FILOSOFIA DA MORTE
Há pessoas que gostam de fazer citações filosóficas, sem saberem o que estão dizendo. Todos sabemos que a vida é movimento. No entanto, nem todo movimento é bom. Vejamos!
O filósofo Hegel (pronuncia-se Rêguel) dizia que a realidade é devir, é movimento e dinamismo. Mas, que tipo de movimento?
O livro "História da Filosofia", volume 3, de Giovanni Reale e Dario Antiseri, na página 152, registra: "Segundo Hegel, aquilo que se apresenta como mal nada mais é do que o momento negativo que é a mola da dialética... Como crepúsculo das coisas particulares, a morte nada mais é do que o contínuo fazer-se do universal. A própria guerra é o momento da 'antítese' que move a história, a qual, sem guerras, registraria somente páginas em branco".
Você observou? "Sem guerra", a história, para Hegel, seria "somente páginas em branco". Neste caso, a guerra é necessária. Eis um grande absurdo de Hegel!
Leia, agora, palavras do próprio Hegel, e não apenas interpretação do que ele diz: "Não somente os povos se fortalecem com as guerras; mas também nações em discórdia dentro de si adquirem, através de guerras externas, a paz interna. Certamente, da guerra deriva a insegurança na propriedade, mas essa insegurança das coisas nada mais é que o movimento, que é necessário". (Idem)
Agora, você já sabe para onde quer nos levar o "movimento", a dialética hegeliana: para a aceitação passiva da guerra e da morte.
Quando alguém começa a ter noção sobre Hegel, a primeira coisa que aprende é que a realidade é movimento. Aí, muitos se conformam em dizer apenas que Hegel fala sobre "tese", "antítese" e "síntese", sem conhecerem esse assunto em profundidade.
Muitos professores de filosofia precisam ler mais, estudar mais, para não fazerem afirmações absurdas e não serem prejudiciais à sociedade em que vivem.
Observação: Apesar disso, Hegel foi uma das mentes mais brilhantes (em inteligência) que o mundo já teve.