio ego ou autoafirmação frente aos demais colegas, sendo principalmente este que busca as vítimas que sempre são meninos e/ou meninas que possuem qualquer característica que fuja de uma regra e/ou padrão estabelecido ou almejado por determinado grupo, estes atos podem ser interpretados como uma espécie de sadismo, uma vez que o autor-agressor sente prazer no sofrimento da vítima. O segundo mais não menos intenso autor do bullying é o participante e/ou participantes, pois estes podem ser aqueles que fazem parte do grupo do autor-agressor e/ou também podem de alguma forma se aproveitar do momento para provocar constrangimento e/ou agressões na vítima. Existe também os participantes testemunhas que se calam muitas vezes por terem medo de que aconteça com eles os mesmos de agressão que ocorre com as vítimas.

Trazendo então para um contexto mais escolar, o bullying é segundo SANTOS (2007, P.18):

“O bullying trata-se portanto de um fenômeno comportamental, que atinge o ego de suas vítimas, envolve e vitimiza as crianças, tornando-as reféns da ansiedade e insegurança e que interfere negativamente nos seus processos de aprendizagem, devido a excessiva mobilização de emoção, medo, de angústia e raiva reprimida”.

O bullying pode ser trabalhado a partir da relação de direito X deveres, relação essa muito frágil na sociedade brasileira, onde em bom número de vezes é observado que nem mesmo adultos sabem diferenciar tais limites. Esta relação direito X deveres também se liga a máxima de “que o que faço contigo, podes fazer comigo”. Neste aspecto o valor de trabalhar com jovens a questão do respeito.

Percebe-se assim a problemática da questão, tornando-se mais que necessária uma intervenção diferenciada, não apenas por um ou outro setor isoladamente, neste caso: Escola ou Família, mas sim dos dois, tendo em vista que os traços apresentados por estudantes no âmbito escola podem ser repetidos em casa, com os familiares, como: irmãos mais novos, primos, entre outros, e que também é nocivo a todos os envolvidos. Tão logo, é imprescindível ações de diálogos entre um tripé básico: Escola, Aluno e Família, trazendo todos para discussão, e assim conseguir estabelecer contratos sociais, onde impere a lógica do respeito mútuo. Caso essas ações falhem, o segundo passo seria tomar decisões mais drásticas, inclusive medidas legais cabíveis.

Tendo em vista a natureza e as formas de como acontece, e pior: quais os resultados do bullying na vida dos envolvidos há uma urgência na reflexão sobre o tema, tendo em vista que o Brasil se comparado a outros países do mundo está obsoleto no combate a esse problema. Um exemplo disto é muito bem abordado e comprovado por Santos (2007) onde em um ambiente de uma escola estadual na 4ª série do Ensino Fundamental, das 05 professoras entrevistadas das turmas analisadas, 03 apresentaram total despreparo de lidar com o problema, e 02 alegaram não ter recebido treinamento para reagir frente ao bullying, tendo tomado conhecimento apenas após a graduação e a partir daí tentado agir dentro de suas condições. Cabe portanto, a o meio acadêmico a discussão e busca por saídas para esta questão.

Referências:

SANTOS, L. P. R. dos. O Papel do Professor Diante do Bullying na Sala de Aula. Bauru: Universidade Estadual Paulista – Júlio de mesquita Filho – Faculdade de Ciências, 2007. 56 págs.

Vídeo. Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=fpjZ_kDI_So Acessado em: 25/03/2015.

Vídeo. Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=pMCkokw80tE Acessado em: 25/03/2015.

Ildebrand Gutemberg
Enviado por Ildebrand Gutemberg em 04/04/2015
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