As Ideologias do Vazio.
As Ideologias do Vazio.
Alguns milhões de anos.
As espécies vão desaparecer.
Do mesmo modo o universo.
Uma prova suficiente.
Que nada no infinito.
Tem finalidade.
Mas como será o desaparecimento.
A explicação é simples.
É como se nada tivesse existido antes.
Tudo que existe em forma de matéria.
Não tem existência real.
É inútil a defesa das ideologias.
O homem é uma ficção de sua sombra.
Projetada inadequadamente.
Em vossa imagem.
Quando morre a mais absoluta negação.
Tudo que é real.
Não é real.
Não existe de certa forma a realidade.
O que existe é a imaginação dela.
A ideia que fazemos ideologicamente.
Como se existisse a existência.
Do próprio sonho em imaginação.
Substratos irreais.
Tudo se acaba.
Volta ao ponto zero.
Como se o infinito fosse
Sua negação.
O que existe eternamente.
É apenas o vazio.
A mais total pobreza existencial.
Muito difícil sua compreensão.
A ousadia de um filósofo.
Categoricamente.
Afirma solitariamente.
O infinito compõe de ausências.
O real é a sua inexistência.
O universo o defende.
Até certo ponto.
Posteriormente acaba.
Os sóis sãos as referências.
Quando queima as últimas partículas.
De hidrogênio.
O universo inteiro.
Derrete-se.
Desmancha no vazio.
Transforma-se em um grande.
Buraco negro.
Tudo ficará escuro.
Extremamente frio.
Exaurindo sob o infinito.
Reinicia o nascimento.
São bilhões de anos.
De gelo.
Das revoluções químicas.
Concentrações de novas energias.
Até que em um determinado momento.
Implodem trilhões de big bang.
Renasce tudo novamente.
Desse modo eternamente.
Brincando de morrer e renascer.
A única realidade permanente.
Quanto a minha pessoa.
Em particular.
A sua ficção na brevidade.
Não tenho que dar satisfação.
Tal mecanicidade interminável.
De início ao princípio do fim.
O que restará.
Somente o nada.
Autor : Edjar Dias de Vasconcelos.