BREVES CONSIDERAÇÕES DIRECIONADAS À DOCÊNCIA SUPERIOR SOB A ÓTICA DO CONSTRUTIVISMO: Competências que gerenciam mudanças a partir de práticas lúdicas

RESUMO: É primordial a demonstração por parte de docentes e acadêmicos, quanto a trilhar os caminhos que conduzirão a um modelo de educação mais humanizado e voltado à descoberta de novos meios de aquisição do conhecimento, diferentes dos velhos e tradicionais modelos, outrora usados pela academia e por muitos professores, os quais não se aplicam mais aos modernos padrões científicos de pesquisa e de produção do saber. Dessa forma, analisam-se as novas competências na docência do Ensino Superior, sob o enfoque construtivista, visando identificar as contribuições provenientes da adoção dessa linha de pensamento, no processo de adaptação e inovação de novas práticas pedagógicas no âmbito da academia.

Palavras-chave: Construtivismo. Docência. Educação. Ensino Superior.

RESUMEN: Es primordial la demostración por parte de los Docente y los Acadêmicos demostrar los caminos que conducen a un modelo de educación más humanos (humanizado) y encaminando al descubrimiento de nuevos médios de adquisición del conocimiento, diferentes a los modelos tradicionales utilizados por las universidades y por muchos profesores, los cuales se aplican a los modelos de padrón de pesquisa y de produción del saber. De esa forma se analizan las nuevas competências en la docencia de la enseñanza superior sobre um enfoque contructivista, visualizando las contribuciones proveniente de la adopción de esa linia de pensamento en el proceso de adaptación e inovación de nuevas practicas pedagógicos en el ambiente universitário.

Palabras clave: Contructivismo. Docencia. Educación. Enseñanza Superior.

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1Doutoranda em Ciências da Educação pela Universidad Americana e Mestre em Ciências da Educação pela Universidad Iberoamericana

2 Doutorando em Ciências da Educação e Mestre em Ciências da Educação pela Universidad Americana

3 Doutoranda em Ciências da Educação e Mestre em Ciências da Educação pela Universidad Americana

4 Pós-doutoranda em Direito pela Universidad Del Museo Social Argentino.Dra. e Msc. em Ciências da Educação pela Universidad Autónoma de Asunción. Esp. em Docência em Educação pela Universidade Estadual Vale do Acaraú. Graduada em Letras pela Universidade Federal do Amapá. Graduada em Direito pela Estácio de Sá Amapá. Professora e orientadora do artigo científico, na disciplina Epistemologia das Ciências da Educação pela Universidad Americana.

1 INTRODUÇÃO

Ao longo das trajetórias políticas e das políticas públicas implementadas no Brasil há inúmeros defensores de propostas e ideias que ampliaram e aprimoraram o ensino ao apresentar inovações do ponto de vista didático-pedagógico. De acordo com essa eloquência é importante se falar sobre a historicidade dessa política, pautada no construtivismo.

A partir da gestão do Presidente Getúlio Vargas, ano de 1930, a sociedade começou a repensar e discutir interesses que permeavam a necessidade de apresentar reformas educacionais que abrandassem as turbulências sociais advindas da guerra mundial.

A Educação teve um olhar diferenciado e passou a ter uma importância significativa na Constituição Brasileira em 1988; pouco depois em 1996, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Assim, destacaram em seus segmentos educacionais fases e divisões pretensamente adequadas à diversidade cultural brasileira que não foram completamente aplicadas.

Os docentes perceberam que nas suas práticas pedagógicas, há, na atualidade, necessidade de delinear um novo conhecimento quando assumem suas turmas com práticas que em alguma época mostraram ser válidas em áreas distintas. A cada modo diferente de pensar a prática educacional é uma construção constante do conhecimento, tendo em vista que este nunca estará pronto e acabado na sua essência, deve ser alimentado ou lapidado.

Os professores sentem a cada ano, grandes diferenças na clientela recebida na escola e que questionam por qual motivo o resultado das práticas educacionais formadoras dentro da instituição escolar, pouco evolui. Pois, a evolução é esperada a partir de construções e desconstruções dos discursos de grandes teóricos construtivistas como Jean Piaget, Vygotsky, Emília Ferreiro, Kohl Berg, Edgard Morin, Phillipe Perrenoud, Richard Rorty et al.

Os autores citados trazem propostas divergentes e convergentes com o intuito de provocar a ansiedade dos docentes. Os professores atuam como responsáveis do processo educacional ao promover transformações histórico-sociais, razões principais para construir um cenário adaptado ao fim de algumas competências que preservavam metodologias pedagógicas das escolas tradicionais até então conservadoras. Mediante essa exposição sentiu-se a necessidade de se trabalhar a temática: Docência Superior sob a ótica do Construtivismo: Competências que gerenciam mudanças, de acordo com o questionamento: Como trabalhar as mudanças pedagógicas dentro do método construtivista, voltado para o Ensino Superior, tendo em vista que ainda existem no Século XXI, docentes resistentes às inovações na prática aulística? Sabe-se que o construtivismo trabalha o processo educativo de construção de conhecimento, que tem que ser desenvolvido a partir da interrelação entre o discente e o docente, tornando-se necessário que o ensinar e o aprender devem ser bastante dialéticos, onde a construção de determinado objeto de estudo deve ser construído com a mediação do professor e com a participação do aluno, pautado na práxis do lúdico.

O Estudo tem como objetividade informar sobre o método construtivista; identificar o lúdico como um instrumento pedagógico de interação educativa entre educador e educando; analisar o construtivismo nas práticas pedagógicas para inovação aulística. Haja vista, que o construtivismo é um método que trabalha a educação de forma diferenciada, isto é, de maneira que leva o aluno a construir o seu próprio conhecimento, com a intervenção do educador, para despertar as competências e habilidades do aprendiz, em qualquer área do conhecimento superior.

A Pesquisa Cientifica é de caráter qualitativo, dedutivo, descritivo e bibliográfico. Tendo como partes intituladas: Breve abordagem histórica da Educação, Conceito de Construtivismo na Educação, Conceito de Competência na Educação e Conceito de Ludismo, expondo argumentos que venham contribuir com educandos, educadores e pesquisadores da área da educação no campo da ciência epistemológica, com o intuito de favorecer a sociedade.

Alunos e docentes em qualquer âmbito educacional institucionalizado ou não, carecem da necessidade de experimentar recursos lúdicos que promovam a facilitação da relação harmônica entre os indivíduos que interagem em um mesmo ambiente, com o propósito de edificar uma nova visão de mundo tanto coletiva quanto individual dentro do processo da construção do universo e das interações sociais.

Tanto Piaget quanto Paulo Freire entendia que o aluno traz uma bagagem significativa como produto de informações adquiridas, que depois de socializadas, favorecem a compreensão da realidade na qual está inserido, podendo deliberadamente modificá-la de acordo com a prática da construção de novos saberes que são sempre provocados pela própria Ciência.

2 BREVE ABORDAGEM HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO

2.1 Na Educação Brasileira.

A Educação brasileira a partir dos primeiros 50 anos de 1500, teve um marco inicial com os padres Jesuítas trazendo um conceito distinto de civilização e cultura, implementando assim, a educação formal no Brasil por mais de 200 anos. Foram eles os fundadores das escolas de alfabetização.

Em 1822 o Brasil comemora ano sua independência e algumas reformas sociopolíticas e econômicas, com todas essas reformas a educação foram apresentadas várias propostas de universidades no Brasil os resultados vieram a seguir, dando direito à gratuidade, a instrução primária a todos os cidadãos brasileiros. Em 15 de outubro de 1827, foram criadas as escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e vilarejo. Alguns anos mais tarde o governo se afasta da responsabilidade de assegurar educação para todos. 1920 o Brasil começou a crescer em diversos setores sociais, como: Reformas no ensino primário, os grandes educadores começam a se destacar entre eles Almeida Júnior, Lourenço Filho, Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira et al.

As Universidades surgem no Rio de janeiro, Minas gerais, porto Alegre e São Paulo. Depois da revolução de 1930 houve um grande avanço na área educacional. Em 1937 implanta-se o estado Novo tornando o país uma constituição autoritária, em seguida a queda do Estado Novo, os ideais foram retomados fortalecendo o Projeto de Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, enviados ao Congresso Nacional em 1948 que, após difícil trajetória, foi finalmente aprovado em 1961, Lei nº 4.024.

O novo período autoritário do sistema educacional brasileiro passou por mudanças, entre elas a CAPES, que significa Coordenação do Aperfeiçoamento do pessoal do Ensino Superior. Neste período nasce o Conselho Federal de Educação e a aprovação da LDB/61. A partir das Leis 5.540/68 e 5.692/71 também ocorreram mudanças no Ensino Superior e no Ensino Fundamental e Médio.

2.1 CONCEITO DE CONSTRUTIVISMO NA EDUCAÇÃO

De acordo Becker (1994), Construtivismo significa:

[...] a ideia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do Indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que podemos afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e, muito menos, pensamento.

Em consonância com o ponto de vista acima apresentado, concordamos com o mesmo, já que entendemos que o conhecimento não deve ser entendido pelo professor, como algo findo, concluído. Como explicitado pelo autor, o conhecimento deve ser enriquecido, aprimorado, a partir da contribuição social dos educandos, que ao imprimirem as suas descobertas e avanços sobre o assunto em foco, irão fortalecer aquilo que é verdadeiro, ou ratificar informações falseadas, propiciando assim, um realinhamento desse conhecimento, em conformidade com os padrões científicos vigentes.

Assim, uma aula fundamentada na metodologia construtivista deve ser pautada no reconhecimento da realidade dos alunos para um planejamento em conjunto, segundo suas necessidades e ansiedades. Tal reconhecimento, renova a importância de lançar um olhar mais cuidadoso sobre as demandas que necessitam serem levantadas e discutir questões cujas respostas possivelmente os alunos já trazem em virtude de quaisquer experiências coletivas.

Para Sousa e Filho (2008), a família é um suporte fundamental, pois,

[...] a criança nasce dentro de uma sociedade com seus valores e padrões apropriados e através da interação com outros seres humanos, especialmente os mais experientes, ela apreende elementos do mundo social – a fim de funcionar dentro dele –, que auxiliam numa definição desse mundo e servem de modelo para as suas atitudes e comportamento, podendo ser, de maior ou menor importância, mas que ajudam a criança a determinar sua própria personalidade. (SOUSA; FILHO, 2008).

O envolvimento gerado entre família e sociedade com a escola, promove sempre o conhecimento e práticas de múltiplas ações que mostram uma faceta da necessidade de conhecer para organizar o conteúdo a ser ministrado de acordo com interesses coletivos. Tais interesses coletivos estão previstos na LDB, com o objetivo de atingir a mudança de comportamentos, conceitos sociais fundamentais para o desenvolvimento do modus vivendi para a melhoria da qualidade de vida de um grupo social.

É preciso observar que a família e a escola estão agregadas às competências extras que ajudam criar ou manter o diálogo. De acordo com Perrenoud (2000, p. 113), sem dúvida concordamos que, onde as coisas dão certo, há capacidade de cada parceiro considerar o ponto de vista e as expectativas do outro e, dentro dessa compreensão, os resultados tornam-se enriquecedores e confortáveis para a prática de outras competências específicas de acordo com os interesses do grupo social.

O diálogo entre o ensino e o aprendizado transcende os muros da família e da instituição de ensino seja em qualquer nível de formação para que o indivíduo seja capaz de elaborar sozinho, conceitos construtivistas sobre um objeto da realidade, se este tiver interação com outros tantos objetos. O conceito de construtivismo pressupõe um conhecimento que está em processo contínuo de atualização, tendo em vista a infinitude de seu resultado.

A metodologia construtivista procura investigar a curiosidade, pois estimula-se constantemente o aluno a buscar o seu próprio conhecimento e procura promover sua interação com o meio micro ou macro em que vive. Esta proposta provoca também que tanto o aluno quanto o docente participe da construção do conhecimento de sua própria forma de aprender ou ensinar. A metodologia construtivista faz referências mais sobre as lógicas da aprendizagem, quando propicia questionamentos que levam o aluno e o professor a pensar. O fato de ambos tirarem suas próprias conclusões quando, contribui plenamente para a produção de novos saberes que resultam em ação que produz a resolução de problemas. O grande aprendizado acontece quando surge o interesse em resolver os problemas. Esse aprendizado conjugado com o modo de ensinar, levando o encantamento ao sujeito interessado, interage com o meio físico, social, e com o mundo dos objetos e das relações sociais.

A metodologia construtivista que agrega fatores lúdicos enfatiza os equívocos não como tropeços, mas como uma ponte imaginariamente larga que viabilize a caminhada do ensino e para a aprendizagem em via duplicada só apresenta sucesso se erradicar a rigidez no ensino, nas avaliações padronizadas e materiais estranhos à realidade do aluno. O diferencial desse resultado está voltado para a reflexão e autoavaliação.

O construtivismo é uma teoria que busca a prática da explicação de estratégias que modificam o conhecimento propiciam também a mudança no indivíduo no decorrer de sua vida.

Segundo Jean Piaget, o indivíduo aprende sob a motivação de que o saber é produzido pelo fato de qualquer indivíduo ser submetido a condições de estímulo constante favorecendo a criatividade. Pressupõe-se que a figura do professor é a referência do aluno. Haja vista que a formação é de grande relevância para a realidade do aprendiz, independentemente do grau:

O ensino fundamental e o médio exigem formação superior em Pedagogia/licenciatura; no entanto, para lecionar no curso superior, basta ter graduação em qualquer especialidade. As instituições de ensino têm procurado mudanças, fazendo concursos públicos nos quais exige mestrado e doutorado, mas ainda não oferecem preparação específica para o magistério superior (Cunha, 1985; 2004).

O professor deve ser o facilitador ou orientador que fornece sugestões que modificam o pensamento na busca de resolução para realizar, de forma independente as tarefas. É um organizador dos ambientes físico, social e emocional da sala de aula. O professor adepto ao construtivismo deve trabalhar em sala de aula posturas significativas, dentro da proposta de refazer, inclusive o conceito de competência.

2.2 CONCEITO DE COMPETÊNCIAS NA EDUCAÇÃO

Para compreendermos o real sentido de “competência” dentro do contexto do universo acadêmico é importante sabermos que os cursos superiores não exigem uma formação específica para o magistério.

Ao fazer uma análise comparativa entre os requisitos para o exercício docente na Educação Básica e no Ensino Superior, Cunha (1985; 2004), esclarece que:

O ensino fundamental e o médio exigem formação superior em Pedagogia/licenciatura; no entanto, para lecionar no curso superior, basta ter graduação em qualquer especialidade. As instituições de ensino têm procurado mudanças, fazendo concursos públicos nos quais exige mestrado e doutorado, mas ainda não oferecem preparação específica para o magistério superior (CUNHA, 1985; 2004).

Pelo acima exposto, entende-se que as universidades têm buscado inovar e renovar os seus quadros de docentes, mediante a realização de concursos destinados a contratação de mestres e doutores. Mesmo assim, falta a muito desses professores, a habilidade e as competências necessárias para que desenvolvam um trabalho pedagógico eficaz, junto a seus educandos.

No intento de esclarecer o porquê das academias contratarem professores sem formação pedagógica, Pimenta e Anastasiou (2002) explicam que:

[...] geralmente não se exige formação pedagógica na docência do ensino superior porque, aparentemente, é suficiente o domínio de conhecimentos específicos, pois o que valoriza o docente universitário é a pesquisa e/ou o exercício profissional no campo.

Sobre o acima explicitado, os autores explicam que a academia, não estava preocupada em contratar profissionais docentes, que tivessem uma formação pedagógica, uma vez que, o que lhes importava, é que tais profissionais transmitissem conteúdos aos seus acadêmicos, sem, no entanto, levar em consideração, as metodologias que seriam adotadas no processo de ensino-aprendizagem e de avaliação.

O ensino universitário é uma continuidade do processo educacional voltado para especialização e formação específica além de expandir a oportunidade para dar espaço no surgimento de novos pesquisadores. É preciso a prática pedagógica universitária seja revista, para não termos que identificar em nossos futuros profissionais, as figuras de reprodutores ou copiadores de conceitos e saberes existentes enfadonhamente discutidos sem o avanço de que a sociedade precisa, sem acrescentar nada de novo. Na opinião de Debald uma proposta construtivista para o ensino superior consiste em educar para a autonomia, para a descoberta, utilizando-se da pesquisa como um meio de aprofundar e resignificar os conhecimentos.

3 O LÚDICO E SUAS PRÁTICAS NA EDUCAÇÃO

De acordo com Almeida (2009), o lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo", movimento espontâneo. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial do comportamento humano. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo. Passando a necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente. O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana. Caracterizando-se por ser espontâneo funcional e satisfatório.

É notório que a educação promove a ocorrência de avanços técnico-científicos e, tal condição, leva-nos a refletir sobre a sua real importância, a partir de novos conceitos.

Segundo Becker (2001), espera-se que professores e acadêmicos entendam que:

[...] a educação é um processo de construção de conhecimento ao qual acorrem, em condição de complementaridade, por um lado, os alunos e professores e, por outro, os problemas sociais atuais e o conhecimento já construído (“acervo cultural da humanidade”).

Para Behrens (1996), o profissional do futuro deve ter competência para ser autônomo na produção de conhecimentos e estar acessível para o exercício do trabalho em equipe.

Quanto à postura do educando neste processo, a mesma autora enfatiza que este precisa ser pesquisador por excelência, curioso, criativo e reflexivo, uma vez que lhe compete:

[...] buscar a inovação, questionar suas ações, ser crítico e criar o hábito da leitura das informações sejam pelos livros, seja por acesso aos meios informatizados. Que ao encontrar a informação, seja capaz de analisá-la, criticá-la, refletir sobre ela e ter competências de elaboração própria com os referenciais pesquisados. Precisa saber elaborar projetos criativos e ter habilidades para defendê-los.

Dentro dessa ótica é necessário que os docentes no Ensino Superior desempenhem o papel de facilitadores da aprendizagem e, de compartilhadores do conhecimento, mediante a adoção de uma prática pedagógica envolvente e encantadora, capaz de despertar nos seus educandos, a curiosidade e o interesse pela pesquisa e a descoberta do conhecimento.

Ao abordar sobre as competências do professor da educação superior no contexto atual, Masetto (2001), explica que:

É importante que o professor desenvolva uma atitude de parceria e co-responsabilidade com os alunos, que planejam o curso junto, usando técnicas em sala de aula que facilitem a participação e considerando os alunos como adultos que podem se co-responsabilizar por seu período de formação profissional.

De acordo com o acima exposto, é possível entender que a adoção de um espírito de bom relacionamento interpessoal entre professores e alunos é essencial para o êxito de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

Para Cunha (1998),

[...] professores universitários envolvidos com a inovação na universidade têm uma concepção de conhecimento que envolve flexibilidade e movimento, entendem o conhecimento como construção, incentivam a dúvida, valorizam o erro e trabalham com base nele. A provisoriedade, a multiplicidade e o momento permeiam o cotidiano.

O atual cenário educacional brasileiro precisa traçar um modelo mais humanizado, leve e inovador tal quais as características dessa sociedade. Os modelos ultrapassados que conduzem o aprendizado e a busca do conhecimento precisam de um olhar moderno para que os padrões científicos de pesquisa sejam cada vez mais superados assimilar a diversidade da construção de novos saberes. Deste modo, o Ensino Superior terá subsídios mais construtivistas se incorporar essa nova prática pedagógica adotando esse novo processo que auxilia na agregação de novos valores dentro do academicismo.

O atual cenário educacional brasileiro precisa traçar um modelo mais humanizado, leve e inovador tais quais as características dessa sociedade. Os modelos ultrapassados que conduzem o aprendizado e a busca do conhecimento, precisa de um olhar moderno para que os padrões científicos de pesquisa sejam cada vez mais superados assimilar a diversidade da construção de novos saberes.

Deste modo, o Ensino Superior terá subsídios mais construtivistas se incorporar essa nova prática pedagógica adotando esse novo processo que auxilia na agregação de novos valores dentro do academicismo.

Na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade, o que dela resulta, mas a própria ação, o momento vivido. Possibilita a quem a vivencia, os diversos momentos do próprio encontro e com o outro; momentos de fantasia e de realidade; de ressignificação e percepção; momentos de autoconhecimento e conhecimento do outro; de cuidar de si e olhar para o outro; resumindo, o grande encontro com os momentos de vida.

Uma aula com características lúdicas não precisa ter jogos ou brinquedos. O que traz ludicidade para a sala de aula é muito mais uma "atitude" lúdica do educador e dos educandos. Assumir essa postura implica sensibilidade, envolvimento, uma mudança interna, e não apenas externa, implica não somente uma mudança cognitiva, mas, principalmente, uma mudança afetiva. A ludicidade exige uma predisposição interna, o que não se adquire apenas com a aquisição de conceitos, de conhecimentos de modo isolado.

Uma fundamentação teórica consistente em proporcionar o suporte necessário ao professor para o entendimento dos porquês de seu trabalho. Trata-se de ir um pouco mais longe ou, talvez melhor dizendo, um pouco mais fundo.

Trata-se de formar novas atitudes, rompendo com um modelo, com um padrão instituído e internalizado.

É possível segundo as observações já realizadas ao longo de inúmeros estudos que as atitudes apontadas, de um modo geral, não fazem parte do contexto escolar. É possível compreender que qualquer atividade lúdica permite a vivência de experimentações coletivas e únicas de autonomia em um tempo-espaço particular, gerando um encontro com possibilidades de autoconhecimento, de maior consciência de si enquanto indivíduo único.

O jogo e a brincadeira estão presentes em todas as fases da vida dos seres humanos, tornando especial a sua existência. De alguma forma o lúdico se faz presente e acrescenta um ingrediente indispensável no relacionamento entre as pessoas, possibilitando que a criatividade aflore.

O ato de criar permite na instituição de ensino, um ato de amor, de afetividade cujo território é o dos sentimentos, das paixões, das emoções, por onde transitam medos, sofrimentos, interesses e alegrias. Uma relação educativa que pressupõem o conhecimento de sentimentos próprios e alheios que requerem do educador a disponibilidade corporal e o envolvimento afetivo, como também, cognitivo de todo o processo de criatividade.

Quanto mais o adulto vivenciar sua ludicidade, maior será a chance deste profissional trabalhar de forma prazerosa, enquanto atitude de abertura às práticas inovadoras. Tal formação permite ao indivíduo saber de suas possibilidades e limitações, desbloquear resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida.

O professor que demonstrar conhecimento e prazer, mais probabilidade transmitirá aos seus aprendizes o benefício da utilização deste "modelo" na sua sala de aula. Nóvoa (1991) afirma que o sucesso ou insucesso de certas experiências marcam a nossa postura pedagógica, fazendo-nos sentir bem ou mal com esta ou aquela maneira de trabalhar na sala de aula.

Ao sentir que as vivências lúdicas podem resgatar a sensibilidade, até então adormecida, ao perceber-se vivo e pulsante, o professor e o aprendiz faz brotar o inesperado, o novo e deixa cair por terra que a lógica da racionalidade extingue o calor das paixões, que a matemática substitui a arte e que o humano dá lugar ao técnico Santin (1990), permitindo o construir alicerçado no afeto, no poder fazer, sentir e viver.

Poder vivenciar o processo do aprender permitindo que a criatividade e a imaginação aflorem através da interdisciplinaridade enquanto atitude permite o poder de liberar o que cada um traz consigo mesmo e o quanto pode contribuir com o outro.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Ensino de um modo geral pode perfeitamente promover, dinâmicas interativas. O Ensino Superior deveria estabelecer mais integração grupal ou de propostas de sensibilização, um trabalho de recorte e colagem, uma das muitas expressões dos jogos dramáticos, exercícios de relaxamento e respiração, uma ciranda, movimentos expressivos, atividades rítmicas, entre outras tantas possibilidades. Mais importante, porém, do que o tipo de atividade é a forma como é orientada e como é experienciada, e o porquê de estar sendo realizada.

Enquanto educadores, devemos enfatizar as metodologias que se alicerçam no "brincar", no facilitar as coisas do aprender através do jogo, da brincadeira, da fantasia, do encantamento. A arte-magia do ensinar-aprender, como é exposto por Rojas permite que o outro construa por meio da alegria e do prazer de querer fazer.

Por meio da brincadeira o envolvimento com o jogo faz-nos sentir a necessidade de partilhar uma experiência com o outro. Ainda que em postura de adversário, a parceria é um estabelecimento de relação.

Esta relação expõe as potencialidades dos participantes, afeta as emoções e põe à prova as aptidões testando limites. Brincando e jogando teremos a oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis a sua futura atuação profissional, tais como atenção, afetividade, o hábito de permanecer concentrado e outras habilidades perceptuais psicomotoras. Brincando a criança torna-se operativa.

A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento.

Após a eloquência acredita-se que a pesquisa é verdadeira, pautada na hipótese e nos objetivos desenvolvidos. Tendo portanto, a necessidade de se sugerir novas pesquisas: Como o construtivismo é trabalhando nas escolas de ensino superior? Quais os fatores primordiais que norteiam o ensino superior a partir da metodologia trabalhada no âmbito construtivista lúdico? Haja vista, que o intuito dessa pesquisa é levar inúmeros épistemés para o campo da cientificidade, em prol da sociedade.

REFERÊNCIAS

BECKER, Fernando. O que é construtivismo?. Série Ideias n. 20. São Paulo: FDE, 1994. pp. 87 a 93. Disponível em: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/dea_a.php?t=011. Acesso em 17/01/2015.

BECKER, Fernando. Educação e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. p. 73.

BEHRENS, M. A. A formação continuada dos professores e a prática pedagógica. Curitiba – PR: Champagnat, 1996. p. 67.

CUNHA, M. Isabel da. O professor universitário na transição de paradigmas. Araraquara-SP: JM Editora, 1998. p. 107.

DEBALD, Blasius Silvano. A docência no Ensino Superior numa perspectiva construtivista. Seminário Nacional Estado e Políticas Sociais no Brasil. Cascavel – PR. Disponível em: http://www.ufrb.edu.br/nufordes/downloads/visoes-compartilhadas-em-pedagogia-universitaria/8-a-docencia-no-ensino-superior-numa-perspectiva-construtivista/download. Acesso em: 16/01/2015.

MASETTO, Marcos (Org.) T. Docência na universidade. 3. ed. Campinas – SP: Papirus, 2001. p. 22.

SOUSA, Ana Paula de; FILHO, Mário José. A importância da parceria entre família e escola no desenvolvimento educacional. Revista Iberoamericana de Educación, n.º 44/7 – 10 de enero de 2008. EDITA: Organización de Estados Ibero-americanos. Universidade Estadual Paulista, Brasil. Disponível em: http://www.rieoei.org/deloslectores/1821Sousa.pdf. Acesso em: 17/01/2015

Dirce porto, Francisco Humberto de Araújo e Nelida Ormond Braga
Enviado por Dirce porto em 19/01/2015
Reeditado em 19/01/2015
Código do texto: T5107307
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