O que é a cultura do ódio.
O que é a cultura do ódio.
O ódio, etimologicamente, significa algo que faz mal à pessoa ou à sociedade. Odiamos o que não nos faz bem. Definição de modo global, no Brasil e em algumas partes do mundo o ódio é sempre canalizado politicamente.
Como se determinados partidos, o fato de terem preferências a pessoas desprotegidas fosse o motivo principal das dificuldades de ascensão da chamada classe média ao mundo da propriedade privada.
Em uma análise crítica, no que tange à fenomenologia das coisas, não são encontradas nelas mesmas o sentido etimológico das palavras.
O mundo em si mesmo não tem significado. O que há nos objetos são ideologizações.
A razão dada é impregnada na memória dos sujeitos coletivos e ideologizados com o objetivo de favorecer classes sociais dentro de um determinado modelo produtivo.
Portanto, a cultura do ódio é algo produzido, com a finalidade de vender ilusão às pessoas ignorantes. Temos a fantasia que o diferente seria a solução, entre as forças políticas distintas.
O pregador de ódio pensa que o pregado é a verdade. O revelado de forma inventada é o caminho para mudança política em atendimento às demandas das classes difusoras do ódio.
O ódio existe a partir de uma compreensão inadequada da vida política de um país, como se uma determinada realidade fosse responsável pela situação em que vivem as classes sociais em uma nação.
Na verdade a etimologia do ódio corresponde a uma situação inventada e atribuída a sujeitos epistemológicos e, que não corresponde aos fatos reais. O objetivo é manipular a consciência de pessoas despreparadas no mundo prático das relações políticas.
A finalidade é jogar uma parte da sociedade contra as outras, objetivando favorecer as classes dominantes e conseguir Estado como força política por meio do ódio e da mentira.
Exemplo clássico, a elite branca americana, difundiu que o Presidente Obama era socialista, mentindo porque seu partido é neoliberal.
O que objetivava com essa estratégia era levar o conjunto da sociedade branca a votar em republicamos. Mentindo, Obama é mais liberal que o próprio liberalismo norte americano.
Uma ação insuperável às ideologias, no Brasil, como se a questão das cestas básicas aos nordestinos fosse a razão das dificuldades econômicas das classes médias, motivo do empobrecimento como se o governo tivesse a intenção de favorecer apenas os pobres. A mesma lógica da difusão da ideologia de Obama como se fosse socialista.
O governo do Brasil nunca foi o pai dos pobres, mas tem sido historicamente a mãe dos ricos. As denominadas questões sociais referentes às pessoas pobres correspondem ao valor de 10 reais em cada 100 reais gastos em comparação aos ricos, descomunal proporcionalidade.
A denominada classe média fica estupendamente revoltada com os gastos em benefício dos pobres, ajuda por parte do governo, essencialmente referente à alimentação. Imagina-se, portanto, incorreto tal procedimento. Considera-se perfeitamente corretas o auxílio do Estado aos ricos.
Citarei alguns exemplos: o BNDS financia o desenvolvimento industrial brasileiro a muitos empresários inclusive alguns possuindo jatinhos, com juros abaixo do mercado, sendo que as diferenças resultadas do subsídio, o banco central paga ao próprio BNDS ou ao sistema financeiro.
Tal procedimento sozinho ultrapassa milhares de vezes o dinheiro gasto com a bolsa família. Poderia citar centenas de exemplos como o desenvolvimento da produção do álcool, tributação de apenas 6% em referência, quando um operário comum com salário de cinco mil reais paga o equivalente a 27.5 % de tributação à Receita Federal.
Outros exemplos benéficos aos ricos: os remédios que são comprados para animais, bois, porcos, etc, tributação zero, protegendo grandes fazendeiros, quando um trabalhador comum tem de pagar até 22% de imposto em referência ao remédio para o tratamento de saúde e, para o animal apenas prevenção.
Em uma empresa nacional que opera no mercado internacional todo dinheiro que ganha corresponde a milhões de dólares não pagando centavos de imposto, com a justificativa da entrada de divisas.
Procedimentos esses que não referem a um governo específico, do mesmo modo outras operações milionárias, retiradas de impostos internos para produtos de exportação, como automóveis. Carros com bons preços fabricados no Brasil são vendidos na África.
Os exemplos são incalculáveis. Qual o verdadeiro motivo de ódio dessa gente de classe média contra as cestas básicas dadas aos pobres a não ser uma atitude cínica, produto da ignorância?
A verdadeira razão do desenvolvimento do ódio proveniente da bolsa família como produto da ignorância cultural e atitudes fascistas tem procedimentos políticos.
Aliás, toda forma de ódio é o resultado de uma sub cultura de gente atrasada do ponto de vista do conhecimento crítico e científico.
O ódio político, historicamente, é ligado ao pensamento de direita. Muitos terroristas de direita quando praticam crimes contra a humanidade, o Estado procura dissimular o terrorismo como crime comum.
Certos governos árabes que não se alinham com a direita americana a imprensa cria uma ideologia de ódio para justificar politicamente a eliminação do governo.
No Brasil a chamada elite de direita, do ponto de vista histórico, sempre desenvolveu a cultura de ódio, com o objetivo de capturar o governo com leve tendência popular em benéfico próprio, como foi o caso do Presidente Getúlio Vargas. Forças conservadoras obrigaram-no a provocar o próprio suicídio.
Mesma reação com o Presidente João Goulart difundindo uma ideologia como se fosse comunista, quando apenas liberal, único fato desenvolvido por ele. Defesa de reformas sociais pequenas a favor dos trabalhares que viviam situação de miséria desencadeada pelo capitalismo.
Nos últimos anos tem surgindo no Brasil, novamente, ondas de ódio generalizadas, desencadeadas por “formadores de opinião” estimulando o ódio político. Essas pessoas sempre existiram no esgoto da mídia e na folha de pagamento dos políticos corruptos.
Dialogam com profundo cinismo dissimulados socialmente com a direita tradicional, resultado de ideologias fascistas.
Entretanto, há um novo elemento. A militância religiosa, em parte, intolerante e homofóbica mobiliza milhões de pessoas e se organiza como força política parcial e suprapartidária, como integrante no Congresso Nacional. Essa prática não é positiva para a política brasileira, muito menos para as instituições democráticas.
Eles têm a pretensão de falar em nome de Deus. O que é importante é entender o que há de regressivo nestes fenômenos políticos.
O grande risco para o Brasil é que há pessoas dispostas a aplicar a difusão do ódio em larga escala, na medida em que se mergulham nas propagandas ideológicas de tendências religiosas o fundamentalismo político substanciado em preconceitos.
Edjar Dias de Vasconcelos...