SERÁ QUE O TRABALHO COM A LEITURA NA ESCOLA CONTRIBUI PARA A FORMAÇÃO DE UM CIDADÃO CRITICO?

“A leitura é um conhecimento construído de experiências únicas. Um desejo de viver”, como menciona Daniela Santos de Brito em: A importância da leitura na formação social do indivíduo. Ela é decisiva para o exercício efetivo da cidadania. Tal aprendizagem está ligada ao processo de formação geral de um indivíduo e sua capacitação dentro da sociedade, como por exemplo: a atuação política, econômica e cultural, o convívio com a sociedade, seja dentro da família ou no trabalho. Para que isso aconteça, ela deve ser realizada com praticas geradoras de reflexões que incite o aluno a desenvolver o seu senso crítico se colocando capaz de ser um agente ativo e interagir em prol da sociedade para torná-la mais justa; e ser, por sua vez, bem ministrada e praticada na escola que é um dos espaços privilegiados para a formação de leitores.

É na escola que o educando deve ter liberdade as principais condições para a produção e promoção da leitura. É na escola que o aluno também deve começar a praticar a sua cidadania. Porque não só é capacitá-lo para o mundo do trabalho, mas também para ser um ser humano consciente com a realidade em que vive. É essa a função da escola: educar, ensinar, formar cidadãos. A respeito de educação John Dewey fala: “A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.” Mas, na verdade, a escolar não propicia muitas vezes, essa atividade de maneira satisfatória, torna-se um local de distanciamento e marginalização do verdadeiro ato de ler, em relação à interação social entre o sujeito, enquanto leitor e texto. Os meios como alguns professores executam a prática da leitura não são viáveis aos esses processos, pois usam metologias de decifrar código e pronto impedindo de que o aluno crie, produza ou dê suas opiniões sobre o assunto lido. A leitura, enquanto formação social vai muito além da simples decodificação da linguagem verbal escrita, pois nele está inserido a ideia de que ler é atribuir sentido ao texto, relacionando-o com o contexto e com as experiências prévias do sujeito leitor.

A escola como instituição ainda deixa a desejar em relação à formação de cidadãos, nota-se que ainda hoje isso é algo que ficou mais no discurso e só foi incorporado na prática de pouquíssimas escolas brasileiras, em sua maioria aquelas que adotam uma proposta de trabalho nos moldes construtivista, pois as que seguem uma linha pedagógica tradicional persistem utilizando prioritariamente o livro didático como o único ou principal elemento para sistematização das práticas leitoras.

Constatando o cenário escolar e a importância da leitura para o aluno no seu cotidiano, as escolas, como fonte de formadores deveriam adotar pratica mais motivadoras, como exemplo, criar oficinas de declamações de poesias, teatros, cordel, jornais, jograis, enfim, usar todos os mecanismos que se tem para que o aluno comece a se familiarizar com a leitura e poder sonhar, como diz Fernando pessoa "Ler é sonhar." E desse sonho tornar a realidade mais visível. Não precisamos de homens intelectuais pelas palavras, precisamos de homens intelectuais na ação de forma que construa e reconstrua o mundo com gesto e ações. A prática de leitura tem que começar desde as séries inicias, por que quando, a criança, estiver na fase adolescente ou adulta tenha a consciência de seus direitos e deveres, não se frustre quando lhe vier a leitura em concursos ou até mesmo em sala de aula, como é o caso de muitas frustrações quando o professor pede que este leia em voz alta; exerça sua cidadania e aprenda a eleger representantes do povo mais digno e menos corruptos.

Leonires Di Olliveira
Enviado por Leonires Di Olliveira em 21/10/2014
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