A voz de Deus contra a voz do demônio
Filosofia dualística que divide que divide o mundo entre Bem ou.Deus, e mal, ou o diabo, um se opondo ao outro.
Assim os nossos pensamentos se voltam todos para essa completa e absurda realidade. A voz do bem e do mal. À vezes, o mal ganha terreno na vida de alguém que vive à sua sombra. Assim você perde a sua identidade. Entrega-se ao niilismo, Sente-se ausente, sem relação huamana com o ambiente. Suplica: olhem para mim. Implora no silêncio da alma um sorriso de humanidade. "Meu Deus, meu Deus porque me abandonaste? (Mateus 27,46). Vive melhor aquele que acolhe a novidade de cada dia. Aquele que não se prende à estação já findada, mas dela recolhe o fruto ofertado e prossegue.
"Sentido é tudo aquilo que atribui coerência, liga, orienta e estrutura. É a partir deste horizonte de sentido que pensamos, agimos, amamos, desejamos, vivemos. O sequestrador inicia no sequestrado um processo de privações extremamente doloroso. Ao ser afastado dos locais de sua identificação e passsando a viver num ambiente estranho, inóspito e distante de tudo que o realiza, o sequestrado mergulha num profundo estado de solidão. Não se trata de uma solidão comum, dessas que experimentamos ocasionalmente e que faz parte do cotidiano de todo o mundo. Trata-se de uma solidão muito mais profunda, caracterizada como "ausência de si mesmo". O seu mundo não é o que agora lhe oferecido. O cativeiro é a negação do seu direito de ser e estar. Esse profundo estado de ausência pode agravar-se com o tempo e evoluir para o que chamamos "esquecimento do ser".
O esquecimento do ser, realidade muito comum nos casos de sequestro do corpo, é uma forma de aniquilamento de nossa condição primeira, nosso estatuto e que chamamos de identidade original. Nossa identidade nos limita, não para nos empobrecer, mas, ao contrário, para nos favorecer o crescimento.
Ao negar a identidade de uma pessoa, todas as suas potencialidades ficam fragilizadas. Ao ser retirada de seu horizonte de sentido, a pessoa tem negados todos os seus elementos de identificação no mundo e com o mundo. Dessa negação nasce a ausência de si mesmo, uma forma de estar sem estar, de viver sem viver. Trata-se de uma forma terrível de desolação, desespero e angústia. O corpo, privado de tudo o que lhe faz feliz, vive o limie de não ter o que buscar para nutrir-se de alegrias e descanso. Ele perde a capacidade de identificação, uma vez que está privado de seu desejo. Nós desejamos, necessariamente, de tudo o que completa o nosso ser.
O filósofo Henry Bégson refletiu com profundidade o vínculo que nos prende à vida. "O ser humano precisa de um motivo para ir adiante. Ele chamou esse vínculo de "elã vital", a força que nos move, que nos conduz e que traz um significado ao cotidiano que nos envolve".
Fora de seu horizonte de sentido, do "elã vital" o corpo adoece, perde vitalidade, sofre na carne a saudade de tudo que o completa e o faz ser o que é. Privado de sua liberdade, o corpo sofrerá os limites que desencadearão a condição de vitima.
O sequestro do corpo é uma violência terrível, porque, ao retirar a pessoa do seu horizonte de sentido, expõe-lhe ao absurdo do esquecimento de suas potencialidades. O sequestrado perde a coragem de lutar por ele mesmo, mas aliena nas mãos de estranhos o poder de decidir o desfecho de sua existência.
"O cristão – diz o padre João Batista Libânio (sj) – sabe que Deus está a seu lado, mas de modo diferente: não lhe retira a responsabilidade histórica". Mais. Vê na pessoa de Jesus Cristo, que trilhou aqui na terra trajetória humana até o extremo. Fascinou-lhe a afirmação de Leonardo Boff, inspirada em Fernando Pessoa, ao falar de Jesus Cristo: "Humano assim só pode ser Deus mesmo".
O ser humano traz em seu coração a nostalgia de Deus. Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança. O ser humano, portanto, pertence a Deus e a mais ninguém. Não deve se submeter a senhores déspotas e opressores, que lhe tiram a liberdade e a dignidade. Ninguém pode dominar, escravisar, oprimir uma pessoa, negando a ela o direito à vida física, à vida intelectual, à vida livre, à vida moral, à vida de família, à vida religiosa.
Roberto Gonçalves
Assim os nossos pensamentos se voltam todos para essa completa e absurda realidade. A voz do bem e do mal. À vezes, o mal ganha terreno na vida de alguém que vive à sua sombra. Assim você perde a sua identidade. Entrega-se ao niilismo, Sente-se ausente, sem relação huamana com o ambiente. Suplica: olhem para mim. Implora no silêncio da alma um sorriso de humanidade. "Meu Deus, meu Deus porque me abandonaste? (Mateus 27,46). Vive melhor aquele que acolhe a novidade de cada dia. Aquele que não se prende à estação já findada, mas dela recolhe o fruto ofertado e prossegue.
"Sentido é tudo aquilo que atribui coerência, liga, orienta e estrutura. É a partir deste horizonte de sentido que pensamos, agimos, amamos, desejamos, vivemos. O sequestrador inicia no sequestrado um processo de privações extremamente doloroso. Ao ser afastado dos locais de sua identificação e passsando a viver num ambiente estranho, inóspito e distante de tudo que o realiza, o sequestrado mergulha num profundo estado de solidão. Não se trata de uma solidão comum, dessas que experimentamos ocasionalmente e que faz parte do cotidiano de todo o mundo. Trata-se de uma solidão muito mais profunda, caracterizada como "ausência de si mesmo". O seu mundo não é o que agora lhe oferecido. O cativeiro é a negação do seu direito de ser e estar. Esse profundo estado de ausência pode agravar-se com o tempo e evoluir para o que chamamos "esquecimento do ser".
O esquecimento do ser, realidade muito comum nos casos de sequestro do corpo, é uma forma de aniquilamento de nossa condição primeira, nosso estatuto e que chamamos de identidade original. Nossa identidade nos limita, não para nos empobrecer, mas, ao contrário, para nos favorecer o crescimento.
Ao negar a identidade de uma pessoa, todas as suas potencialidades ficam fragilizadas. Ao ser retirada de seu horizonte de sentido, a pessoa tem negados todos os seus elementos de identificação no mundo e com o mundo. Dessa negação nasce a ausência de si mesmo, uma forma de estar sem estar, de viver sem viver. Trata-se de uma forma terrível de desolação, desespero e angústia. O corpo, privado de tudo o que lhe faz feliz, vive o limie de não ter o que buscar para nutrir-se de alegrias e descanso. Ele perde a capacidade de identificação, uma vez que está privado de seu desejo. Nós desejamos, necessariamente, de tudo o que completa o nosso ser.
O filósofo Henry Bégson refletiu com profundidade o vínculo que nos prende à vida. "O ser humano precisa de um motivo para ir adiante. Ele chamou esse vínculo de "elã vital", a força que nos move, que nos conduz e que traz um significado ao cotidiano que nos envolve".
Fora de seu horizonte de sentido, do "elã vital" o corpo adoece, perde vitalidade, sofre na carne a saudade de tudo que o completa e o faz ser o que é. Privado de sua liberdade, o corpo sofrerá os limites que desencadearão a condição de vitima.
O sequestro do corpo é uma violência terrível, porque, ao retirar a pessoa do seu horizonte de sentido, expõe-lhe ao absurdo do esquecimento de suas potencialidades. O sequestrado perde a coragem de lutar por ele mesmo, mas aliena nas mãos de estranhos o poder de decidir o desfecho de sua existência.
"O cristão – diz o padre João Batista Libânio (sj) – sabe que Deus está a seu lado, mas de modo diferente: não lhe retira a responsabilidade histórica". Mais. Vê na pessoa de Jesus Cristo, que trilhou aqui na terra trajetória humana até o extremo. Fascinou-lhe a afirmação de Leonardo Boff, inspirada em Fernando Pessoa, ao falar de Jesus Cristo: "Humano assim só pode ser Deus mesmo".
O ser humano traz em seu coração a nostalgia de Deus. Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança. O ser humano, portanto, pertence a Deus e a mais ninguém. Não deve se submeter a senhores déspotas e opressores, que lhe tiram a liberdade e a dignidade. Ninguém pode dominar, escravisar, oprimir uma pessoa, negando a ela o direito à vida física, à vida intelectual, à vida livre, à vida moral, à vida de família, à vida religiosa.
Roberto Gonçalves