... E A PALAVRA DE ORDEM NAS ESCOLAS: VALORIZAÇÃO!
Não é de hoje que se questiona o processo de aprendizagem como um todo. Cada vez mais as escolas andam reelaborando suas estruturas físicas, buscando um acolhimento mais confortável para seu público alunado. No entanto, entendamos que há uma diferença imensa entre a acolhida do espaço físico de um ambiente por meio de compra de "falso conforto" de uma verdadeira acolhida, por meio da valorização real do material humano que compõe uma escola. Professores, coordenadores, diretores, secretários (as), portaria, zeladores, cantina. TODOS precisam estar conquistados pela causa que haverão de abraçar e assim promover. A promoção de uma empresa não começa pela conquista de seus clientes, mas da conquista de quem recebe estes clientes. Quantos professores em especial andam desmotivados, reclamam de salários, dos alunos, de diretores e infelizmente muitos não percebem que por trás de tanta reclamação há um sôfrego grito de socorro. É muito mais fácil colocar a culpa do fracasso da educação na classe de professores do que aceitar que o problema envolve muitos mais fatores.
O primeiro é a afetividade plástica. O nome pode parecer estranho, mas entendamos que o plástico como material físico é descartável, reciclável ou até mesmo dispensável, artificial. Assim sendo, muitas são as empresas escolares que promovem este tipo de falsa afetividade. Uma afetividade que expõe o educador apenas como uma pecinha que deve ser subordinada aos patrões-diretores, patrões-pais e patrões-alunos. São inúmeros os problemas que este "simples" ato pode acarretar, bastando apenas entender que isso tudo somado as responsabilidades que envolvem o educador não é de se estranhar que estresse e revoltas façam parte do cotidiano desta classe profissional.
Ainda sim, sabemos que diretores possuem muitos compromissos e muitas vezes estão sobrecarregados de responsabilidades pedagógicas e administrativas ao mesmo tempo. Porém entendamos que não é assim que uma escola deve ser tratada. Uma escola não é uma lojinha em que o dono atende, vende, compra o produto e repõe as prateleiras ao mesmo tempo.
O Diretor como gestor deve dar início ao processo de valorização partindo de sua própria atuação dentro da escola. Um Diretor de atitudes grosseiras, "cara fechada", mal vestido ou com atitudes contraditórias, sem firmeza nas palavras e sem uma continuidade entre suas ideologias e suas práticas diárias fatalmente estará fadado ao descaso, ao cansaço, expondo uma péssima imagem de si mesmo e da empresa que está gerindo.
Em resumo, não adianta adiar o inadiável. Educação é algo muito sério e deve ser encarado por todos: pais de alunos ( que precisam entender de um vez por todas que o fato das escolas particulares existirem não os fazem ter o direito de utilizar aquela "bendita" frase ESTOU PAGANDO... ), professores (que apesar de todos os problemas existentes dentro da educação precisam entender que desmotivar e desistir não são os melhores caminhos para serem valorizados), Diretores e gestores em geral ( que precisam entender que a gestão eficaz é a que se baseia no amor e na valorização de quem ajuda ao trabalho existir) e por fim os próprios alunos ( que devem entender que o mundo não é feito apenas de direitos e que exercer seus deveres faz bem para si e para todos).
A palavra de ordem nas escolas deve sim ser VALORIZAÇÃO. Pois é na escola familiar que se aprende o sentido desta palavra. E na escola da vida que se põe em prática. A instituição escola apenas deverá ser a ponte estre estes dois universos que se complementam.