Inclusão nada Especial!
Estava estudando um pouco sobre a Lei de Diretrizes e Bases da nossa Educação Nacional e achei não uma brecha, mas uma enorme fenda que caracteriza a falta de compromisso, atenção e agradecimentos aos docentes.
Uma lei de 1996, que apesar de ter sido atualizada em 2013; não foi acrescentado nada que possamos nos orgulhar no que se diz respeito aos nossos mestres. Tudo bem, um dia todos nós fomos alunos e quisemos o devido valor. Entretanto, me revolta um pouco a falta de consideração a essa categoria. Afinal, não são os professores que formam todas as profissões?
Na lei N° 9.394, minha tamanha repulsa é excepcionalmente no artigo quatro ponto três, onde diz sobre o direito a educação e do dever de educar: “o atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino”. Como assim educandos especiais preferencialmente na rede regular de ensino? Calma, vamos por parte.
Primeiro, como uma lei é criada se a mesma não pode ser executada? Tudo bem que estamos no Brasil e para que uma lei possa ser executada não depende de quem a criou, (que no caso é o poder legislativo, deputados e senadores) e sim quem as que fazem essas leis se tornarem reais (que são seguidamente: Prefeito no município; Governador no Estado; e Presidente no País), e como o sistema é totalmente falho existe um terceiro poder para fiscalizar se estão seguindo corretamente as leis tanto de quem as criou como de quem as executa! Seria cômico se não fosse trágico!
Enfim, por esta razão exposta todos esses poderes são falhos, pois estão muito distantes de se preocuparem com uma determinada categoria na área da educação. O atendimento gratuito da rede regular e pública de ensino, (e não focarei na rede particular de ensino, pois quem tem cascalho para pagar não entra nessa necessidade) já não é essas coisas, e ainda vem uma lei dessas que faz a inclusão de alunos especiais na rede regular de ensino.
Tudo bem, alunos com “Dificuldades Intelectuais”, nada contra, acho até bonitinhos, tenho um carinho por eles e tudo mais. Todavia, como fica a vida de um professor totalmente despreparado nessa área de educação especial, com uma sala de geralmente quarenta e cinco alunos, (superlotada) quente, sem material correto para se trabalhar, sem nenhum recurso extra, sem espaço físico diferente ou espaçoso, sem acesso às vezes para a própria sala de aula se o tiver uma necessidade física, tendo que se desdobrar em mil ao passar um conteúdo para a turma e outro para aquela criança especial.
O professor é um artista mesmo! Mas não concordo nem um pouco com essa lei. Sei que ela também é obrigatória na rede privada de ensino. Mas convenhamos que, quem tem dinheiro e se incomoda, muda de colégio. E quem não tem como é que fica? Não estou fazendo acepção de pessoas, estou me compadecendo desses grandes guerreiros que lutam todos os dias para darem a melhor aula para que fique algo na cachola desses adolescentes “aéreos”. (que preferem celulares e filmes a uma conversa ou livros) E sabendo que no fim do dia ao chegar em casa cansado e à noite, terão mais trabalho para organizar e levar no dia seguinte, e nem se fala no fim de semana!
Mas falando um pouco sobre a rede de Educação especial, em todo o nosso país existem muitas instituições que trabalham apenas com essa classe de discentes. São preparadas estruturalmente físicas e educacionalmente. Tem profissionais treinados não só na área da educação como da saúde também. Nem precisa especificar o quão melhor acompanhamento terão. E garanto, são mais bem pagos! Sei que vou ser talvez até “crucificada” por esse artigo, minha própria mãe não concorda com essa minha opinião. Na verdade na cabeça dela, (como acredito que seja na de muitos) o aluno especial tende a melhorar quando convive com outros alunos “normais”. (coloquei aspas, pois acredito que ninguém é totalmente sã) E eu não discordo disso, o que não sou a favor é de que os nossos mentores queridos sofram por não terem sido devidamente preparados para receber tais alunos.
Com isso digo: Já está na hora de não atualizar mais essa lei, mas reformá-la!
E que venham as pedras! Risos...