O fazer além da conta

O sussurro de Deus está sempre presente nos escaninhos do nosso mundo mental. É muito fácil desviar-se do caminho da vida pura, dando vazão aos anseios do corpo e da matéria. Mas o homem não é corpo físico e, do fundo da alma, deseja algo que vai além de uma vida comum. Entenda-se como vida comum aquela que resulta de ações medíocres, sem um fim grandioso. Sendo ele filho de Deus, só se sente mesmo feliz e realizado quando consegue expressar seus dons verdadeiros.

Não pode haver satisfação nem verdadeira paz de espirito quando não se encontra uma razão que torne a vida valer a pena. Não seja uma simples ovelha, que segue o mesmo rumo das outras, numa caminhada sem brilho e monótona. Avance um pouco mais. Empreenda ações que deixem na alma uma sensação de dever cumprido, uma consciência leve e purificada.

A maioria de nós tem no trabalho uma forma de ganhar a vida; mas há outras formas de ganhar a vida que não dependem diretamente do trabalho profissional repetitivo. Adquirir conhecimentos que sejam práticos no dia a dia; ser um distribuidor de revistas que contém a verdade da vida que leva a felicidade às pessoas; enviar mensagens positivas e dinâmicas àqueles que delas estão precisando; contribuir com instituições engajadas na recuperação de incapacitados ou dependentes. Quando deixamos de lado o pensamento que leva à acomodação e ao egoísmo, surge a força para ajudar o próximo.

Há no mundo seres que atravessam adversidades das quais sequer fazemos ideia e nem poderíamos, já que somos uma gota em um oceano. Porém, o somatório de atitudes altruístas é que faz a diferença em nossa aldeia global. É por demais importante valorizar a família e querer o bem para cada um dos entes queridos que vivem a nossa volta. Todavia, se ficarmos presos a isso, o mundo não progredirá como deve. Há muitos outros mundos habitados nesse infinito universo e, muitos deles anos luz à frente de nós. Não há limites ao crescimento. As vinte e quatro horas de um único dia dispõe de parcelas de tempo que costumam ser desperdiçadas em coisas mesquinhas que há nada acrescentam e não é preciso sacrificar o lazer nem o descanso para fazer um uso sábio deste tempo precioso. Acima de tudo está a vontade e a decisão.

A felicidade e a paz estão nos detalhes das pequenas coisas que deixamos escapulir, às vezes por pura preguiça e acomodação. Olhando à volta de nós, descobriremos que o mundo vai além das nossas necessidades básicas.

Professor Edgard Santos
Enviado por Professor Edgard Santos em 29/08/2014
Reeditado em 29/08/2014
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