Ler é necessário
Ler é um dos exercícios mais fascinantes que existem.
Os benefícios da leitura são vários, pois a prática leitora aumenta o intelecto, melhora tanto a capacidade de raciocínio quanto de memória, além de fazer com que as pessoas viajem para qualquer espaço, tempo ou cultura.
É interessante o fato da possibilidade de acesso a outras culturas, por meio dos livros, sem precisar sair do lugar.
Isso é fantástico!
Confesso que sinto certa magia quando leio e essa é a sensação que a juventude deveria ter sobre o ato de ler.
De acordo com a Revista Veja, a maioria dos brasileiros não têm o hábito de ler para crianças, justo na fase da vida em que a receptividade a novidades é evidente.
E tem mais, mesmo que 96% da população afirme reconhecer que é indubitável o incentivo à leitura, apenas 37% leem para os filhos, diz a pesquisa da Fundação Itaú Social.
É por isso e outros fatores que quando o Brasil é comparado a outros países como a França, no que diz respeito aos leitores, os resultados são desanimadores.
É necessário que se construa uma cultura que estimule a nossa sociedade a ler, pois, apesar de o consumo de livros ter aumentado consideravelmente, como mostra a 3ª edição da pesquisa “Retratos da leitura no Brasil”, feita pelo Instituto Pró-Livro, ainda é pouca a quantidade de obras lidas anualmente por habitante.
A mesma pesquisa mostra que a média é de quatro obras por ano, distribuídas entre literatura, contos, romances, livros religiosos e didáticos. E apesar de a estatística ter crescido, considero baixo esse número, de modo que deveria ser, no mínimo, seis livros lidos por ano, levando em consideração os tipos distintos de leitura.
Como professor da Educação Básica, além de ler por prazer, tenho a leitura como um dos ofícios da rotina. Posso relatar que o mesmo livro lido mais de uma vez se torna muito mais interessante; instigante.
A exemplo disto, depois da segunda leitura de “Terras do sem-fim”, Jorge Amado, pude perceber que o romance vai muito além que uma disputa de terras para o plantio de cacau, entre as famílias dos coronéis Badaró e Horácio.
É a partir de exemplos como este que estimulo meus alunos a lerem mais e melhor para amenizarem, paulatinamente, as dificuldades de aprendizagem, que por muitas vezes estão arraigadas desde os primeiros anos de estudo que, no entanto, podem ser minimizadas ou até mesmo superadas se o contato com a leitura for encarado com esforço e responsabilidade, afinal, o hábito de ler não soluciona todos, mas boa parte dos problemas no processo de aprendizagem.
Washington Batista Cristã de Sousa