A Descoberta da Leis da Natureza.

A Descoberta das Leis da Natureza.

No século XVII nasceu o que denominamos Ciência Moderna. Quais as características do período histórico moderno?

De modo geral podemos enumerar três pontos fundamentais da Ciência Moderna.

Em primeiro lugar foi superado o sistema geocêntrico pelo heliocêntrico.

Essa mudança possibilitou consequências no modo de entender o mundo.

O segundo fato importante como acontecimento histórico na irrupção do antigo modelo foi o uso da experiência nas descobertas das leis da natureza, papel negado no período medieval.

Outra característica fundamental a ser considerada é o que chamamos matematização do espaço, criando-se possibilidade de expressar as leis naturais em linguagem matemática.

Desenvolveu-se uma nova cosmologia.

Na Idade Média, o universo sempre foi representado como finito e fechado definido por círculos concêntricos. No centro estava a Terra, imóvel.

Em sua órbita movimentavam-se o sol e a lua, planetas e estrelas. A grande ideologia medieval é que a Terra era um lugar em que as coisas sofriam grandes transformações, com efeito, de natureza inferior aos astros.

As outras realidades celestes são imutáveis e perfeitas. Para o homem medieval a ordem do universo era hierárquica, cumprindo graus de perfeição.

A hierarquia do universo deve ser entendida a partir de dois aspectos. A Terra tem um grau de perfeição menor que outras realidades do espaço.

O outro ponto de vista a ser considerado é a superioridade das demais realidades astrofísicas.

Quanto maior a distância em relação ao universo encontramos a casa de Deus. Apesar desse entendimento, a Terra é o centro onde Deus colocou o homem com a finalidade de dominar a natureza, local onde o próprio filho de Deus se revelou.

No mundo moderno essas visões foram superadas. O universo é entendido como infinito, invertido à ideologia geocêntrica. A Terra passa a se mover em torno do Sol. Assim, outros planetas do sistema solar.

A primeira grande mudança é resultado da nova concepção. A Terra não é considerada hierarquicamente em relação às demais realidades Geoastrofísicas. Ao contrário, a mesma, como os planetas e estrelas, têm exatamente leis semelhantes na natureza.

Portanto, a nova cosmologia não entende o universo como único centro, no entanto, naturalmente diversos.

Tal concepção extraída do heliocentrismo permite o desenvolvimento da nova Astronomia, indispensável para o desenvolvimento da Física de Galileu.

Com o uso do telescópio percebem-se as crateras da lua e manchas solares. O sol também apresenta deterioração significando que o pensamento antigo não estava correto o que se denominavam esferas perfeitas.

A nova Astronomia possibilitou a afirmação da Terra não ser o centro do universo. As leis estabelecidas para o universo são as mesmas para todos os fenômenos materiais.

Abriu- se o caminho para uma nova epistemologia: a investigação fundamentada na experiência, sendo iniciada pelo próprio Galileu. O fundamento de tudo passa a ser exatamente a experiência.

Desse modo a cosmologia grega ptolomaica serviu de base como fundamentação ao mundo antigo e medieval. A cosmologia copernicana foi o substrato do mundo moderno e contemporâneo.

Nesse momento a Física está em gestação de uma nova cosmologia, cujo sentido científico, além do universo ser infinito, são continuidades de universos ou objetos materiais, sendo que nenhuma realidade física poderá ser o centro para outros.

Significa o entendimento da complexidade dos diversos universos, mas ainda não nasceram aqueles que farão a grande sistematização da nova era histórica, que superará as idades Moderna e Contemporânea.

Uma nova era em exposição, novo tempo histórico. Como será definida a idade pós- contemporânea? Dependerá necessariamente de como configurar-se à a análise filosófica do fundamento da nova cosmologia.

Edjar Dias de Vasconcelos...

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 30/07/2014
Reeditado em 20/08/2014
Código do texto: T4902335
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