ESTRUTURA DA CRIANÇA NA FAMÍLIA
ESTRUTURA DA CRIANÇA NA FAMÍLIA
A família ausente cria um vácuo no modo comportamental da criança que busca de outras maneiras suporte para seus anseios, tanto a criança, pré adolescente e adolescente precisam ser norteadas de forma que consigam controlar, administrar uma das características naturais a todo o ser humano, sejam por questões biológicas ou históricas no que diz respeito ao primitivo instinto animal.
Deixe uma criança sem orientação, sem expor o que é certo ou errado, sem limites em todas as áreas que ela naturalmente ira adotar sistemas, até mesmo defensivos para sobreviver e definitivamente vai aflorar na criança o instinto de predador.
A de se entender que nas questões primitivista o que conta é a lei do mais forte, na ausência de sentimentos que formam a estrutura da criança dentro do seio família o individuo pode assumir duas posturas naturais:
De comandado, dependente e busca a proteção do individuo mais forte que na maioria das vezes não é dotado de sociabilidade intelectual.
De comandante, que também não é dotado de sociabilidade intelectual, porém tem o poder da força para sobrepor-se aos indivíduos mais fragilizados.
Ser notado, estar em evidência, ser o centro das atenções aflora na criança de forma mais complexa devido ao constante e continuo bombardeio de informações que estão longe de suas capacidades de discernimento e a ausência de uma baliza moral, ética e principalmente emocional conduz a criança a comportamentos diferentes aos exigidos por uma sociedade que é do nosso conhecimento “mascarada”.
É notório que uma parte de homens e mulheres que ocupam papéis importantes para o equilíbrio social, como Juízes, advogados, policiais, professores e etc. têm filhos com comportamentos semelhantes ou piores aos apresentados pelos tachados, rotulados “filhos da miséria”.
O fato é que não ouve uma evolução cultural no que diz respeito à maneira de educarmos nossos filhos, embora tenhamos avançado tecnologicamente a sociedade continua estigmatizada pelo despreparo dos progenitores que impingem as mesmas técnicas educacionais dentro da família de décadas passadas.
A questão da violência física e intelectual é uma prova contundente de que a família não evoluiu, bem como a necessidade de sobrevivência tem afastado momentos importantes dos filhos, momentos estes que estão sendo delegados a instituições educativas, que mesmo que tenham uma estrutura razoável jamais preencherá alguns pontos fundamentais para o equilíbrio destas crianças.
É comum para vários estudiosos da ciência do comportamento humano aduzir que a criança de hoje é muito mais evoluída, aprende mais cedo questões que a criança da década de oitenta jamais se quer pensava em fazer, isso em todos os aspectos, porém a de se entender o que eles julgam como princípio de evolução, mas independente das diversas aparentes mudanças a de se olhar a estrutura da família.
A maneira como eram forjados os princípios da educação dentro da família sempre foram aquém dos valores necessários para uma sociedade justa, e para ser considerada uma sociedade justa é importante frisar que ela deve ser desprovida de qualquer tipo de preconceitos..
Fazendo um comparativo, os adolescentes de ontem buscavam uma liberdade de fato e de direito, limitado pelo não conhecimento de seus progenitores e por uma sociedade aparentemente moralista, os adolescentes de hoje embora pareça ser possuidor de uma liberdade completa acaba se aprisionando no não entendimento de suas razões
Se os estudiosos do comportamento humano consideram as nossas crianças mais evoluídas e libertas de uma sociedade repressora ou de uma família repressora quando meninas, crianças do sexo feminino de dez a quinze anos vestem-se e procuram relações de imagens e relações sexuais como normais a de se repensar na própria teoria destes estudiosos, a uma quebra de valores e do verdadeiro conceito do que seja liberdade, achar normal que uma criança vista-se deforma sensual, que mantenha uma relação sexual ativa ainda na infância, ou que ache normal que a criança expresse seus sentimentos sem o devido entendimento independentes de quais sejam (e isso eu coloco a violência como um dos aspectos fundamentalizados) é nada mais do que um puro gesto controlista da Evolução mercadológica .
Longe de pregar o puritanismo, mesmo porque não esse o meu interesse com a minha dissertação e sim provar que as mazelas sociais se encontram na estrutura da instituição da família.
Observem que algumas orientações dadas aos meus filhos ainda são oriundas dos meus avôs senão de meus bisavós como se respeita-se uma genética natural na ciência do comportamento humano.
Registra-se o fato de que muitas das coisas que de uma forma ou de outra estão adormecidos , mas latentes em nosso interior vem de uma linha reprimida e acabamos tentando transferir para nossos filhos nossos sonhos não alcançados, sejam eles profissionais ou emocionais,, a grande parte dos progenitores não entendem que as crianças, até mesmo as mais evoluídas devem ser norteadas de forma natural, obedecendo um ciclo de desenvolvimento físico e emocional.
Hipoteticamente falando gostaria que o meu filho fosse medico e começo a investir na carreira dele e começo a intervir na independência opcional de sua própria natureza.
Perguntei ao meu filho quando tinha seis anos o que ele queria ser quando crescesse, ele me respondeu que queria ser bombeiro, aos sete ele queria ser professor, aos nove ele queria ser advogado, e aos doze ele queria ser policial, observem que a criança vai se identificando conforme as amostragens sociais e nem uma das escolhas dele vieram de encontro as minhas profissões e muito menos a profissão que hipoteticamente eu havia citado, porém ele acompanhou uma linha educacional aonde a escolha de ser um meliante, bandido não era uma opção
Mas a luz da verdade é importante que o progenitor administre não só o seu comportamento dentro da família, mas das pessoas que compartilham do mesmo espaço, sejam eles parentes próximos ou conhecidos.
A expressão “macaquinho vê, macaquinho faz” tem o seu sentido de ser, somos o exemplo para nossos filhos, mas para tal precisamos ser exemplos para nós mesmos e é bem ai onde a coisa se complica,.
Estamos atrelados a conceitos dos mais diversos devido cultura milenar de que o homem é o eixo da família e caso sejamos contestados nos apoiamos tanto na constituição como na Bíblia e provamos isso por uma prova irrefutável do nosso direito adquirido pela lei dos homens e pela lei divina e se mesmo assim não conseguirmos nos impor, naturalmente usamos de violência intelectual e o que é pior partimos para a violência física.
Logicamente isso tudo acompanhado por nossos filhos que de uma forma ou de outra acaba levando essa violência toda senão para a sociedade para a família que constituirá.
Sentimento de abandono
Indiscutivelmente o ato da amamentação, da proximidade da mãe para a criança é o fator determinante para o encaminhamento da auto-afirmação e o afastamento de uma mãe de seu filho provoca na criança um sentimento de insegurança não suprido de forma alguma por quem quer que seja, muitos alegam que ajuda na independência da criança e que contribui significativamente para o desenvolvimento intelectual moral e social.
Bom, poderia valer-me das diversas estatísticas, pesquisas e estudos para não concordar com isso, mesmo por que a fase mais importante para a criança está nos primeiros anos de vida e a meu ver somente a mulher, a mãe é que conhece a dosagem certa tanto para amar como para repreender seu filho, é da sua natureza seja histórica, biológica ou divina.
Assim como a de se entender ou no mínimo aceitar que a verdadeira estrutura emocional, moral e ética sejam na família ou na sociedade se aprende com a mãe e não com o pai, a mãe é detentora legitima pela independência da criança na sociedade e não o homem, o que não nos deixa ver isso é a cultura socialmente milenar de que a criança precisa ter a força do homem, a determinação do homem e ridiculamente a capacidade social do homem e isso é mentira, e o que é pior isso é defendido por várias mulheres, que de uma forma ou de outra são condescendente com uma educação errada que repercutirá em uma sala de aula, em uma empresa, enfim na sociedade em geral.
Outra questão ridícula defendida por teorias mirabolantes é que se a criança do sexo masculino não tiver a referência do homem de forma completa ele será um homossexual,
Não me aprofundarei na matéria do homossexualismo por quatro motivos:
1ª___Considero o individuo livre em fazer as suas próprias escolhas.
2ª___Com base no livre direito a liberdade humana e social
3ª___Pelo meu repúdio a teorias de que quaisquer que sejam as opções do seres humanos no que tange em suas escolhas sexuais serem considerados como uma doença.
4ª___Por não estar discernindo sobre a matéria em questão.
Progenitor como filho da mulher
Como já fora dito antes a criança tem na imagem da família o exemplo direto que ira repercutir na sociedade e ela mais do que ninguém segue os passos de seus educadores e o comportamento de suas mães em relação aos pais são uma fonte constante para o continuísmo de algumas atitudes.
Para a criança acaba sendo normal ver sua mãe, fazendo para seus pais as mesmas coisas que fazem para elas e não são explicado para as crianças o que seja divisão de tarefas, quando existe uma , na maioria das vezes não existe.
Ela vê a mãe fazendo comida, servindo, lavando a roupa, juntando a roupa do chão do banheiro, levando as coisas para o sofá enquanto ele vê o seu programa favorito e tantas outras coisas que na verdade são feitas para ele, muitas que embora trabalhem fora ainda tem que chegar a casa e arrumar as coisas, passe-se para a criança a relação de submissão da mulher e o autoritarismo do homem como se isso fosse uma coisa normal,sem falar na disputa por atenção que alguns homens empregam aos próprios filhos, a questão da violência, da infidelidade quando no caso saem sozinhos com seus pais.
Na mentalidade do homem ele acha natural por trabalhar fora que a mulher faça as coisas e lhe de atenção, fora a condição de sua natureza, isso tudo vai sendo absorvido pela criança que dá de uma forma ou de outra uma continuidade ao mesmo sistema.
Todas as coisas erradas e anormais são entendidas pela criança como normal diante a ausência de uma explicação.
Crianças, família versos mídia
A relação da mídia com a criança é impiedosa e mantenedora da violência, da desestruturação da família e da sociedade.
Ela instiga a violência, a infidelidade, o materialismo, o preconceito seja ele religioso, e étnico.
Foi no berço da mídia que se embalaram os primeiros passos para os trotes violentos nas faculdades, por jovens que perderão suas vidas por um simples tênis de marca, por apelidos ofensivos e principalmente pelo desrespeito ao professorado, bem como autoridades e pilares da sociedade, que na verdade foram construídos já em cima de uma farsa moral e ética.
Quem não lembra dos primeiros filmes americanos que passaram no Brasil aonde haviam jovens “aprontando para cima” dos professores e de colegas ?
Quem já se deu o trabalho de contar quantos filmes incitando a violência de todas as formas possíveis e com uma temática eficaz para justificar a ação de seu herói violentos?
Alguns seriados maravilhosamente engraçados aludindo que aprontar para o seu irmão e aumentar a disputa entre eles de qualquer forma é natural.
Quantas novelas colocam a mulher casada como se ela fosse o pivô da infidelidade em uma tentativa inútil de que ela possui o mesmo desvio de caráter da grande maioria dos homens.
Que fique claro que eu sou o menos indicado a pregar conceitos de moral e bons costumes, estou no mesmo nível da grande maioria das instituições deste pais, sejam elas políticas ou religiosas, todos nós temos a nossa culpa de degradação social.
A intenção pura e simples é de mostrar que nossas crianças recebem uma quantia de informações da mídia que em conjunto com o despreparo dos educadores da família tem mantendo a nossa sociedade e até agravado no caos absoluto, o crescimento da violência entre as crianças e adolescentes e aos educadores tem aumentando, bem como as medidas coibidoras são feitas por pessoas também despreparadas.
A de se entender a força que a mídia tem como influenciadora na educação das crianças e de pessoas adultas que não tem o conhecimento necessário para fazer uma seleção natural e nem tempo ou conhecimento para explicar para a criança o que é certo ou errado.
O fato é que a irresponsabilidade de alguns homens e mulheres que representam a mídia tem incitado não só as crianças mas os progenitores a desrespeitar a lei e o ser humano como ser social.
A de se ter cuidado o que se fala na frente de uma câmera ou de um microfone ou o que aconteceu em “Pescador de Ilusões” acabará se tornando um constante no comportamento social.
Crianças ajoelhadas na educação em nome da fé
Ao pai de família antes de tudo cabe se perguntar o que ele busca na fé?
Se ele procura paz de espírito, um lugar no paraíso prometido, ser ajudado em suas conquistas materiais, curar uma enfermidade, bom, independente do que o leva a acreditar em Deus, antes de tudo ele deve saber, que antes de qualquer coisa tanto Jesus como Deus não reconhecem um cristão que humilha, ofende,agride física ou intelectualmente outro ser humano, porém é o que vem acontecendo, se isso ficasse no âmbito dos adultos até seria compressivo.
Mas a guerra entre as igrejas em busca de seus, fieis, suas ovelhas para conduzi-los ao paraíso tem tornado a educação de seus filhos um inferno.
É muito comum vermos adolescentes reprimidos, crianças sendo ofendidas ou em suas ruas ou em salas de aulas, ou por que ele é filho de um Católico ou por que é filho de um evangélico.
Conheço algumas famílias “Dá Fé” aonde a criança é limitada no seu direito primordial, o de ser criança, não é incomum vermos crianças sendo abrigadas a ajoelhar-se sem mesmo entender do que se trata, terem a sua infância ceifada .
Nenhuma criança tem maturidade suficiente para fazer esse tipo de escolha, seguir uma religião é algo mais sério do que se imagina, é abrir mão muitas vezes de sua própria natureza e com isso acabam virando objetos do sistema ou como vitimas ou como agentes de vitimas.
Falta de educação “Tá na mente” da criança
Não importa qual é o tipo de droga, uma das expressões mais usada por viciados é “tá na mente” e a mais usada pelos educadores da família é a de que seu filho foi “influenciado por seus amigos”.
Antes de qualquer coisa é importante saber que a culpa não é da sociedade embora os progenitores constituidores de uma família representem uma célula do conjunto social, o passo seguinte é avaliar que tipo de comportamento os senhores tem adotado dentro do ambiente da criança..
Mas pode ter certeza progenitor, que a culpa é sua,, somente sua,, observe que em dado momento o senhor falhou em sua educação, a família falhou, todos falharam, mas é da natureza do ser humano transferir a culpa ou seja para ponto “b” ou “c”.
A criança que convive com a violência física ou intelectual direta ou indiretamente acaba de uma forma ou de outra criando uma dependência da afetividade, a violência direta diz respeito a ela mesma, sendo vitima de uma educação moldada nos princípios educacionais aonde ela é educada de forma violenta, a violência indireta diz respeito ao presenciamento da violência, na maioria das vezes praticada pelo pai.
Transferência passiva da família, é aquela aonde o individuo assume comportamentos situacionais, isto é, chega o fim de semana ou depois do expediente ele naturalmente vai dar aquela relaxadinha e na maioria das vezes os agentes externos vem de encontro as suas frustrações adormecidas e o seu comportamento toma uma outra dimensionalidade,com a influência do álcool ou seja o que for, suas atitudes são outras, seja com a família toda ou com o filho em questão, além de adotar outros comportamentos que de uma forma ou de outra contribuem com essa falha.
Alguns indivíduos poderão naturalmente aduzir que a incidência das drogas é maior nas famílias pobres e com o mínimo de recurso de sobrevivência, isso é lógico, qual o “doutor”, o senhor fulano de tal que vai gostar que a sociedade saiba que o seu filho é um usuário?
Portanto, esqueça as diferenças sociais como principal motivo para a sua criança, o seu jovem ser um usuário.
Se fosse assim aproximadamente oitenta por cento da nossa sociedade seria formado por drogados.
Partamos para a segunda desculpa, o seu filho tornou-se um usuário por que foi induzido pelo seu amigo, seu colega.
Bom, tenho perguntado para adolescentes a mais de quinze anos porque eles fumam, cheiram , a grande maioria me respondeu que a escolha é deles ,alguns me disseram que não tinham nada a perder, um ou dois me disseram que “queriam esquecer” .
Na verdade sou bem franco em dizer, “tape o Sol com a peneira” quem quiser a criança criada em um ambiente onde impera a informação, onde impera o respeito e o mínimo de humanidade não será uma vitima do sistema..
Família e Escola espelho para a criança
A grande maioria dos professores comete o equivoco de supor que a criança em si tem o total domínio de seu comportamento, que bom se assim fosse, que bom se tivéssemos em nossas salas de aula crianças que conseguissem separar o tipo de educação familiar limitada que recebem, da educação que devem ter em uma sala de aula mas a coisa não funciona desta forma, o professorado tem sentido na pele a grande dificuldade de se trabalhar com crianças que por vários motivos acabam tornando a vida do professorado em um caos absoluto.
Bem como não dá para acreditar que o professorado imagine que este desequilíbrio comportamental não seja oriundo da família , o comportamento de uma criança dentro de uma sala de aula é sim o reflexo do que a criança tem dentro de sua casa, e cabe ao progenitor detectar aonde ele está falhando e se está falha vem a mais tempo começar um trabalho de resgate desta criança.
Alguns pontos que podem ser avaliados.
1ª__ A criança que teve a sua família desmantelada pela separação do casal
2ª__Discutições constantes na frente dos filhos antes e até mesmo depois da separação(mesmo sem a presença de violência física ).
3ª__ Violência física tanto da mãe(raramente) ou do pai contra um dos progenitores.
4ª__Violência física ou psicológica a criança como instrumento educacional.
5ª__Violência física ou psicológica, a criança como instrumento (por incrível que pareça ) de vingança de um dos progenitores.
6ª__ Ausência de afeto
7ª__Tratamento diferenciado em relação de um filho para com o outro.
8ª__Obrigações do lar pertinentes aos progenitores, é importante tanto para a criança do sexo feminino como para o do masculino que ela aprenda as coisas básicas para o seu desenvolvimento e autonomia e não com o objetivo de delegar funções as crianças que roubem o seu tempo de ser criança..
9ª__ Abuso sexual de um dos progenitores
10ª__Descuido com a saúde dos filhos, é sabido por nós que uma criança que tenha uma dificuldade por mínima que seja pode naturalmente estar com o seu comportamento alterado, podendo ser uma irritabilidade, uma desatenção bem como uma ansiedade.
11ª__ Alimentação, desprovida do básico para o seu desenvolvimento físico e mental.
12ª__Ausência de um controle do horário certo para o descanso (horário para dormir)
13ª__ Saturação nos estudos, muitos progenitores forçam seus filhos a estudarem incessantemente em um horário que ele deveria usar para brincar( prática usada por alguns professores que por “n” motivos mandam as crianças para casa com temas absurdos que quase ocupa o mesmo tempo administrado quando estão em salas de aula.
14ª__Saber ouvir o que a criança tem a dizer
15ª__Não prometer o que não possa ser cumprido.
16ª__Chamar a criança para participar das decisões da família (de acordo com a sua idade).
17ª__Jamais mentir para a criança
18ª__Jamais ser pego mentindo
Ao progenitor cabe entender os sinais que seus filhos emitem de forma natural, toda a criança inconscientemente denuncia alterações no seu comportamento, e uma família presente tem a responsabilidade de estarem atentos a estes sinais, os mais importantes diz respeito à mudança de comportamento com a chegada ou de um parente próximo a família ou de um vizinho ou até mesmo um amigo .
Ater-se para uma queda brusca no comportamento da criança, seja para uma hiper atividade como para uma inércia.
Avaliar comportamentos diferenciados adotados por seus filhos a determinadas situações ou grupos de pessoas no âmbito social, isso pode de forma determinante mapear o foco das mudanças comportamentais, avalia-se em primeiro lugar o seu comportamento e o comportamento do resto da família, visto que já fora até de forma exaustiva aduzido que a família é o principal agente educacional que projetará esse comportamento na sociedade.
O próximo passo é avaliar o comportamento do seu filho em relação aos vizinhos, como ele se comporta com crianças de sua idade e adultos.
Avaliar que tipo de comportamento ele vem tendo com os educadores sociais.
Uma vez determinado o que está mudando o comportamento de seu filho procura-se interagir com a célula modificadora de forma buscar um meio para que se tenha o equilíbrio necessário para uma adaptação ou uma readaptação.
Antes do meu comentário é importante citar que nós todos passamos por um processo de avaliação, não importa qual seja a posição social que ocupemos, e muitas vezes somos avaliados por pessoas que não tem competência para fazer estas avaliações, porém cada degrau social é composto por um conjunto de pessoas que embora tenham prismas diferentes sobre o mesmo assunto formam este degrau e por formarem este conjunto de prisma acabam eliminando naturalmente o individuo incompetente, e acima deste degrau vem outro e outro, é a cadeia hierárquica social.
Para a maioria dos indivíduos sociais é inconcebível o fato da autocrítica, principalmente para o individuo que se julga profissional, comprometendo toda uma equipe e não esqueçamos que este individuo antes mesmo de compor uma equipe em uma estrutura social, compõe a equipe da família e naturalmente poderá levar a sua incompetência para outras esferas, isto é, para o seu meio profissional, e como já fora dito antes a de se entender que temos filhos de juízes, advogados, policiais, médicos, professores e em todas as profissões com os mesmos comportamentos considerados anômalos para a nossa sociedade mascarada, e que geram empecilhos tanto para a lei e a ordem como para o professorado.
Partindo agora para o meu comentário, em vista de um chamado para comparecer a Escola de meu filho, onde fora me passado informações que o seu comportamento era agressivo tanto para com os colegas como para o professorado, comecei primeiro a fazer uma auto-avaliação, e a primeira coisa que me causou surpresa foi descobrir o meu egocentrismo, julgo ainda ser o principal motivo para a ruptura da família constituída que afeta diretamente no emocional dos filhos, o segundo ponto foi que erradamente comecei dar mais atenção ao filho menor e ainda dar mais liberdade ao filho do meio, sem um controle moderado.
Tendo em mãos estas informações comecei um trabalho, primeiro de reeducação, e lhes confesso que não se muda anos e anos de maus exemplos da noite para o dia, mas o que mais me causou surpresa é que a minha mínima cultura e inteligência não me credenciaram para ser um educador e que embora eu tenha norteado meus conhecimentos para a ciência do comportamento humano não foram o suficiente para me auto balizar.
Poderia ter me apoiado em tudo que já li e estudei sobre Freud, Jung, Hegel, as noites em que passei acordado em minha adolescência lendo Schopenhauer, Kant, outras tantas lendo Piaget, Maquiavel ,Nietzsche e tantos outros e quando olho para os meus filhos e o meu próprio comportamento percebo que o que realmente conta é a flexibilidade que tem que se ter para somar-se as pessoas que possam lhe manter , lhe ajudar no equilíbrio social.
Mas embora eu tenha feito toda essa reflexão, essa introspecção e que já esteja me reeducando, uma pergunta quiçá por apedeutismo não me sai da “cabeça”.
Por que o meu filho tem aversão ao corpo docente?
É obvio que não me excetuo de culpa, mas preciso entender antes de reconhecer.
O fato é que convivi muito tempo no meio docente para saber que existem muitos professores despreparados no que diz respeito ao controle e métodos educacionais, bem como sei que não é fácil trabalhar com as condições mínimas oferecidas pelo Estado, afora o conhecimento de que o corpo docente é formado por seres humanos que tem as suas dificuldades sociais e familiares que somando-se a dificuldades que encontram em suas próprias equipes de educadores sejam pelos caminhos da política ou outros caminhos, mas se isso fica-se só restrito a sala do cafezinho continuaria sem ser notado por alguns pais.
Uma vez encontrei uma professora chorando em um corredor de uma Escola, ofereci um copo com água e ela acabou dizendo que havia sido ofendida por uma colega, mas não foi isso que a fez chorar, ela me disse que havia perdido o controle dentro da sala de aula e com o aluno que ela mais gostava.
Sei que é muito complicado lidar com crianças, ainda mais crianças alteradas, mas o individuo que se propor a ser um educador deve ter o controle emocional para entender que muitas crianças nem tem o que comer, apanha freqüentemente e que sofrem todos os tipos de preconceitos por seus próprios colegas, são ameaçados na ora da saída e que para se protegerem acabam adotando os mesmos sistemas, são crianças que a meu ver, precisam ser tratadas com carinho, educadores não será socando a criança na cadeira, não será chamando a criança de diabinho, de burro, de marginal, gritos ensandecidos, puxões de orelhas, e tantas outras coisas que acabam ao invés de mudar o comportamento da criança agrava ainda mais a situação.
Concordo com o professorado que é difícil, tanto concordo é que quem deveria estar sentado em uma classe escolar deveria ser nós pais para aprendermos a lidar com nossos filhos, sabermos educá-los e isso inclui, também todos os profissionais progenitores da sociedade.
Professores tentem entender que quando uma criança muda o seu comportamento dentro de uma sala de aula ,se torna agressiva é porque de certa forma ela está pedindo ajuda, e embora eu seja duro em minhas críticas ao profissional da educação que se envolve com a sujeira da política partidária, com professores que perseguem seus próprios colegas de profissão, com os alpinistas sociais, com professores que usam do expediente ofensivo por não terem capacidade para lidar com crianças eu como pai, observei cada professor que pude conversar, bem como se for necessário conversaria com cada aluno,cada pai de família para poder traçar uma linha do profissional da educação.
Agradeço aos professoras que me expuseram o caso e continuarei me reeducando para que meus filhos aprendam a conviver em sociedade, da mesma forma que peço que me ajudem nesta tarefa árdua por considerar o professorado sério como uma extensão da minha família.