VÊEM E VÃO-SE OS ANOS E CONTINUAM AS MESMAS PRÁTICAS NO ENSINO PÚBLICO

Intolerância, talvez seja o termo mais adequado para definir uma das razões dos conflitos entre os seres humanos.Saber aceitar críticas do outro são para poucos. A critica no sentido real da sua raiz ela só vem acrescentar, seja a nível pessoal, profissional, seja a nível político quando os dirigentes estão a frente de uma administração.E o grande problema das pessoas é não saberem absorverem e aproveitarem essa crítica no sentido de melhorarem seus rendimentos, suas performances.

É claro que tem certo tipo de crítica que na verdade só serve para denegrir, desestabilizar, desestruturar. Mas qualquer qualquer pessoa ou dirigente sabe muito bem diferenciar essas duas formas de avaliação.

Agora mesmo o governador da Bahia demitiu o diretor e os vices diretores de uma escola estadual aqui em Salvador. Dirigentes esses que foram eleitos eleitos pela comunidade escolar.Alunos, professores, pais de alunos.Foram legitimamente democraticamente.

A comunidade escolar ficou revoltada com essa arbitrariedade. Logo se deduz que eram bons e competentes profissionais em suas funções. A imprensa na sua maioria silenciou, não noticiou. Alguém pode pode está pensando, é um fato menor, sem grandes repercussões. Nada disso justifica. Trata-se da educação que a sociedade como um todo deveria está dando prioridade. A mídia geralmente só gosta de noticiar fatos escabrosos como violência nas escolas públicas,nas escolas privadas não se ouve falar nada. Será que é esse mar de rosas assim?

Contudo, se formos analisar sobre o significado de violência, pode-se perceber que houve sim violência cometida pelo governador contra a vontade democrática daquela comunidade escolar.

Conquanto, mesmo com esse entusiasmo democrático, as eleições iniciadas em 2008 foi um ato por decreto ou seja, o governador da época deu uma canetada estabelecendo eleições nas escolas públicas, mas sem tirar a mão do cabresto. Os dirigentes escolares mesmo eleitos pela comunidade escolar são considerados cargos de confiança. Até o momento os governadores não abriram mão dessa prerrogativa.Isso mostra o quanto a educação continua sendo um jogo político para os dirigentes que estão no poder.

Fico aqui pensar pensar, o PT que tanto criticou os governantes no passado, falando de democracia, pregando o método Paulo Freire e tantos outros pensadores que expressaram suas teorias em prol da liberdade, e no entanto, esse mesmo PT não demonstra essa boa vontade quando o poder se encontra suas mãos

Tem uma frase dita por um político no século XIX aqui no Brasil, "Nada mais conservador do que um liberal no poder".

Outro dia presenciei o Sr.Governador discursar no evento de abertura do período letivo deste ano das escolas estaduais, na Escola Parque que foi idealizada por Anísio Teixeira aqui em Salvador. Um dos grandes baluartes da Escola Nova, onde o excelentíssimo governador dizia ter feito todo seu ensino tanto o fundamental quanto o médio nas escolas pública. Seria um motivo a mais para se sensibilizar e observar o quão o ensino público precisa da atenção dos governantes. Mas infelizmente os discursos são os mesmos, as mesmas práticas e assim vão se passando as gerações de que um dia vai melhorar o ensino público no Brasil.

inclemente
Enviado por inclemente em 25/03/2015
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